quarta-feira, 30 de março de 2016

Na Jamaica, pegue a estrada: costa norte tem Caribe de 007 e montanhas.

Adriana Terra
Colaboração para o UOL, na Jamaica*


O carro percorre o interior da ilha ao som de uma versão jamaicana de um hit americano dos anos 80. Enquanto o motorista cantarola, pela janela vão passando pequenos restaurantes de “jerk chicken”, barracas de frutas, bares de rum e salões de beleza com fachadas coloridas.
Estamos no norte da Jamaica, região de florestas, lagos, cachoeiras e praias bem ao estilo caribenho. Um lugar onde dá para se encantar muitas vezes, e não só com a natureza. Dos penteados elaborados que as mulheres usam até os cartazes de shows que revelam a cultura gráfica local, tudo na ilha tem muito estilo.

Talvez mais lembrada pelos brasileiros pelo reggae e pelo cenário urbano de Kingston do que pelas praias, a Jamaica tem, além de uma capital caótica e uma rica produção musical que a tornou conhecida no mundo todo, mais de mil quilômetros de costa voltada ao mar do Caribe, cercando suas cordilheiras - o país é super montanhoso.

Chamada por seus primeiros habitantes de terra da madeira e da água (“Xaymaca”, em Arawak), surpreende pela quantidade de rios e cascatas espalhados por um território razoavelmente pequeno: 11 mil km² de extensão - o tamanho da cidade de Manaus. Espanta ainda mais saber que em muitas regiões mais pobres falta, justamente, água.

 
Adriana Terra/UOL
O mar azul caribenho que cerca toda a costa jamaicana

Nos últimos cinco anos, a parte norte mudou bastante, contam os jamaicanos, o que tem a ver com investimentos no turismo. Hoje, o setor é um dos motores da economia da ilha. Em toda a costa há ampla infraestrutura de hotéis e resorts luxuosos, muitos deles novos. Mas ainda há também pousadas e hostels, além de muitas casas para locação temporária.

A atração pela região não vem de agora. Há mais de cinco décadas, turistas se hospedam ali em busca de um pedacinho de paraíso à beira-mar. Rodado na ilha, o primeiro filme de James Bond, “007 Contra o Satânico Dr. No” (1962), ajudou a alimentar este imaginário.

Tanto aos interessados neste circuito mais oficial quanto aos que querem escapar dele, viajar pelo norte vale a pena. Além das belezas naturais, um passeio pelas montanhas, onde vive boa parte da população, revela muito da personalidade da ilha: as festas de dancehall invadindo as ruas numa sexta à noite, homens jogando dominó na beira da estrada e construções de madeira com referências à cultura rastafári que se intercalam com casarões de arquitetura inglesa.
Para conhecer um pouco desta parte do país, reunimos abaixo alguns destinos e passeios. Dica: reserve ao menos quatro dias por ali e não deixe de conversar com quem vive na região.

 
Adriana Terra/UOL
Na Mystic Mountain, um teleférico sobe por dentro da densa floresta
 
Praias, museu e frango apimentado em Mo’Bay
Montego Bay é onde fica o segundo aeroporto do país e porta de entrada de boa parte dos viajantes. A cidade, que sedia o megafestival Reggae Sumfest, está a três horas de carro da capital Kingston - considerada menos turística, mas fundamental para quem gosta da cultura local. Não é preciso ficar indeciso: dá para ir de uma a outra por terra ou em voos de meia hora.


Na Sam Sharpe Square, faça uma parada no recém-aberto centro cultural, com exposições interessantes (quando a reportagem do UOL visitou a ilha, havia uma sobre rastafarianismo e outra sobre mulheres artistas), além de observar a vida que corre em volta da praça: estudantes saindo das aulas, confusão de carros - o trânsito jamaicano é caótico - e comércio de rua. A uma distância caminhável está o Scotchies, clássico ponto de jerk chicken, o mais famoso prato local: galeto assado lentamente sobre troncos de pimento, árvore típica da ilha.
Também perto dali está a Doctor’s Cave, praia cuja lenda diz que as águas são terapêuticas. Como infelizmente ocorre com outras praias badaladas da região, há uma taxa para acessá-la, por volta de US$ 5**. Para fugir disso, procure praias como a Dead End.

 
Adriana Terra/UOL
A lagoa Blue Hole tem essa cor belíssima por conta das pedras calcárias
 
Cachoeira de James Bond e montanha mística
Uma hora e meia a leste de Mo’Bay, Ocho Ríos é uma cidade portuária que virou meca do turismo. De um lado há resorts à beira-mar que atraem famílias americanas e canadenses. Do outro, um centrinho onde redes de fast-food se misturam a comércios mais autênticos que resistem, como uma loja de discos de reggae ou uma ital shop (de comida vegetariana).


Na região, a Dunn’s River Falls é uma queda d’água de 183m que desemboca no mar, famosa por ser um dos cenários do filme de James Bond. É bonita, mas totalmente lotada, então a dica é chegar cedo. A entrada custa US$ 20** para turistas. No caminho, vale parar para uma refeição no Ocho Ríos Village Jerk Centre, que tem comida simples e deliciosa.
Perto dali, a Blue Hole é uma lagoa bem mais tranquila, com águas de um azul-piscina intenso, devido a presença de pedra calcária. Guias levam viajantes pelas trilhas até lagoas e quedas mais afastadas por cerca de US$ 10** (é comum aceitarem tanto dólares americanos quanto jamaicanos em pontos turísticos). Se você for no começo da manhã, pode dar um mergulho sozinho.

Na Mystic Mountain um teleférico sobe por dentro de uma densa floresta com árvores de pimento e ackee (fruto da ilha), levando a um parque com mirante, circuitos de tirolesa, bobsled (o carrinho do filme “Jamaica Abaixo de Zero” adaptado para o clima tropical), restaurante e um centro cultural que conta um pouco da história da ilha e mostra ícones locais - Bob Marley e o corredor Usain Bolt obviamente são destaque. Os preços das atividades no parque, no entanto, são meio salgados, começando em US$ 20** (para crianças) e chegando a US$ 140**.

 
Adriana Terra/UOL
Uma das muitas quedas d'água da Dunn's Falls, em Ocho Ríos
 
Rumo oeste: clima de vilarejo praiano e pôr-do-sol
Uma hora e meia a oeste de Montego Bay, Negril tem atmosfera de vilarejo praiano, com ateliês de escultores de portas abertas, chão de terra, pequenos bares e restaurantes. Por conta do turismo tradicional que avança na costa da ilha, a cidade não é mais toda assim, mas ainda há ali um clima rústico que a difere de outras áreas ao norte.

