segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Não perca a viagem: planeje-se para visitar cada lugar na melhor época.

Felipe Floresti
Do UOL, em São Paulo


A viagem de férias sempre envolve muita expectativa, mas a falta de um planejamento certo pode fazer que o tão esperado momento de lazer se transforme em frustração: praia com chuva, esqui sem neve, compras sem economia. Escolher a época certa para visitar alguns destinos turísticos pode ser fator decisivo entre férias de sonho ou um tremendo fracasso. Conheça os prós e contras de cada época em diversos locais do Brasil e do mundo.
 
Europa
Inverno nos países europeus quase sempre quer dizer dias curtos, céu cinza, muito frio, vento e, em alguns lugares, neve. Mas também pode significar preços baixos. Considerada baixa temporada, essa é a época em que é possível encontrar melhores ofertas em passagens aéreas e hospedagem, sem contar as filas consideravelmente menores em atrações como a Torre Eiffel ou a London Eye.

No verão a situação é oposta. Dias longos, chegando a anoitecer às 10h da noite nos países mais ao norte, clima agradável, parques lotados e um povo muito mais feliz. O continente está cheio de vida - e de turistas. Os preços sobem e é bom reservar uma boa dose de paciência para gastar em intermináveis filas e atrações lotadas.

Uma boa opção é visitar o Velho Continente durante a primavera. É quando se encontra o “meio termo”. Fora das férias escolares, não há tanta gente circulando pela Europa. Os preços são mais convidativos, e é quando se encontram as melhores paisagens, com a vegetação esbanjando vida depois dos gelados meses de inverno, e as flores enfeitando as ruas das cidades. Assim como no outono, o clima costuma ser bastante instável, então é bom levar algumas mudas de roupas a mais para evitar ser pego desprevenido.


 
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Em Miami, os meses mais quentes do ano são os mais chuvosos, atrapalhando quem quer curtir as praias
 

EUA
Sendo o quarto país em extensão territorial do mundo, é difícil encontrar uma regra que abranja o gelado Alasca, o paradisíaco Havaí, o deserto da Califórnia e a cosmopolita Nova York. A melhor época para viajar varia aqui de acordo com o destino e o objetivo da viagem. Se quer se aventurar nos esquis, a temporada vai de novembro a março. No geral, porém, é melhor visitar os EUA entre a primavera e o verão, de maio a setembro, pois é possível encontrar temperaturas mais agradáveis em todo o país.

Em um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, Miami, a regra se inverte. Os meses mais quentes do ano são os mais chuvosos, atrapalhando quem quer curtir as praias da região. Os meses do inverno no hemisfério norte são considerados alta estação na cidade, pois atraem os americanos que estão fugindo das temperaturas mais frias. Como resultado, se encontram preços altos e muitos turistas.

Mas como quem vai para Miami normalmente está mais preocupado em fazer compras, a melhor época é sempre no final das estações. É quando as lojas se preparam para novas coleções e precisam fazer uma limpa no estoque. É a época das grandes promoções.

 
Caribe
Entre julho e novembro é temporada de furacões no Caribe (com exceção a lugares como Curaçao, Aruba, Barbados e Los Roques). Mas onde alguns veem desastre, outros veem oportunidade. Enquanto muitos fogem de possíveis catástrofes, outros aproveitam essa época do ano justamente pelos preços consideravelmente mais baixos em hospedagem, passeios e passagem aérea. As chances de um furacão dar as caras na semana exata e na ilha que você está visitando existem, mas não são tão grandes assim. Caso dê o azar, a previsão costuma chegar pelo menos dois dias antes do furacão em si. Para o turista, o risco maior é ter de passar os dias de férias trancado dentro de um abrigo.

Para quem não quiser assumir o risco, após a Páscoa termina a temporada alta do Caribe (que coincide com a época mais seca). Em seguida começa a temporada mais úmida, mas nada que vai atrapalhar seu bronzeado. Nessa época os preços já começam a baixar.

 
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Na Venezuela, a estação seca é entre dezembro e abril
   
América do Sul
Argentina e Chile recebem de julho a setembro um grande número de turistas que sobem a Cordilheira dos Andes em busca de neve e boas pistas para a prática de esqui. Para quem busca conhecer o restante desses dois países, assim como os vizinhos Paraguai e Uruguai, o verão, de dezembro a abril, é a melhor época. É quando o clima fica mais agradável e até na Patagônia é possível encontrar temperaturas amenas.

