sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Saiba como escolher o melhor lugar para você no avião.

Juliana Bianchi
Colaboração para o UOL, de São Paulo
 
Getty Images

Garantir o assento de sua preferência na hora de voar não é tarefa das mais fáceis, ainda mais se você deixar para marcá-los só no balcão do aeroporto. Mas, mesmo se fizer tudo com antecedência, qual exatamente é o assento ideal para você?

Será que a janela ou a saída de emergência é sempre a melhor opção? Conversamos com algumas empresas aéreas, consultores, sites e agências de turismo para tentar descobrir a melhor alternativa para cada perfil de viajante.

Fontes: Decolar.com, Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV-SP), GOL, Interpoint e Latam

 
1 - Ansioso
Caminhar durante a viagem é uma forma de aplacar a ansiedade nos voos mais longos. Caso faça parte desse time, procure se sentar próximo ao corredor. Assim não terá ninguém atrapalhando seus passeios e você não precisará incomodar os vizinhos pedindo para passar.

 
2 - Apressadinho
Se você é daqueles que gosta de sair da aeronave assim que ela aterrissa, busque um lugar nas primeiras filas, de preferência no corredor. Assim, a chance de ter muita gente travando a sua saída diminui. Em alguns voos nacionais o desembarque também pode acontecer pela porta traseira. Se esse for o caso da sua aeronave, a última fileira também é uma boa ideia. Fique atento.

 
3 - Dorminhoco ou leitor incansável
É daqueles que dormem a viagem toda ou passam boa parte do tempo lendo? Então as poltronas da janela foram feitas para você, que passará o voo todo sem ser incomodado com o fluxo de pessoas. Para mais momentos de tranquilidade e silêncio, escolha as fileiras mais centrais, longe dos banheiros, da cozinha e das crianças, que costumam ficar mais na frente.

 
4 - Friorento
As últimas fileiras são as ideais para essa turma, já que o fluxo do ar condicionado costuma funcionar da frente para trás na maioria das aeronaves. O inconveniente é ter de ficar próximo à área mais movimentada do avião.

 
5 - Quem enjoa fácil
Poltronas situadas no centro do avião, sobre as asas, estão próximos ao centro de gravidade da aeronave e tendem a ser mais estáveis e chacoalhar menos durante turbulências. Já os assentos das últimas fileiras sofrem com efeito oposto. Fuja deles.

 
6 - Que se incomoda com barulho
Poltronas localizadas um pouco à frente das asas são boa opção nesse caso por estarem parcialmente livres do ruído do motor, assim como dos banheiros e da cozinha, onde o fluxo de pessoas é maior. Mas fique atento: em aeronaves grandes os banheiros não se restringem às extremidades.

 
7 - Que gosta de fotografar do alto
Os assentos da janela nas fileiras na frente da asa e no fundo da aeronave costumam proporcionar uma visão mais ampla da paisagem do lado de fora, sem que a fuselagem atrapalhe muito. Se você gosta de imagens que incluam parcialmente a asa, busque poltronas que sejam próximas às extremidades delas, já que bem em cima você não conseguirá ver muita coisa pela janela. Se sua ideia é ver algum ponto específico, como o Cristo Redentor, pesquise antes de qual lado da aeronave ele estará na sua rota, para se sentar do lado certo.

 
8 - Acima do peso
Se pagar um extra para ter uma poltrona um pouco maior está fora de cogitação, o negócio é tentar um assento no corredor, onde a sensação de “aperto” é menor. Se optar por um lugar diferente onde haja um assento desocupado ao lado, assegure-se apenas de que o braço divisório naquela aeronave é móvel, caso contrário o desconforto será o mesmo.

 
9 - Muito alto
Caso você se sinta apto a agir quando houver necessidade, assentos em saídas de emergência são uma boa alternativa para acomodar quem tem estatura elevada, por terem mais espaço livre para as pernas, assim como as primeiras filas. Mas como nem tudo é perfeito, saiba que essas poltronas costumam reclinar menos. Outra opção é pagar pelos assentos “premium”, que prometem alguns centímetros a mais para as pernas.

 
10 - Com bebês
Com mais espaço na frente do que as demais poltronas, os assentos das primeiras filas são o local ideal para quem eventualmente precisa trocar uma fralda durante a viagem ou acomodar um bercinho portátil. Algumas aeronaves contam até mesmo com trocador embutido na parede.