Sua extensa praia combina grandes falésias, recifes de corais e mar azul. Chamada de Seven-Mile Beach, tem partes monopolizadas por hotéis e outras públicas, de fato.

Nos finais de tarde, do alto de uma enorme pedra onde fica o bar Rick’s Cafe é possível saltar de 10m de altura para o mar ou apenas tomar uma cerveja vendo o pôr-do-sol. O local é bem clichê turístico, mas a vista é bonita. Conhecida pela vida noturna, a região tem casas onde rolam shows e discotecagens de nomes da música jamaicana - Roots Bamboo, De Buss e Mi Yard são exemplos onde a frequência é mais local.

 
Getty Images
Homem passeia por praia de Negril, no extremo oeste da ilha
 
Como ir?
Para fazer os trajetos acima você pode alugar um carro, mas precisa encarar a mão inglesa, vigente na ilha. Dá também para contratar tours (neste site), usar táxi (os percursos descritos saem entre US$ 60** e US$ 90**) ou ônibus (que fica bem mais barato: entre US$ 13** e US$ 15**). Para se informar sobre transporte público intermunicipal, visite o site.

 
MAIS SOBRE A ILHA
Origens, política e maconha
Originalmente habitada pelos índios Tainos, o país teve duas colonizações: espanhola e britânica. A diáspora africana é marcante na Jamaica, como em todo o Caribe: após os indígenas terem sido praticamente dizimados pelos colonizadores, povos que viviam onde hoje são Nigéria e Gana foram trazidos escravizados a ilha. Atualmente, a população é formada em sua imensa maioria (cerca de 90%) por afrodescendentes, o que reflete na música, gastronomia e no idioma - o patois, língua crioula falada no país, tem palavras de origem africana. Já no pós-abolicionismo, chineses e indianos vieram trabalhar na Jamaica colônia.

Independente desde 1962 apenas, a Jamaica tem regime parlamentar. Entre 2011 e 2016, quem governou foi uma mulher do partido de centro-esquerda People’s National Party. Foi em seu governo que a maconha foi descriminalizada na ilha - apesar da aceitação social do consumo da erva, sua posse era ilegal até então. Em 2016, voltou ao poder o Partido Trabalhista, que, apesar do nome, é conservador.
 
Circulando pela ilha
A Jamaica tem altos índices de violência, então viajar acompanhado de um morador local é sempre bom para ter mais informações e passear com tranquilidade, mas estando sozinho você pode caminhar atento e se informar sobre regiões mais hostis a um estrangeiro. Sendo mulher, é importante saber que o assédio masculino é comum na ilha. Existe bastante assédio a turistas no comércio também, já que há muita pobreza. Se quiser fotografar alguém, aja com respeito e converse antes com a pessoa.


http://viagem.uol.com.br/guia/jamaica/kingston/roteiros/na-jamaica-pegue-a-estrada-costa-norte-tem-caribe-de-007-rum-e-montanhas/index.htm

segunda-feira, 28 de março de 2016

Taiwan ganha trem turístico com decoração inspirada na Hello Kitty.

Do UOL, em São Paulo

Divulgação/Taroko Express
 O interior do trem ganhou diversas imagens da famosas personagem japonesa 
O interior do trem ganhou diversas imagens da famosas personagem japonesa

Se você é um dos milhões de fãs da Hello Kitty que se espalham pelo mundo, talvez seja a hora de fazer uma viagem a Taiwan.
A ilha asiática acaba de inaugurar um trem completamente decorado com imagens da famosa gatinha com características humanas criada no Japão. 

Oito vagões do veículo têm seu exterior, paredes interiores, banheiros e assentos marcados com o rosto da Hello Kitty, em um ambiente que promete agradar adultos e crianças que gostam desse ícone nipônico. 

 
Divulgação/Taroko Express
O trem tem capacidade para transportar quase 400 passageiros

Com capacidade para 376 passageiros, o trem temático irá operar na rota entre as cidades de Taipei (a capital de Taiwan) e Taitung.

Durante a jornada, os turistas poderão degustar refeições cujas embalagens, logicamente, trarão estampado o rosto da Hello Kitty. E, ocasionalmente, funcionários fantasiados como a personagem irão aparecer a bordo para entreter os turistas.
Na parte exterior dos vagões, é possível admirar a Hello Kitty ao lado de diversas imagens de cartões-postais mundiais (como a Muralha da China e a Torre Eiffel).   

Em Taiwan, o fanatismo pela Hello Kitty é tão grande que já gerou um inconveniente para a empresa responsável pelo trem. Durante a viagem inaugural do veículo, 328 panos que cobrem o encosto de cabeça dos assentos (e que trazem uma imagem da gatinha) foram roubados por pessoas que fizeram a jornada. 

 
Divulgação/Taroko Express
Interior do trem de Taiwan inspirado na Hello Kitty

 
Divulgação/Taroko Express
Ocasionalmente, funcionários fantasiados como a Hello Kitty irão entreter os turistas

 
Divulgação/Taroko Express
Detalhe da decoração exterior do trem da Hello Kitty em Taiwan
 
http://viagem.uol.com.br/noticias/2016/03/24/taiwan-ganha-trem-turistico-com-decoracao-inspirada-na-hello-kitty.htm 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Quer economizar no exterior? Europa tem diárias a partir de 5 euros.
 
Do UOL, em São Paulo

Só de pensar na atual conversão do real para o euro, muita gente deve estar desistindo do sonho de viajar pelo Velho Continente.

Porém, se você é daquelas pessoas que, para economizar uns bons trocados, consegue abrir mão de conforto no quesito acomodação, saiba que lindas cidades como Budapeste, Praga, Lisboa e Riga oferecem quartos com diárias que têm grandes chances de caber no seu bolso, em uma variedade de preços que começa nos 5 euros.

Sim, nada que lembre uma suíte luxuosa. Tais quartos são compartilhados com outros viajantes e ficam em estabelecimentos de baixo custo conhecidos como hostels. Mas, se você perde em privacidade, ganha com a possibilidade de conhecer novas pessoas e evita pagar algumas dezenas de euros em uma acomodação individual.