Mais ao norte a lógica se inverte. Bolívia, Peru e Equador tem no verão os meses mais chuvosos, deixando tudo mais difícil e sem graça. O céu permanece quase sempre coberto, e atrações como os cinco dias de trilha pelo caminho Inca até Machu Picchu se tornam consideravelmente mais desafiadores. Mas há exceções, como o Salar do Uyuni, que durante a época de chuva ganha uma camada de água bem fina, transformando tudo em um grande espelho. O visual é impressionante.
Na Colômbia, a melhor época é de dezembro a março e de junho a setembro, quando o clima está mais seco. Na Venezuela, a estação seca é entre dezembro e abril. Apesar de em geral ser a melhor época para visitar o país, o Salto Angel, a maior queda d’água do mundo com 979 metros de altura, tem menor volume de água. É quando chove que o lugar mostra todo o seu esplendor.
 

Ásia
Se há uma região do mundo em que se deve pesquisar bem o clima antes de ir, esse lugar é a Ásia. E por um motivo bem específico: as monções. São ventos sazonais diretamente ligados à estação de chuvas, e por ali isso quer dizer tufões, tempestades e alagamentos, que podem se estender de abril até novembro. Em alguns países elas são mais tranquilas, mas é recomendável que sejam evitadas, pela felicidade de sua viagem.

Apesar de estarem fora da área de monções, Japão, China e Coréia apresentam clima extremamente quente e úmido durante o verão. Considere então que o calor vai acompanhar seu roteiro, assim como chuvas que podem acabar com passeios ao ar livre.
No Japão, as cerejeiras florescem de fevereiro a abril, enchendo ruas e parques de cores e vida. O momento é ideal para conhecer o país das sakuras, que são também a flor símbolo do país.
 
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A temporada de monções em países asiáticos, como a Tailândia, vai de abril a novembro
 

África
No imenso continente, tudo depende do objetivo da viagem do turista. Pra pegar praia na África do Sul, o melhor período é de março a novembro, quando se pode evitar o calor excessivo do verão. Para safáris no país, vale a mesma regra. Para visitar a rota verde e a Cidade do Cabo, o ideal é fugir dos meses de junho a agosto, pois contam com dias frios e chuvosos.

Nos demais países do sul, o inverno apresenta grande amplitude térmica, com noites frias e dias amenos, com sol e pouca chuva. No verão, o calor é intenso e há aumento das chuvas. Em Zanzibar, o período de março a maio, chuvoso, deve ser evitado, enquanto nas Ilhas Maurício e Seychelles de dezembro a março as chuvas acontecem principalmente de dezembro a março, acompanhadas de calor e ciclones tropicais. Para safáris no Quênia e na Tanzânia, a atenção deve ser no fluxo dos gnus e zebras, que muda todo ano, mas é fundamental para aproveitar ao máximo a incursão nas savanas africanas.

 
BRASIL
Sul
A região apresenta estações bem definidas, com verões úmidos, sendo comum fortes chuvas no final da tarde. Durante o inverno, o Rio Grande do Sul segue bastante úmido, enquanto em Santa Catarina o tempo fica mais seco. Uma recomendação é visitar as praias de Santa Catarina durante o outono, quando a horda de turistas argentinos e paulistas já foi embora, o clima é ameno e chove pouco.

Na Cataratas do Iguaçu chove mais no verão e o tempo fica mais seco no inverno. Apesar de isso influenciar no volume das águas, o espetáculo da natureza é encantador durante todo o ano e, seja pela chuva ou pela água que espirra das Cataratas, você vai acabar molhado. Para aqueles que não são chegados em aglomerações, vale a pena evitar o período de férias escolares ou os feriados.
 
Sudeste
No calor do verão ir ao litoral é um programa praticamente irresistível. Como resultado, praias lotadas e preços pouco convidativos. Para quem quiser fugir, o ideal é aproveitar os dias de calor da primavera e outono. Durante o inverno, com temperaturas mais baixas e menos mosquitos, a dica é aproveitar o que resta de Mata Atlântica. Também é quando o mar apresenta as melhores ondas para a pratica de surfe.

 
Cris Gutkoski/UOL
Os encantos dos Lençóis Maranhenses são maiores após a temporada de chuvas
 

Nordeste
O verão é a época do ano mais badalada no nordeste brasileiro, mas quem quiser pagar menos pode aproveitar a baixa temporada, que vai do fim do Carnaval ao início de novembro. Do litoral da Bahia ao Rio Grande do Norte, de abril a julho se concentra o período de chuva, mas de agosto a dezembro o céu azul é predominante.