Além disso, hostels costumam ser muito bem localizados e geralmente promovem divertidas festas e passeios com seus hóspedes. Abaixo, veja lugares onde é possível dormir sem gastar muito em solo europeu. Os preços abaixo, que estão em euros (mesmo quando as moedas locais são outras), foram pesquisados em março de 2016 e estão sujeitos a alteração. 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Kotor
Kotor é uma joia desconhecida por muitos turistas que viajam pela Europa. Localizada em Montenegro, a cidade está de frente para uma baía cercada por altas montanhas e pontuada por ilhas onde aparecem jardins e igrejas ortodoxas. Trata-se de um destino imperdível se você estiver viajando pelos Balcãs. Há opções de hospedagem em conta no local: o Old Hostel East Wing, por exemplo (na foto), tem diárias em quartos compartilhados a partir de 9 euros (cerca de R$ 37). Já o Montenegro Hostel, localizado bem no centro de Kotor, é ainda mais barato: diárias começando em 7 euros (R$ 29). 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Riga
Em uma viagem pela Europa, você estaria disposto a visitar os países bálticos? Um deles, a Letônia, tem uma linda capital que encanta turistas do mundo inteiro. Trata-se da cidade de Riga, recheada de prédios com arquitetura de estilo art noveau e que abriga estabelecimentos como o hostel Fire Fighter (na foto), com diárias em quartos compartilhados a partir de 5 euros (cerca de R$ 21). Já o Central Hostel Riga e o Riga Hostel cobram a partir de 6 euros a noite (quase R$ 25). 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Bratislava
A cidade de Bratislava, capital da Eslováquia, já foi cenário de um filme de terror chamado "Hostel", em que um grupo de mochileiros se dá muito mal ao visitar o país. Histórias de Hollywood à parte, costuma ser bem seguro ficar em um desses estabelecimentos de baixo custo de Bratislava. Um deles, o Hostel Possonium (na foto), tem localização central e diárias por cerca de 10 euros (aproximadamente R$ 41). Pelo mesmo preço é possível encontrar quartos compartilhados no Wild Elephants Hostel e no Downtown Backpackers. 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Lisboa
A capital portuguesa possui uma ampla oferta de hostels, muitos deles frequentados por mochileiros baladeiros de todo o mundo. Localizado em uma região central de Lisboa, perto do parque Eduardo VII, o Hans Bricker Hostel tem diárias individuais a partir de 7 euros (R$ 29), em um quarto que comporta oito pessoas. O Urban Garden Hostel (na foto), por sua vez, é um pouco mais caro (diárias a partir de 12 euros, ou R$ 49), mas é um dos estabelecimentos mais bem avaliados da cidade no site Hostelworld. O local fica relativamente perto da praça Marquês de Pombal. Já o PH Lisbon Hostel tem diárias começando em 8 euros (R$ 33). 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Berlim
Berlim é hoje uma das cidades mais populares entre viajantes que exploram a Europa e, apesar de sua fama, a capital alemã ainda oferece quartos relativamente em conta para os forasteiros. O Baxpax Kreuzberg Hostel, localizado no agitado bairro de Kreuzberg, tem diárias a partir de 10 euros (quase R$ 41). Já o SleepCheap Hostel, localizado em um edifício de 1905, cobra cerca de 11 euros a noite (R$ 45). O Cityhostel Berlin (na foto), por sua vez, tem diárias começando perto dos 12 euros (R$ 49). O estabelecimento fica próximo de atrativos como o portão de Brandemburgo. 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Cracóvia
Cracóvia, na Polônia, é um dos destinos mais lindos do Leste Europeu e oferece opções de hospedagem com ótimos preços. O Shishkin Art Hostel, por exemplo, localizado no bairro histórico de Kazimierz (uma antiga área judaica da cidade antes da Segunda Guerra Mundial), tem quartos compartilhados com diárias se iniciando em 6 euros (cerca de R$ 25). Outra opção em conta é o B Movie Hostel (na foto), com diárias por volta de 8 euros (aproximadamente R$ 33). O local, decorado com imagens do mundo do cinema, fica perto do imponente e antigo castelo real de Cracóvia. 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Budapeste
Na capital da Hungria, o Mandarin Hostel Budapest é um dos estabelecimentos mais em conta. Suas diárias para quartos compartilhados começam em 6 euros (cerca de R$ 25) e o local fica relativamente perto de algumas atrações turísticas da cidade, como o Memorial do Holocausto. Outro estabelecimento em conta é o Oleander Hostel, com diárias a partir de 7 euros (R$ 29). Preço parecido tem o hostel The Hangover (na foto), um dos mais baladeiros de Budapeste. 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Praga
É possível dormir na encantadora e turística cidade de Praga sem gastar muito. A capital da República Tcheca abriga, por exemplo, o hostel Clown and Bard (na foto), com diárias começando perto dos 10 euros (aproximadamente R$ 41). Já o Czech Inn, muito bem avaliado pelos usuários do site Hostelworld que se hospedaram no local, oferece camas em quartos compartilhados a partir de 11 euros (R$ 45). 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Dubrovnik
Com seu centro histórico protegido por muralhas e banhado pelo mar Adriático, Dubrovnik é um dos destinos mais lindos e populares da Croácia. Muito visitada por mochileiros, a cidade abriga uma boa variedade de hostels. Um deles, o Hostel Dubrovnik Center (na foto), tem diárias a partir de 11 euros (R$ 45). O local fica perto do oceano, mas não está muito próximo das principais atrações turísticas da cidade, que ficam a cerca de 15 minutos de ônibus. Já o hostel Cheap Sleep tem diárias começando em 13 euros (R$ 53). 
 
Divulgação/Hostelworld
 
Belgrado
Outro país dos Balcãs que oferece opções de hospedagem em conta é a Sérvia. Em sua baladeira capital, Belgrado, os turistas podem encontrar, por exemplo, o Time Hostel, localizado no coração da cidade, muito bem avaliado pelos viajantes e com diárias a partir de 7 euros (R$ 29). Também situado em uma região central da metrópole sérvia, o Hostel Bongo tem diárias a partir de 11 euros (R$ 45). 
 
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Mais informações
Para pesquisar mais sobre diárias, localização e o conforto das acomodações oferecidas por hostels europeus e de outros lugares do mundo, as melhores fontes são os sites Hostelworld (www.hostelworld.com) e Hostels.com (www.hostels.com). O viajante também pode fazer suas reservas através destes endereços. 
 
http://viagem.uol.com.br/listas/quer-economizar-no-exterior-europa-tem-diarias-a-partir-de-5-euros.htm

sexta-feira, 18 de março de 2016

Mais do que praias lindas: cruzeiro pelo Caribe pode ser aula de história.

Denise de Almeida
Do UOL, no Caribe*



Praias deslumbrantes e águas com muitos tons de azul encantam qualquer turista que visite o Caribe. Mas, entre os séculos 16 e 18, eram outros motivos que atraíam a atenção por ali. Como estava na rota dos navios que levariam ouro, prata e pedras preciosas do Novo Mundo para a Europa, rapidamente bandos de piratas tomaram a região.
Barbanegra, Francis Drake e Calico Jack - este último, o inventor da hoje conhecida bandeira pirata, com a caveira e duas espadas cruzadas - foram alguns dos mais famosos responsáveis por saquear embarcações e cidades, além de provocar mortes e batalhas sangrentas.
Muitas muralhas e fortalezas construídas para proteger as riquezas contra os bandidos dos mares ainda estão lá, como herança deste passado de conflitos. Conhecer esses verdadeiros tesouros arquitetônicos é como assistir a uma boa aula de história - com a vantagem de ter paisagens incríveis a sua volta. Para visitar vários destes cenários, uma boa opção é fazer um cruzeiro que percorra destinos caribenhos. Assim, em uma semana você consegue conhecer atrações de até cinco países diferentes, por exemplo, seguindo uma programação pelo chamado Caribe Sul. 

 
Denise de Almeida/UOL
O Castelo San Felipe de Barajas protegia a cidade de Cartagena, na Colômbia
 
Tesouros históricos em Cartagena
Em Cartagena das Índias, na Colômbia, visitar a cidade amuralhada é a primeira tarefa do turista. Finalizada em 1796, após quase dois séculos em construção, a muralha cerca o centro histórico por 11km, intercalando imponentes muros de pedra, fortalezas e baluartes. Essa região da cidade foi declarada Patrimônio da Humanidade, pela Unesco, em 1984.

Descoberta pelos espanhóis em 1533, Cartagena tem outra importante construção histórica que vale muito a visita: o castelo San Felipe de Barajas, maior construção militar feita pelos espanhóis nas Américas. A obra, erguida sobre o morro de San Lázaro, ficou pronta em 1657 e protegia a cidade de invasões. Era o único acesso que a cidade tinha pelo continente.
Nesse passeio, os turistas descobrem os truques que a fortaleza tinha para que os soldados pudessem ver os invasores antes de serem notados. Um dos segredos é uma escada estrategicamente inclinada e de teto baixo, além de corredores confusos, que mais parecem um labirinto. A vista panorâmica da cidade lá do alto compensa os degraus e ladeiras do caminho.

 
Denise de Almeida/UOL
Ruínas da mina de Bushiribana, em Aruba, que processava e escondia ouro
 
Ouro escondido em Aruba
O pequeno país, que ostenta o slogan "Uma Ilha Feliz", tem mar verde-azulado e praias de areia grossa, formada pelo desgaste de corais. Graças a isso, a areia nunca fica quente demais: mesmo sob o forte sol, dá para pisar nela descalço, sem medo de ser feliz.

No norte de Aruba, onde o mar é mais bravo e tem ondas fortes, ficam as ruínas da mina de ouro Bushiribana, que processou o minério durante a corrida pelo ouro. Descoberto na ilha em 1824, o ouro e sua indústria produziram cerca de 1.500 toneladas, no período. Do lado de fora, Bushiribana aparenta ser um forte - e isso era uma estratégia para despistar os piratas que passavam por ali perto.
Próximo às ruínas, estão também algumas pontes naturais: falésias calcárias que foram esculpidas pela força das águas e do vento por milhares de anos. A mais famosa e maior delas, Natural Bridge, ruiu em 2005, mas seus restos ainda são atração. Pontes menores estão intactas e também valem a visita.

 
Denise de Almeida/UOL
Curaçao tem águas translúcidas e de cores deslumbrantes
 
As praias mais lindas
A charmosa Curaçao tem pontes, casinhas coloridas e arquitetura que remetem a Amsterdã. Não por acaso, foram os holandeses os colonizadores do país (e também de Aruba). O idioma local, herança dos africanos trazidos como escravos séculos atrás, chama-se papiamento e soa um tanto familiar a quem fala português.

A herança dos tempos de piratas pode ser conferida no Forte Amsterdam, construído em 1635 em Punda, no lado leste da ilha. Era a mais importante fortaleza das oito que o país teve e hoje é Patrimônio Mundial da Unesco. Em um de seus muros está encravada uma bala de canhão atirada pelas tropas do Capitão Bligh.
As praias de Curaçao ocupam qualquer ranking de mais belas do Caribe. Suas águas translúcidas e de cores deslumbrantes definitivamente conquistam o coração dos viajantes que passam por ali. Entre eles, celebridades internacionais, que possuem imóveis ou hospedam-se por lá durante as férias. Guias de viagem locais garantiram à reportagem do UOL que Mark Anthony e Jennifer Lopez, quando casados, eram donos de uma mansão por lá.
Uma das mais famosas atrações de Curaçao é nadar e interagir com golfinhos no aquário local. A fábrica do famoso licor Curaçao Blue também tem visitas guiadas, onde é possível conhecer a história da bebida. Mas, se a parada do seu cruzeiro no país for de apenas poucas horas, pode ser mais interessante aproveitar o tempo apenas relaxando em qualquer uma das paradisíacas praias.
 
* A jornalista viajou a convite da Pullmantur
http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/internacionais/mais-do-que-praias-lindas-cruzeiro-pelo-caribe-pode-ser-aula-de-historia/index.htm

quinta-feira, 10 de março de 2016

Famosa por praia de água doce, Alter do Chão (PA) tem paisagem deslumbrante.

Heinar Maracy
Colaboração para o UOL


Depois de ser considerada a praia mais bonita do Brasil pelo jornal inglês The Guardian, em 2009, a fama de Alter do Chão subiu mais do que o rio Tapajós na cheia.

 
Mari Pini/UOL
Píer de Alter de Chão, no Pará

O período ideal para visitar esta vila, localizada a 36km de Santarém, no Pará, vai de setembro a fevereiro, quando chove menos e o rio baixa, revelando suas praias de areia fina. No entanto, essas estações e o volume de água têm variado bastante nos últimos anos, por efeito do desmatamento na Amazônia, influências do fenômeno El Niño e mudanças cilmáticas regionais e globais.
A seca do último ano ampliou o período de vazante, que geralmente terminava em novembro, mas está indo até meados de janeiro. Apesar do clima quente, o vento que sopra constantemente traz o frescor do rio, tornando o clima agradável até para aqueles que “odeiam o calor”.

A maioria dos passeios é feito por meio de lanchas velozes (voadeiras), pequenos barcos (rabetas) coordenados por moradores locais, barquinhos a remo (catraias) para cruzar até a ilha do Amor na cheia ou grandes barcos para grupos de 10 a 20 pessoas, com direito a muita música sertaneja no som ambiente. Os preços variam bastante de acordo com a distância, número de passageiros e a época. Geralmente ficam mais altos no verão e voltam ao normal na segunda semana de janeiro.
Mas fique atento: no Lago Verde e em algumas praias placas alertam para a existência de arraias no local. O perigo está na ferroada, que é extremamente dolorosa. Os casos são raros, porém, é bom tomar cuidado ao entrar, sempre arrastando os pés. 
Conheça abaixo alguns destaques da região.