No Maranhão, os Lençóis Maranhenses podem ser visitados durante todo o ano, mas seus encantos são maiores em épocas específicas. As lagoas entre as dunas são formados pela água da chuva, e ficam vazias durante os meses mais secos. O recomendado é visitar o lugar logo após o fim das chuvas, em junho, quando o tempo está seco, mas as lagoas estão cheias.
 

Norte
Na região do Amazonas brasileiro o inverno significa chuva, muita chuva. Entre dezembro e maio é comum enfrentar alagamentos. Em compensação, o clima é mais ameno, com uma brisa constante que alivia o calor típico da região. Já de junho a novembro, época seca, o principal desafio para os turistas é enfrentar o forte calor, que pode superar os 40°C. Para curtir os igarapés, cachoeiras e praias fluviais da região, a melhor época é no mês de agosto, quando o tempo está seco, mas os rios ainda estão cheios do período de chuvas.

No Pará, a bela Alter do Chão atrai turistas principalmente durante o verão, a partir de agosto, quando as águas começam a baixar e revelar as praias da região. Em novembro, as águas atingem o nível mais baixo, as castanheiras florescem, as tartarugas fazem a desova e os pássaros se reproduzem.
 
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No Pantanal, a melhor época é de maio a setembro, período da vazante ou seca
 

Centro-Oeste
A melhor época para visitar a capital brasileira é entre maio e julho, pois não chove muito como no verão, mas o tempo não é seco como de agosto a setembro. Perto dali, na Chapada dos Veadeiros, a dica é ir no período de chuvas de dezembro a março, quando a vegetação está mais verde e os rios e cachoeiras mais caudalosos.

A mesma regra serve para Bonito, no Mato Grosso do Sul. Com a vegetação mais verde, os animais aparecem, pois tem vegetação de sobra e o nível dos rios está mais alto. Durante as secas, as frequentes queimadas afugentam a fauna para longe.
Na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, a melhor época para curtir a região é durante a temporada de seca, que vai de abril a setembro. De outubro a março, apesar das chuvas, o forte calor torna o aguaceiro mais agradável. A recomendação é evitar o inverno, quando a neblina toma conta do local, impossibilitando a contemplação das paisagens.
Já no Pantanal, a melhor época é de maio a setembro, período da vazante ou seca, quando as chuvas diminuem e as estradas são transitáveis. São os melhores meses para a observação de pássaros. Já de outubro a novembro, apesar de o calor poder chegar a até 46°C, o momento é é bom para observar os animais, já que as áreas alagadas estão reduzidas, e os animais têm que disputar um espaço nela. De janeiro a março, além do calor forte, chove muito e os insetos se proliferam, podendo deixar a experiência de viagem desagradável. O melhor período para pescar o pacu é de março a maio; o pintado, de agosto a outubro.

http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/internacionais/nao-perca-a-viagem-planeje-se-para-visitar-cada-lugar-na-melhor-epoca/index.htm#fotoNav=2

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Para quem gosta de água, Caldas Novas e Rio Quente são os destinos ideais.
 
Agetur
Periquitos multicoloridos fazem parte da fauna do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (Pescan) Agetur
 
Não importa se a procura é por tranquilidade ou aventura, se é criança ou já está na terceira idade, para se divertir em Rio Quente e Caldas Novas só há um pré-requisito: gostar de água. Ela é a maior atração da região e não é à-toa, já que nasce com a agradável temperatura de 37,5°, além de ter propriedades terapêuticas e medicinais.

O médico dr. Ciro Palmerston percebeu o potencial daquelas águas e fundou em 1964 a Pousada do Rio Quente. Hoje o complexo conhecido como Rio Quente Resorts conta com seis hotéis, que juntos somam 1119 quartos, dois parques aquáticos (o Parque das Fontes e o Hot Park), seis toboáguas, 19 piscinas, e a Praia do Cerrado (com direito a areias e ondas de até 1,20 m). É o maior e mais visitado da região, com mais de um milhão de hóspedes por ano.
A 27km dali, Caldas Novas também bebe da mesma fonte. É difícil encontrar na cidade hotéis que não tenha sua própria piscina, escorregador e toboágua abastecidos pelas cálidas nascentes.

Juntas as duas cidades formam a maior estância hidrotermal do mundo, isso graças à proximidade do curso dos lençóis freáticos com as camadas internas da terra, que aquece e pressuriza a água. São aproximadamente 6.228.000 litros por hora, ou quase 150 milhões de litros de água quente por dia.
Com tanta água, a fome é questão de tempo. Não faltam opções para encher a barriga, seja ficando em um dos bares molhados na beira da piscina, ou nos restaurantes dos hotéis ou da bem estruturada cidade de Caldas Novas.