 
Mari Pini/UOL
 
Ilha do Amor
O cartão de visitas de Alter é um pequeno trecho de areia entre o Lago Verde e o rio Tapajós. Uma "prainha” de água morna, na altura das canelas, ideal para levar crianças ou esperar o pôr do sol em uma barraquinha abastecida pelos bangalôs que vendem bebida, petiscos e pratos feitos. Pode ser alcançada a pé, durante a vazante, ou de catraia, durante a cheia.


 
Mari Pini/UOL
 
Lago Verde e Floresta Encantada
Os mais bonitos igarapés, como o do Macaco (onde também vive uma comunidade alternativa) e o do Camarão, precisam ser visitados de barco. Existem duas opções: dar a volta no lago em três horas, com pequenas paradas em cada área de interesse, ou pedir para um barqueiro te deixar em um igarapé específico e voltar para buscá-lo no fim da tarde.

O hotel Belo Alter, à beira do lago, serve um ótimo café da manhã e refeições a preços razoáveis. De quebra, deixa quem consumir utilizar sua piscina. Também dá para curtir a praia de Igarapé ou pegar um barco a remo para explorar as copas das árvores da Floresta Encantada, repleta de nascentes. É possível ainda explorar o local com um caiaque, cujo aluguel diário é de R$ 50 por pessoa (preço pesquisado em janeiro de 2016).

 
Mari Pini/UOL
 
Igarapés
Existem centenas de nascentes perto da vila de Alter que desembocam no rio, algumas formando pequenas piscinas de água cristalina. Esses lugares são ótima opção para aqueles dias em que você não quer encarar o trabalho de ir atrás de um barco e fazer um passeio de várias horas. Entre as alternativas está o iguarapé do Sonrisal (foto acima), que vale a pena de ser visitado.


 
Mari Pini/UOL
 
Flona
Separe ao menos um dia para conhecer a Floresta Nacional do Tapajós. Trata-se de um passeio de cerca de uma hora de lancha (ou três horas de barco), em que o viajante desembarca em uma das duas comunidades ribeirinhas (Maguari ou Jamaraquá). Lá, consegue conhecer o artesanato local em látex, fazer uma refeição ou até mesmo pernoitar para encarar uma trilha no dia seguinte. São mais de 500 mil hectares, 350 espécies de aves e 400 espécies de árvores, incluindo uma samaúma de mais de 60m e quase mil anos de idade.


 
Rodrigo Bertolotto/UOL
 
Pindobal
Pode ser alcançada de barco ou pela estrada, pois está localizada a 7km do centro de Alter do Chão. Funciona como uma opção menos movimentada para a alta temporada e época de festas, quando a vila fica lotada. A praia é ampla e repleta de barraquinhas com serviço de bar. Se tiver sorte, e dependendo do período, é possível até avistar botos pulando na água.


 
Tati Farias/UOL
 
Ponta do Cururu
Passeio de barco rápido, barato e imperdível, que leva cerca de meia hora. Esta é uma ponta de areia de 1km que entra pelo rio e permite assistir ao pôr do sol no meio dele. Um bom lugar para levar uma canga ou rede para um cochilo ou apenas ficar assistindo os bandos de gaivotas à procura de peixes, um espetáculo à parte.


 
Lucas Fanelli/Reprodução
Jogo de bola na praia de Anã, RESEX Tapajós-Arapinuns
 
Resex Tapajós - Arapiuns
Do lado de cá do rio Tapajós ficam as praias e, do outro, fica a Reserva Extrativista Resex Tapajós - Arapiuns (foto). Imperdível para quem quer se sentir realmente no meio da floresta amazônica, conhecer a piracaia (o “lual" amazônico, com pratos típicos regados a caipirinha e suco de taperebá) em uma comunidade ribeirinha ou fazer trilhas ecológicas.


http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/santarem/roteiros/famosa-por-praia-de-agua-doce-alter-do-chao-pa-tem-paisagem-deslumbrante/index.htm

sábado, 5 de março de 2016

Março tem carnaval na África do Sul e florada das cerejeiras no Japão.

Do UOL, em São Paulo

Março é um mês recheado de festas e oportunidades para passeios outdoor. No Hemisfério Norte, a chegada da primavera cria atrações como a florada das cerejeiras no Japão, que, a partir do final do mês, já pode ser admirada em diversos destinos turísticos do território nipônico, como Tóquio e Kyoto.
Por ocasião da Páscoa, destinos religiosos também ganham cores e uma atmosfera intensa. Em Jerusalém, em Israel, fiéis se reúnem para seguir os últimos passos de Jesus. Já em Nova Jerusalém, em Pernambuco, é realizada uma impressionante representação do calvário e da ressurreição de Cristo.
E, se o Carnaval já acabou no Brasil, a África do Sul reserva um evento perfeito para quem ama celebrações de rua.
Veja abaixo alguns dos lugares mais interessantes para visitar neste mês.
 
Divulgação

Baixa temporada no Brasil
O ministério do Turismo do Brasil considera o período de março a junho como baixa temporada em diversos destinos turísticos do país. Por isso, vários locais paradisíacos do território brasileiro tendem a ficar mais baratos a partir deste mês. Entre os lugares onde o viajante pode encontrar bons descontos estão balneários do Nordeste (como Porto de Galinhas, Porto Seguro e Maragogi) e recantos de Santa Catarina como Balneário Camboriú (na foto), São Francisco do Sul, Laguna e Imbituba.

 

Divulgação/Cape Town Carnival

Carnaval na África do Sul
Enquanto o Brasil se despede de seu festivo mês de fevereiro, a África do Sul dá boas-vindas a março, quando é realizada na Cidade do Cabo uma das celebrações de rua mais famosas do país de Nelson Mandela. Chamado de "Cape Town Carnival" (Carnaval da Cidade do Cabo), o evento reúne desfiles de carros alegóricos, apresentações musicais e danças africanas sob os cenários da mais linda metrópole sul-africana, em um espetáculo visto por dezenas de milhares de pessoas. Neste ano, a festa será realizada no dia 12 de março. 


Ammar Awad/Reuters

Páscoa em Jerusalém
Jerusalém, em Israel, é um destino que atrai fiéis cristãos durante o ano inteiro. Mas a cidade ganha contornos especiais na época do feriado da Páscoa (neste ano celebrado entre 25 e 27 de março), quando milhares de pessoas seguem os últimos passos de Jesus no centro antigo de Jerusalém com uma intensidade religiosa fora do comum, em um roteiro conhecido como Via Dolorosa. Os fiéis terminam o roteiro na Igreja do Santo Sepulcro, onde se reúnem e rezam comunidades cristãs do mundo inteiro. 


Felipe Souto Maior/AgNews

Páscoa em Nova Jerusalém
Está difícil pegar um avião e ir até Israel? Pois saiba que, no Brasil, é realizado um dos espetáculos relacionados à Páscoa mais fascinantes do mundo. Trata-se da encenação da Paixão de Cristo feita em uma área conhecida como Nova Jerusalém, no interior de Pernambuco. O espetáculo é uma superprodução ao ar livre que conta com a participação de diversos atores famosos e centenas de figurantes. Neste ano, as apresentações serão realizadas entre os dias 19 e 26 de março. O espetáculo contará com Bianca Rinaldi (como Maria), Antonio Calloni (Heródes), Odilon Wagner (Pilatos) e Igor Rickli (como Jesus). 


Ignis/Creative Commons

Festival japonês
Com mais de mil anos de história, o festival de Omizutori será realizado entre os dias 1º e 14 de março na linda cidade japonesa de Nara. Trata-se de um evento budista em que monges rezam no famoso templo de Todai-ji pela paz no mundo e por boas colheitas. O ápice da festa acontece no dia 13 de março, quando os monges correm segurando enormes tochas, produzindo um efeito visual fascinante. Eles acreditam que o fogo é capaz de proteger as pessoas de coisas negativas. 


Ma Ping/ Xinhura

Cerejeiras no Japão
A florada das cerejeiras é um dos momentos do ano mais bonitos para visitar o Japão. O fenômeno já pode ser admirado no final de março em diversas localidades do território nipônico, como as cidades de Nagasaki, Kyoto, Nagoya, Osaka, Fukuoka, Shizuoka e Tóquio. Todos estes destinos oferecem lindos parques por onde o turista pode passear e tirar fotos das cerejeiras. Tais paisagens também podem ser vistas durante o mês de abril. 


Adriana Terra/UOL

Cinema na Colômbia
Entre os dias 2 e 7 de março será realizado em Cartagena, na Colômbia, um dos principais festivais de cinema da América Latina: o Festival Internacional de Cine de Cartagena de Indias, também conhecido como FICCI. O evento irá mostrar algumas das últimas produções do cinema latino-americano e mundial ao lado das paisagens românticas de uma das cidades históricas mais lindas do planeta. É uma ótima oportunidade para ver as vielas coloridas de Cartagena tomadas pela rica atmosfera cultural do FICCI. Julio 


César Guimarães/Arquivo Pessoal

50 anos de Chico Science
Um dos principais expoentes do movimento mangue beat, o músico Chico Science morreu em 1997 e completaria 50 anos no próximo dia 13 de março. Para celebrar este cinquentenário, o Museu da Cidade do Recife está realizando uma exposição fotográfica sobre a vida e a obra de Chico Science. E, no dia 12 de março, a cidade de Recife completa 479 anos. O aniversário é um ótimo pretexto para o turista explorar as paisagens históricas e cenários culturais de uma das cidades mais interessantes do país. Bert 


Kaufmann/Creative Commons

Rumo a Haia
Amsterdã é o principal cartão-postal da Holanda, mas o país europeu tem diversos outros centros urbanos com inúmeros atrativos para o turista. Um deles é a cidade de Haia, que, neste dia 6 de março, irá sediar uma meia maratona que está entre as mais famosas do Velho Continente. Mais de 26 mil corredores são esperados para o evento, que deixará a cidade animada e propícia para uma visita. Além de acompanhar a competição, o turista pode visitar lugares como o museu Mauritshuis (onde está o famoso quadro "Moça com Brinco de Pérola", de Vermeer) e a praia de Scheveningen (na foto). 


Zeng Alan/AP

Desertos dos Estados Unidos
Março pode ser um mês ideal para visitar algumas das lindas paisagens desérticas dos Estados Unidos. Trata-se de uma época em que o sol não castiga tanto, em que a temperatura tende a ficar, durante o dia, perto dos 15ºC, proporcionando boas condições para o turista explorar locais como o Grand Canyon National Park e o Antelope Canyon, este localizado dentro de território dos índios Navajo e dono de formações rochosas surreais, que parecem ondas petrificadas no meio do deserto (na foto). 


http://viagem.uol.com.br/listas/conheca-os-melhores-destinos-turisticos-para-visitar-no-mes-de-marco.htm

quarta-feira, 2 de março de 2016

Parabéns, Rio: veja 20 passeios para conhecer a cidade por outros ângulos.

Elisa Freitas
Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro 

Getty Images
 O Cristo é o principal cartão-postal no Rio, mas a cidade guarda muitas outras atrações 
O Cristo é o principal cartão-postal no Rio, mas a cidade guarda muitas outras atrações

Nem só de praias e de Cristo Redentor vivem os cariocas. Para celebrar o aniversário da Cidade Maravilhosa, que completa 451 anos nesta terça-feira (1), o UOL reuniu 20 passeios para conhecer o Rio de Janeiro de outros ângulos.
Confira nossas sugestões de museus pouco visitados, botequim, jazz na favela, parques para relaxar, o melhor açaí da cidade e muito mais.

 
Divulgação
Vista do The Mazze Inn, na comunidade Tavares Bastos, no Catete
 
Jazz no The Mazze Inn
Uma pousada na favela Tavares Bastos, no Catete, abriga uma das melhores noites de jazz da cidade. Toda primeira sexta do mês, a partir das 22h, a casa recebe atrações locais e internacionais do jazz, que rola solto até 3h30 da madrugada. Para entrar são R$40, somente em dinheiro, e para subir para o The Mazze Inn é necessário pegar uma Kombi no começo da rua Tavares Bastos, no bairro do Catete.

Onde: Rua Tavares Bastos, 414, Casa 66 - Catete.
Mais informações: (21) 2558-5547 e http://jazzrio.info/


 
Elisa Freitas/UOL
Parque da Cidade, na Gávea
 
Parque da Cidade
O Parque da Cidade, na Gávea, possui mais de 450 mil m² e vai até as proximidades do Parque Nacional da Tijuca. O parque conta com um museu, áreas abertas para recreação, trilhas, córregos e uma grande área de mata mais fechada, local muito agradável para fazer piqueniques.