A vida fora d’água também envolve um passeio no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, criado em 1970 para proteger os valiosos mananciais que abriga. Pertinho do centro da cidade, abriga tucanos, pica-paus, o urubu-rei, siriemas, tatus e até o lobo-guará. Do mirante, na parte mais alta, há uma bela vista da cidade e seus parques termais, pra quem já ficou com saudade da água, trilhas sinalizadas levam a duas cachoeiras, mas dessa vez geladas.

http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/caldas-novas/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Baía de Sancho, em Noronha, deixa de ser a melhor praia do mundo em ranking.
 
Do UOL, em São Paulo

Divulgação e Antônio Melcop/Divulgação
Grace Bay (esq.), em Turks e Caicos, desbancou a Baía do Sancho (dir.) 
Grace Bay (esq.), em Turks e Caicos, desbancou a Baía do Sancho (dir.)

Após dois anos consecutivos carregando o título de "a mais bonita praia do planeta" no Travellers' Choice do TripAdvisor, a Baía do Sancho, em Fernando de Noronha (PE), foi destronada pelas areias brancas de Grace Bay, localizada no arquipélago de Turks e Caicos, Caribe. Mesmo assim, a praia pernambucana continua sendo a melhor do País pelo terceiro ano consecutivo, além de ser a única praia brasileira no top 10 mundial. O resultado de 2015 do ranking foi anunciado nesta quarta-feira (17).

Esta edição reconheceu 343 praias, incluindo o ranking com as 25 melhores do mundo e listas para África, Ásia, Austrália, Caribe, América Central, Europa, América do Sul, Pacífico Sul, Inglaterra e Estados Unidos. As praias vencedoras foram determinadas com base em milhões de opiniões e avaliações dos viajantes de todo o mundo no decorrer de um período de 12 meses.

Além das duas, também estão no ranking praias dos Estados Unidos, Reino Unido, África, Ásia, Austrália, Caribe, América Central, América do Sul, Pacífico Sul e da Europa.
Confira quais são as 10 melhores praias na lista global:
1. Grace Bay -- Providenciales, Turks and Caicos
2. Baía do Sancho -- Fernando de Noronha, Brasil
3. Playa Paraiso -- Cayo Largo, Cuba
4. Anse Lazio -- Praslin Island, Seychelles
5. Cayo de Agua -- Los Roques National Park, Venezuela
6. Flamenco Beach -- Culebra, Porto Rico
7. Playa de Ses Illetes -- Formentera, Espanha
8. Ngapali Beach -- Ngapali, Myanmar
9. West Bay Beach -- Bay Islands, Honduras
10. Nacpan Beach -- El Nido, Filipinas
 
Conheça também o Top 10 brasileiro:
1. Baía do Sancho, Fernando de Noronha, PE
2. Praia Lopes Mendes, Ilha Grande, RJ
3. Baía dos Golfinhos, Praia de Pipa, RN
4. Praia do Farol, Arraial do Cabo, RJ
5. Prainha, Rio de Janeiro, RJ
6. Praia do Madeiro, Praia de Pipa, RN
7. Praia dos Carneiros, Tamandaré, PE
8. Praia do Forno, Arraial do Cabo, RJ
9. Praia do Grumari, Rio de Janeiro, RJ
10. Galés, Maragogi, AL

http://viagem.uol.com.br/noticias/2016/02/17/baia-de-sancho-em-noronha-deixa-de-ser-a-melhor-praia-do-mundo-em-ranking.htm

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

De floresta torta a caverna de cristais: 15 paraísos naturais pelo mundo.

Do UOL, em São Paulo

Volta e meia surgem relatos sobre lugares cuja beleza natural é tão absurda que dá até pra desconfiar que eles existam - ainda mais para quem está habituado ao cenário urbano. Para inspirar viagens, reunimos a seguir fotos e informações sobre alguns destes destinos pouco conhecidos que impressionam.
De imensos cânions esculpidos por chuvas no deserto norte-americano a uma caverna mexicana com cristais gigantes, passando por piscinas naturais turcas que parecem brotar na neve, o UOL selecionou a seguir 15 lugares incríveis pelo mundo.
 
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Piscinas de Pamukkale, na Turquia
Parece neve, mas é mármore. Localizado em uma montanha turca cuja formação lembra um castelo de algodão, este conjunto de piscinas termais fica próximo a Denizli, sudoeste do país euro-asiático, e tem essa formação branquinha que lembra neve por conta dos locais térmicos abaixo do monte, que provocam o derrame de carbonato de cálcio, solidificando como mármore travertino. O viajante pode entrar nestas águas pagando uma taxa.



 
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Cânion Antelope, nos EUA
Localizado no território dos índios Navajo, o Cânion Antelope tem formações rochosas que parecem ondas petrificadas no meio do deserto do Arizona. Os moldes se deram a partir da erosão dos enormes blocos de arenito, causada principalmente por enchentes que ocorrem nesta área do sudoeste dos EUA. O roteiro pela região costuma partir de Page, no norte do Estado.



 
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Floresta torta da Polônia
Trata-se de uma floresta de 400 árvores plantadas na década de 30 na Pomerânia Ocidental cuja base é torta, formação que é um mistério até os dias atuais. O local fica nos arredores do vilarejo polonês de Nowe Czarnowo, a cerca de 500 km da capital Varsóvia.


 
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Grande Buraco Azul, Belize
Em meio ao mar turquesa caribenho, esteburaco azul escuro esconde uma caverna coberta pelo mar. Com mais de 300m de diâmetro e 125m de profundidade, ele é tido como Patrimônio Mundial pela Unesco. Há roteiros de mergulho e prática de snorkel neste paraíso natural localizado na Reserva de Barreiras de Recifes de Belize.


 
Reprodução/www.naica.com.mx
 
Caverna dos Cristais, no México
Trata-se de uma caverna localizada na Mina de Naica, no deserto de Chihuahua, norte do México, conhecida pela presença dos maiores cristais selenita já encontrados, medindo até 12m. Visitar este local ainda não é possível: por conta da alta temperatura (na casa dos 45ºC), a caverna só é aberta a pesquisadores e profissionais. Para quem quiser ver os supercristais ao vivo, uma opção é encontrá-los em galerias: os museus de história natural de Nova York e de Londres, além do Smithsonian, de Washington, e o de geologia da Cidade do México tem alguns em seu acervo.


 
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Ilha do Feiticeiro, nos EUA  
Localizada no Parque Nacional de Crater Lake, no Oregon, em meio ao lago mais profundo dos Estados Unidos, esta ilha tem formação vulcânica, parecendo um cone. Suas origens remontam a mais de seis mil anos atrás. Por ali, vivia a tribo indígena Klamath, que usava os arredores para rituais espirituais. É possível chegar até o local por barco a partir da costa de Crater Lake.


 
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Montanhas 'arco-íris' na China
Estas montanhas do Parque Zhangye Danxia, na província de Gansu, noroeste chinês, ficaram famosas por seu efeito arco-íris. O colorido natural é produzido pela presença de formações de arenito e outros depósitos minerais que foram se acumulando por mais de 24 milhões de anos ali. O movimento da crosta terrestre e ações como o vento e a chuva foram traçando nestas montanhas camadas de diferentes cores que, hoje, atraem muitos turistas ao local.



 
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Cavernas de Gelo de Mendenhall, nos EUA
Localizado a 20km da cidade de Juneau, capital do Alasca, o parque Mendenhall Glacier Recreational Area abriga cavernas de gelo que, nos últimos anos, têm atraído gente de todo o mundo por sua beleza: o azul intenso, o teto de formações únicas e o solo cortado por diversos cursos d'água.

Apesar de incríveis, é importante saber que as cavernas existem porque a geleira do Mendenhall, que se estende por quase 20km, está derretendo. Por isso, riscos de colapso da estrutura existem - em julho de 2014, um dos setores desabou, o que fez com que as visitas ao local fossem, à época, desaconselhadas.

 
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Lago Rosa, ou Lake Retba, no Senegal
A coloração deste lago com altos níveis de sal na África Ocidental é explicada pela presença de uma microalga que produz um pigmento vermelho, fazendo com que a água fique nesta tonalidade - ora bem rosa, outras vezes um pouco mais puxada para o vermelho ou marrom. A atração natural fica a menos de uma hora de carro de Dacar, capital do país. Outro lago rosa pelo mundo é o Hillier, na Austrália.


 
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Lagos Plitvice, na Croácia
Destino bem procurado na Croácia, este parque nacional (o maior do país) abriga bosques e 16 lagos conectados por cascatas. Desde 1979 é considerado Patrimônio da Humanidade. O local fica na fronteira com a Bósnia eHerzegovina e recebe mais de um milhão de visitantes anualmente.



 
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Montanhas Tianzi, na China
Localizadas na província de Hunan, estas rochas formam altíssimos pilares naturais e ficaram famosas ao serem retratadas no filme "Avatar". Antes disso, porém, elas já eram reconhecidas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, título concedido em 1992.