Onde: Estrada Santa Marinha, S/N - Gávea. Funciona diariamente de 8h às 17h.


 
Divulgação
Roda Samba do Trabalhador no Clube Renascença
 
Samba do Trabalhador
Toda segunda-feira o sambista Moacyr Luz comanda uma das melhores rodas da cidade: o Samba do Trabalhador. No Clube Renascença, no Andaraí, um antigo reduto do movimento negro, o samba rola solto em um ambiente familiar. Muitos sambistas cariocas passam pela roda, além dos músicos que integram o grupo.

Onde: Clube Renascença (Rua Barão de São Francisco, 54 - Andaraí). Sempre às segundas, a partir das 17h.
Mais informações: www.renascencaclube.com.br


 
Ruy Barbosa Pinto/Flickr
Real Gabinete Português de Leitura
 
Real Gabinete Português de Leitura
Fundado por imigrantes portugueses em 1837, o Real Gabinete teve sua atual sede inaugurada em 1887. A fachada exibe os traços do Mosteiro dos Jerônimos, uma das grandes obras arquitetônicas de Lisboa, e o interior do edifício, além de ter recebido visitas frequentes de Machado de Assis, abrigou os primeiros encontros da Academia Brasileira de Letras. O acervo do Real Gabinete está à disposição do público. O local também promove apresentações musicais e exposições de arte.

Onde: Rua Luís de Camões, 30 - Centro. Funciona de segunda a sexta, de 9h às 18h.
Quanto: Entrada gratuita.
Mais informações: (21) 2221-3138 e www.realgabinete.com.br


 
Alexandre Macieira/Riotur
Parque Bosque da Barra
 
Bosque da Barra
O Parque Bosque da Barra fica em uma parte movimentada da zona oeste da cidade. Com mais de 50 hectares, o parque foi criado com o objetivo de preservar o meio ambiente local, principalmente a vegetação de restinga, a fauna e a flora local. O bosque conta com estacionamento, brinquedos para crianças e equipamentos de ginástica. É permitido fazer piquenique no local.

Onde: Avenida das Américas, 2430 - Barra da Tijuca. Aberto diariamente de 7h às 17h.
Quanto: Entrada gratuita.


 
Divulgação
Casa-Museu do Sítio Burle Marx no Rio de Janeiro
 
Sítio Burle Marx
Localizado em Guaratiba, na zona oeste do Rio, o Sítio Burle Marx abrange uma área de 365 mil m² e é uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais com potencial paisagístico do mundo. A propriedade é a antiga casa do paisagista Roberto Burle Marx e sua coleção lá cultivada foi considerada patrimônio cultural brasileiro em 1985, quando o sítio foi tombado. 

Durante a visita, o público poderá conhecer também o Museu-Casa, local onde Burle Marx viveu e que atualmente exibe objetos de arte e artesanato de sua antiga coleção e também obras do próprio paisagista. O passeio pelo Sítio é acompanhado por um monitor e dura aproximadamente uma hora e meia. As visitas precisam ser previamente agendadas.
 
Onde: Estrada Roberto Burle Marx, 2019 - Barra de Guaratiba. Aberto de terça a sábado, de 9h30 às 13h30. Mais informações e agendamento: (21) 2410-1412.

 
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Centro Cultural Cartola (Museu do Samba), na Mangueira
 
Centro Cultural Cartola
O Centro Cultural Cartola, que agora também se chama Museu do Samba, se dedica à educação musical e artística de crianças, jovens, adultos e idosos em projetos sociais de grande abrangência. Na frente do prédio, localizado no morro da Mangueira, o visitante é recebido por uma estátua do mestre Cartola. Dedicado ao legado do sambista e à história do samba, o museu conta com exposições de acervos permanentes e temporárias, e documentos para consulta.

Onde: Rua Visconde de Niterói, 1296 - Mangueira. Funciona de segunda a sexta, de 10h às 17h. O CCC está fechado por alguns dias e volta suas atividades normais no dia 4 de março de 2016.
Mais informações: (21) 3234-5777.


 
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Reserva Florestal do Grajaú, no Rio de Janeiro
 
Reserva Florestal do Grajaú
Criado em 1978 com o nome de Reserva Ambiental do Grajaú, o parque distribui-se por uma área de 55 hectares remanescentes da Mata Atlântica, que destaca-se no espaço urbano do Rio de Janeiro. Com uma grande variedade de vegetação nativa e vista privilegiada para a Pedra do Andaraí (também conhecida como Pico do Perdido ou Pico do Papagaio), o local é ideal para relaxar ou fazer uma caminhada.

Onde: Rua Comendador Martinelli, 740 - Grajaú. Aberto de terça a domingo, de 8h às 17h.


 
Elisa Freitas/UOL
Casa principal do Museu do Açude
 
Museu do Açude
Fora do circuito de museus e longe do centro, o visitante deve reservar um tempo para conhecer o museu. Com a proposta de unir cultura e natureza, tanto a programação temporária quando o acervo permanente do Museu do Açude trabalham com a ideia de patrimônio integral. Ao percorrer os jardins e trilhas do local, o visitante se depara com instalações permanentes ao ar livre, como as obras "Penetrável Magic Square", de Helio Oiticica, "New House", de Lygia Pape, "Calado", de Nuno Ramos e "Garota de Ipanema", de Piotr Uklanski.

Onde: Estrada do Açude, 764 - Alto da Boa Vista. Aberto diariamente, exceto às terças, das 11h às 17h.
Quanto: R$2;  entrada gratuita às quintas.
Mais informações: http://museuscastromaya.com.br/


 
Elisa Freitas/UOL
Lanchonete Tacacá do Norte, no Flamengo
 
Tacacá do Norte
Com cara de casa de suco, a pequena lanchonete no Flamengo é especializada em sabores do norte do Brasil. O destaque da casa é o açaí, que tem um sabor bem diferente dos outros que são vendidos pela cidade. Servido com açúcar, xarope de guaraná ou puro, o açaí é acompanhado de farinha de tapioca, granola ou farinha d'água (R$19 a tigela de 400g). Além da iguaria, a casa serve sucos, tacacá (caldo de tucupi com goma de tapioca, jambu e camarão seco) e petiscos a base de carne de caranguejo. A casa só aceita dinheiro ou cheque.

Onde: Rua Barão do Flamengo, 35 - Flamengo. Funciona de segunda a sábado, de 9h às 23h, e domingo, de 9h às 19h.
Mais informações: (21) 2205 7545.