 
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Salar de Uyuni, Bolívia
Talvez o mais popular desta lista, o destino no sudoeste boliviano, parte dos departamentos de Potosí e Oruro, é resultado do que sobrou do Minchin, gigantesco lago pré-histórico que teve suas águas salgadas evaporadas há milhares de anos. O efeito de ilusão de ótica desta que é a maior planície de sal do mundo, refletindo tudo o que se encontra acima dela, é mais potente de dezembro a março, quando as chuvas formam uma capa fina de água sobre o salar.



 
Carsten Peter/ National Geographic Stock/Caters
 
Caverna Hang Son Doong, Vietnã
Trata-se da maior caverna do mundo, com 6,5 km de extensão e 150m de altura, localizada no Parque Phong Nha-Ke Bang, a 500km da capital do país, Hanói. Sua formação ocorreu 2,5 milhões de anos atrás, causada pela erosão das águas do rio Rao Thuong no calcário abaixo das montanhas Annamite. Sua descoberta, no entanto, é recente. Relatos dão conta de que apenas na década de 1990 um morador a encontrou. Em 2009, ela foi "redescoberta" por britânicos. Desde 2013, o local está aberto ao público.



 
Wikicommons
 
Rio Rinatuan, nas Filipinas
Conhecido como Rio Encantado, ele fica na Ilha de Mindanao e brota de uma nascente subterrânea, desaguando no Pacífico. Umas das atrações turísticas mais populares do país asiático, este rio de águas salgadas é envolto em uma série de lendas. Uma delas diz que o local recebe este nome por conta dos espíritos que mergulhavam ali. Outra, que foram fadas que deram o verde-jade e o azul-safira impressionantes de suas águas. Uma terceira diz ainda que seres sobrenaturais protegem o rio.

 


Getty Images
 
Monte Roraima
Um dos monumentos naturais mais impressionantes da América do Sul, o monte Roraima - que foi cenário para a novela "Império" - tem uma estrutura de dois bilhões de anos e mede 2.739m de altura. Aproximadamente 80% do monte fica na Venezuela (foto acima), 15% fica na Guiana e apenas 5% no Brasil. Agências de Boa Vista organizam roteiros até lá.


http://viagem.uol.com.br/noticias/2016/02/17/de-floresta-torta-a-caverna-de-cristais-15-paraisos-naturais-pelo-mundo.htm

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Pantanal é um belíssimo complexo de regiões que abrangem cerrado, chaco e floresta amazônica.
 
Bruno Oliveira/UOL
Durante a tarde, as tonalidades do céu do Pantanal ficam douradas. Navegar pelos rios caudalosos do Pantanal, como o rio Cuiabá, é a forma clássica de conhecer as belezas naturais do bioma. Bruno Oliveira/UOL
O "Pantanal" compreende 11 regiões com características próprias dentro da confluência do cerrado, do chaco paraguaio e da região amazônica nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nas fronteiras com Paraguai e Bolívia.
O Pantanal Sul abrange dois terços da planície pantaneira: lá estão, por exemplo, a Nhecolândia ou "Paraíso das Águas", as cidades de Miranda e Aquidauana, com grande parte dos serviços de hospedagem e infra-estrutura para turistas, e o Porto Murtinho, das pescarias. As principais portas de acesso ao sul são Campo Grande e Corumbá. No Pantanal Norte, ao sul da capital Cuiabá, os principais destinos são Barão de Melgaço (com savanas e ninhais), Poconé e Cáceres, áreas de acesso difícil devido ao prolongado alagamento.

As chuvas ditam as regras da vida pantaneira, multiplicando em variedade e quantidade a beleza da vegetação e dos animais que ali habitam. As aves parecem gigantes, como a tuiuiú (símbolo do Pantanal), cuja altura chega a 1,60 metro, ou a arara-azul e a colhereiro, de quase um metro.
As aves mergulham para comer, como gaviões e biguás, ou saem em disparada, como as emas. Algumas, em bandos, exibem-se com as asas abertas nos galhos das árvores, com as penas secando ao sol. Peixes, répteis, anfíbios e mamífero snão ficam atrás no quesito "tamanho GG": sucuris ultrapassam os 4 metros de comprimento, jacarés e lagartos chegam a 2,50 metros. Um único jaú pode pesar cem quilos, para a glória (e o esforço) do pescador que precisa retirá-lo da água. A onça-pintada, um ser solitário e felizmente anti-social, pouco avistado, é o maior felino do continente americano.

Num mundo onde o despertador é substituído pelos guinchos dos pássaros e até o físico dos cavalos precisa resistir aos charcos, o turista goza de autonomia apenas relativa. Guias locais são artigos de primeira necessidade, bem como os veículos com tração nas quatro rodas, os transportes aquáticos e os animais que eles disponibilizam nas trilhas, da manhã à noite.
 
Festas populares
A Festa de São João de Corumbá se destaca com uma procissão até o cais do rio Paraguai. A Dança dos Mascarados embeleza, com seu colorido figurino, três eventos de Poconé (MT): a Folia dos Mascarados, em fevereiro; a Festa de São Benedito, em julho; e o Festival Folclórico do Pantanal, em agosto. Os movimentos da dança lembram o de uma quadrilha, e os dançarinos, como no teatro grego, são todos homens.

Uma comunhão maior com os recursos naturais do Pantanal se realiza nos tradicionais Festival Internacional de Pesca, em Cáceres (MT), em setembro, e no Festival Internacional de Pesca Esportiva, em Corumbá (MS), em outubro. Ambos atraem centenas de participantes, de todos os cantos do Brasil e do exterior.

http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/pantanal/

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Por segurança, deputado dos EUA quer diminuir aperto nos assentos de avião.
 
Do UOL, em São Paulo

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O congressista diz que a distância entre os assentos nos EUA está cada vez menor 
O congressista diz que a distância entre os assentos nos EUA está cada vez menor
 
O aperto que muitos passageiros enfrentam em viagens aéreas pode estar com os dias contados (pelo menos nos Estados Unidos).
O deputado democrata Steve Cohen, do Estado do Tennessee, está desenvolvendo um projeto de lei que busca estabelecer uma distância e um tamanho mínimos para os assentos dos aviões que voam pelos céus americanos, visando garantir, principalmente, a segurança dos viajantes. 

De acordo com um estudo encomendado pelo congressista e publicado pela CNN, a largura média dos assentos das aeronaves nos Estados Unidos diminuiu de 45,7 centímetros nos anos 1970 para 41,9 centímetros nos dias de hoje. "Ao mesmo tempo, o tamanho dos americanos aumentou", completa a CNN, provavelmente se referindo aos altos índices de obesidade na terra de Barack Obama.
Cohen ainda afirma que, entre os anos 70 e a atualidade, a distância média entre os assentos dos aviões caiu de 88,9 centímetros para 78,7 centímetros, uma perda de espaço de mais de dez centímetros para as pernas dos passageiros. 
 
Questão de segurança
O deputado afirma que seu projeto não se foca apenas no quesito conforto, mas tem também o objetivo de garantir a segurança dos viajantes. Para ele, o aperto dos aviões pode dificultar a evacuação da aeronave em situações de emergência.

O congressista está atualmente pedindo à Federal Aviation Administration (FAA), entidade que regula a aviação civil nos Estados Unidos, um estudo para determinar uma distância e tamanho de assentos considerados seguros para os passageiros. Ele também se diz preocupado com a saúde dos usuários das aeronaves: "médicos já avisaram que casos de trombose venosa profunda podem afetar passageiros que se veem impossibilitados de mover suas pernas por um longo tempo", afirma o deputado em sua página na internet.   

Ouvida pela CNN, a organização Airlines for America, que representa as companhias aéreas estadunidenses, se posicionou contra o projeto de Steve Cohen: "acreditamos que o governo não deva regular [o tamanho dos assentos e a distância entre eles]", diz a entidade. "Isso é algo que deve ser determinado pelas forças do mercado. São as decisões do cliente e a concorrência entre as companhias aéreas que devem determinar o que é oferecido".   

Assim como nos Estados Unidos, não existe no Brasil uma lei que estabeleça uma distância mínima exata entre os assentos dos aviões que trafegam no espaço aéreo nacional. A única imposição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é que os aviões "tenham uma configuração que permita que os passageiros, em uma situação de emergência, consigam abandonar a aeronave em até 90 segundos".

http://viagem.uol.com.br/noticias/2016/02/12/mais-espaco-deputado-americano-quer-limitar-aperto-entre-assentos-de-aviao.htm

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Chegar em algumas praias no sul da Bahia? Só se for a pé ou de bicicleta.

Eduardo Vessoni
Colaboração para o UOL, em Porto Seguro



 

Muita disposição e um pouco de preparo físico. Essas são as características ideais para quem quer conhecer os muitos segredos de Porto Seguro, localizada no extremo sul da Bahia. Isso porque só é possível chegar em algumas das mais belas praias da região a pé ou de bicicleta.
Tombada como Patrimônio Natural Mundial pela Unesco e conhecida como berço da história do Brasil, a cidade abrange uma área de mais de 2.400 km² e se divide em distritos, como Arraial d'Ajuda, Trancoso, Vale Verde e Caraíva.