 
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Prédio do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro
 
Centro Coreográfico do Rio
Na Tijuca funciona o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, que foi inaugurado em 2004, sendo o primeiro da América Latina. O Centro foi projetado para criação, produção, desenvolvimento, apresentação, memória e difusão da dança. Além disso, para o público visitante, o centro conta com uma programação intensa de espetáculo, sempre a preços populares ou gratuitos.

Onde: Rua José Higino, 115 - Tijuca. Funciona de terça a domingo, de 9h às 22h.
Mais informações: https://centrocoreografico.wordpress.com/


 
Divulgação
Mosteiro São Bento, no Rio de Janeiro
 
Mosteiro São Bento
Recentemente restaurado, o Mosteiro São Bento, no centro do Rio, vale a visita, especialmente nos dias de missa com canto gregoriano. O Mosteiro está aberto à visitação diariamente de 7h às 18h. Vale se atentar ao figurino, já que se trata de uma igreja e há chances da sua entrada ser barrada. As missas com canto gregoriano acontecem de segunda a sábado, às 7h30, e aos domingos, às 10h.

Onde: Rua Dom Gerardo, 68 - Centro.
Mais informações: www.osb.org.br/mosteiro


 
Alexandre Macieira/Riotur
Casa da Guarda no Jardim Suspenso do Valongo, no Morro da Conceição
 
Morro da Conceição
Caminhar a pé pelo Morro da Conceição já é um passeio por si só. O local ainda é um desses lugares um pouco escondidos da cidade, apesar da localização central. A fachada das antigas construções e as ruas estreitas são uma verdadeira viagem no tempo. Escondido entre os altos edifícios do centro, o morro abriga restaurantes e ateliês de artistas plásticos, além de ser também um bairro residencial. A caminhada pode ser iniciada pela Ladeira João Homem. Lá é possível visitar o Jardim Suspenso do Valongo, a Igreja São Francisco da Prainha, e outros pontos turísticos.

 
Onde: Centro

 
Débora Costa e Silva/UOL
Estátua de bronze do Michael Jackson no morro Dona Marta
 
Estátua do Michael Jackson
No alto do morro Dona Marta (dentro da favela Santa Marta), uma inusitada estátua recebe curiosos e turistas. A laje onde se encontra a estátua tem 110m² e oferece vista panorâmica da zona sul do Rio de Janeiro. Graças à visita de Michael Jackson ao local em 1996, o rei do pop ganhou em sua homenagem, em 2010, uma estátua de bronze assinada pelo cartunista Ique, um painel de mosaico de pastilhas criado por Romero Britto, e uma lojinha de artesanato local.

Onde: A entrada da favela é na Rua São Clemente, na altura do número 307. É possível subir pelo plano inclinado, um elevador que percorre toda a extensão da favela e possui um ponto de parada próximo à estátua.
Quanto: Entrada gratuita.


 
Divulgação
Ladeira do Castro, no Rio de Janeiro
 
Ladeira do Castro
Ligando os bairros da Lapa e Santa Teresa, a Ladeira do Castro é uma verdadeira galeria à céu aberto. O projeto foi idealizado pelo artista plástico Fernando Sawaya, mais conhecido como Cazé, em parceria com a produtora cultural Luciana Vasconcellos. Para isso, eles convidam artistas interessados em pintar os muros da ladeira e negociam com os moradores da região a liberação dos espaços.

Onde: Ladeira do Castro - Santa Teresa.
Mais informações: www.facebook.com/ladeiradocastro


 
Divulgação
Barraca do Ésio de Caldos e Sopas, na Rua do Catete
 
Barraca de caldos e sopas no Catete
Próxima ao Largo do Machado, na Rua do Catete, a Barraca de Sopas & Caldos do Ésio é parada obrigatória para matar a fome no fim do dia. Entre os sabores, caldo de mocotó, caldo verde, creme de batata baroa com camarão, sopa legumes com carne vermelha, creme de ervilhas ou sopa de legumes com frango. 

 
Onde: Rua do Catete - Catete. A barraca funciona a partir das 17h.

 
Elisa Freitas/UOL
Vista da Pista Claudio Coutinho, no bairro da Urca
 
Pista Claudio Coutinho
Localizada na Praia Vermelha, no bairro da Urca, a pista integra o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca. Inaugurada no final da década de 1980, a pista tem extensão de cerca de 1,25 km e circunda o morro da Urca, com acesso a partir da Praia Vermelha. Através de algumas trilhas no caminho da pista, é possível subir ao morro do Pão de Açúcar. 

 
Onde: Praia Vermelha - Urca. A pista fica aberta diariamente de 6h às 18h.

 
CreativeCommons
Fachada do Museu Internacional de Arte Naif
 
Museu Internacional de Arte Naïf
Este é o maior museu internacional de arte naïf no Brasil. Possui em seu acervo cerca de 5.000 obras de artistas nacionais, de todos os estados brasileiros, e também estrangeiros, de mais de 100 países. Com exposições permanentes e provisórias, é, certamente, uma opção bem diferente do circuito tradicional de museus da cidade.

Onde: Rua Cosme Velho, 561 - Cosme Velho. Funciona de terça a sexta, de 10h às 18h (bilheteria até às 17h30), e sábados e domingos, de 10h às 17h (bilheteria até às 16h30). Ingresso: R$12 (inteira).
Mais informações: www.museunaif.com


 
Divulgação/Alessandra Coelho
David Vieira Bispo, dono do Bar do David, no morro Chapéu Mangueira
 
Bar do David
Localizado no morro Chapéu Mangueira, no Leme, o bar e restaurante é simples, mas atrai a clientela pelos pratos fartos, como a feijoada de frutos do mar e a costelinha de porco, acompanhados sempre de cerveja gelada. O local já é conhecido de cariocas e turistas, mas ainda foge um pouco do circuito de bares e restaurantes da zona sul.

Onde: Ladeira Ary Barroso, 66, Chapéu Mangueira, Leme. Aberto de terça a domingo, de 8h às 21h.
Mais informações: (21) 7808-2200.


 
Alexandre Macieira/Riotur
Parque Estadual da Chacrinha, no Rio de Janeiro
 
Parque da Chacrinha
Localizado no meio da agitada Copacabana, o parque estadual é um recanto de silêncio e tranquilidade. Conta com um parquinho para crianças, quadra de esportes e uma pequena trilha. O parque mantém uma das últimas áreas de mata do bairro de Copacabana.

Onde: A entrada fica próxima ao metrô Arcoverde, no final da Rua Guimarães Natal. Funciona de terça a domingo, de 8h às 18h.
Mais informações: (21) 2542-3247.


http://viagem.uol.com.br/noticias/2016/03/01/parabens-rio-veja-20-passeios-para-conhecer-a-cidade-por-outros-angulos.htm