UOL fez uma seleção de praias isoladas no sul da Bahia, para quando você quiser ter a sensação de ser o único ser humano no local. Separe o tênis – ou a bicicleta, e vem com a gente!

 
Eduardo Vessoni/UOL
 
Rio da Barra
Fica a apenas 2km de Trancoso, mas longe o suficiente da movimentação neo hippie do Quadrado. A praia está na divisa com Arraial d'Ajuda e seu acesso só é permitido a pé ou para quem estiver hospedado em estabelecimentos locais, como o Terravista Vilas Trancoso ou Txai Terravista.

Trata-se de um dos endereços mais impactantes, sem dúvida, de todo o roteiro pelo sul da Bahia. Sua paisagem é formada por falésias coloridas e a foz do rio que recebe caminhantes ou ciclistas exaustos.
#ficaadica: Após chegar, descanse em uma das refrescantes piscinas naturais que se formam em frente ao mar, rodeadas por bancos de areia.

 
Eduardo Vessoni/UOL
 
Jacumã
Uma vez cruzado o rio dos Frades, em direção sul, os aventureiros chegam a essa praia de águas mansas e recortada por oportunos coqueiros beira-mar. De areia fofa e mar esverdeado, o local é considerado uma das praias mais desertas da região.

#ficaadica: Para ampliar o roteiro, siga até a Barra do Rio dos Frades (1km, ao norte) e para as praias do litoral sul de Trancoso. Programe-se para visitar a região durante a maré baixa.

 
Eduardo Vessoni/UOL
 
Barra do Rio dos Frades
Prepare-se para um dos visuais mais impressionantes do litoral sul da Bahia. Não apenas por sua faixa de areia isolada, onde carros ficam bem longe, mas também pelo encontro entre o mar e o rio que dá nome ao local.

Endereço de pescadores que moram na região, a Barra tem bancos de areia rasgados por águas calmas e refrescantes, porém mais turvas, devido à presença de mangues e rios, cuja travessia é realizada por barquinhos conduzidos pela própria população ribeirinha.
#ficaadica: De correnteza forte, o rio exige a contratação de barqueiros locais para chegar até a margem seguinte.

 
Eduardo Vessoni/UOL
 
Juacema
O trekking bem sinalizado de 11km, entre a Praia do Espelho e Caraíva, leva a esse ponto isolado de poucas ondas, areia batida e piscinas naturais rodeadas por recifes de corais, em uma área de Mata Atlântica intocada.

Destaque para o paredão de falésias que acompanha durante boa parte do trajeto, e para as lagoas de água doce como a do Satu, com peixinhos que costumam se aproximar dos raros visitantes que desembarcam ali.
Fica a 3km de Caraíva e, para quem vem desse vilarejo rústico, serve como parada para recarregar as energias, antes de encarar a trilha sobre uma falésia e com chão irregular em direção à Praia do Espelho, no sentido norte.
#ficaadica: Não deixe de levar itens como lanches de trilha, muita água e protetor solar para curtir esse ambiente isolado e com poucas áreas de refúgio.

 
Eduardo Vessoni/UOL
 
Itapororoca
Essa praia abrange um longo trecho isolado de areia entre Trancoso e a Praia do Espelho. Possui águas esverdeadas que costumam atrair surfistas na temporada de ondas fortes, em pleno inverno.

Fica diante de um condomínio fechado e tem 9km de extensão, aproximadamente, com um cenário formado por areias mais fofas e mata quase intocada. A caminhada partindo da praia dos Coqueiros, em Trancoso, dura em média uma hora. Já quem sai da Praia do Rio Verde leva cerca de 40 minutos.
#ficaadica: Programe-se ir durante a maré baixa, quando as águas calmas formam piscinas naturais entre pedras e barreiras de corais.

 
Eduardo Vessoni/UOL
 
Itaquena
Cercada por mata nativa, esse pedaço de paraíso tem mar de tons esverdeados e areia branquinha, cujas partes mais rasas contam com piscinas naturais, em períodos de maré baixa.
A praia se encontra na Reserva da Vida Selvagem do Rio dos Frades, uma área de proteção ambiental que ocupa 894 hectares de restinga, mangue e floresta.
#ficaadica: Perfeita para caminhadas, essa praia selvagem é frequentada por surfistas atrás de suas ondas fortes, sobretudo em julho e agosto.

* O jornalista viajou com o apoio da Bahia Active
http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/porto-seguro/roteiros/chegar-em-algumas-praias-no-sul-da-bahia-so-se-for-a-pe-ou-de-bicicleta/index.htm