 
11 - Com crianças
Desde que não seja uma saída de emergência, a primeira fila continua sendo uma opção interessante por conta do espaço extra para os pequenos se movimentarem, mas uma boa alternativa são os assentos de janela, que permitem uma distração extra durante o voo e uma barreira natural com o adulto ao lado para eventuais escapadas indesejadas.

 
12 - Idosos e passageiros com necessidades especiais
O espaço extra para as pernas faz dos assentos da primeira fila, novamente, os mais indicados para esse tipo de passageiro, assim como a proximidade e facilidade de comunicação com os comissários. Caso este local esteja ocupado, dê preferência aos assentos mais próximos ao corredor para facilitar a locomoção ao banheiro, por exemplo. 
 
http://viagem.uol.com.br/listas/saiba-como-escolher-o-melhor-lugar-para-voce-no-aviao.htm

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Natureza privilegiada e friozinho o ano todo são atrativos da deliciosa Canela.

Marcos Nagelstein/UOL
Cachoeira do Caracol é o principal atrativo do Parque Caracol, em Canela (RS). Uma escadaria leva turistas perto da sua queda d'água Marcos Nagelstein/UOL

A natureza privilegiada faz de Canela uma das cidades mais bonitas do Rio Grande do Sul. Na Serra Gaúcha, a região mais fria do Estado, as paisagens de Canela oferecem todas as variações do ecoturismo: da contemplação de bosques e cascatas em mirantes às aventuras radicais. Dá para mergulhar na natureza a pé, em trilhas, ou ainda de trenó, bicicleta, quadriciclo motorizado, jipes 4x4. Quem se joga numa tirolesa no meio daqueles vales verdes parece estar berrando de felicidade, mais do que de susto.
A cidade tem cerca de 38.000 habitantes, mais do que a população de Gramado, a vizinha famosa. Ambas compartilham as baixas temperaturas (em qualquer época do ano), o colorido das hortênsias, azaleias e plátanos e as formas grandiosas de pinheiros e araucárias. Como a distância é pequena, de apenas sete quilômetros, os visitantes de uma cidade conhecem as atrações da outra e vice-versa. E ficar hospedado em Canela pode sair mais em conta.

A Catedral de Pedra é um dos símbolos de Canela. Seus contornos pontudos são avistados de vários cantos e ao longo de toda a avenida Osvaldo Aranha, onde se alinham lojas de roupas, de chocolates, de bonecos, e também cafés, restaurantes, sorveterias. No meio do caminho está a Praça João Corrêa, homenagem ao coronel que esteve à frente da construção da primeira estrada de ferro da região, concluída em 1925.

O local também serve de cenário para outro símbolo querido desta cidade gaúcha, o Festival Internacional de Teatro de Bonecos, em junho. O evento já tem a experiência de 26 edições. Mais recentemente, o Alpen Park tem atraído multidões de turistas e moradores com a adrenalina resultante de seus equipamentos. O trajeto (ainda que rápido) do trenó tem curvas e descidas de arrepiar.

Quem prefere curtir as férias sem capacete ou taquicardia encontra sempre ótimos mirantes e lanchonetes no Alpen Park e também no Parque do Caracol, o mais antigo, e no Parque da Ferradura, o mais rústico. Na estrada de terra que liga o Parque do Caracol ao Parque da Ferradura foram erguidas pelos moradores, ao longo das décadas, dezenas de pequenas capelas dedicadas a santos e santas da tradição católica.

As atrações ao ar livre, a gastronomia e as compras concentram grande parte da programação de férias em Canela. Como em Gramado, os museus são poucos e de acervos modestos. Nos meses de festivais como o de bonecos e o Sonho de Natal, de novembro a janeiro, a agenda cultural cresce com dezenas de espetáculos de teatro e música.

Mesmo em viagens curtas, vale a pena reservar tempo para dois passeios nos arredores, a cerca de hora e meia de automóvel: Vale dos Vinhedos e Aparados da Serra. Dezenas de vinícolas podem ser visitadas em Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Garibaldi, Caxias do Sul e Monte Belo do Sul, cidades com paisagens e arquiteturas diferenciadas. Nos parques nacionais de Cambará do Sul, que abrigam a maior concentração de cânions do relevo brasileiro, basta água mineral para sentir vertigem.


http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/canela

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Tour pelo Harlem e Bronx, em NY, mostra cenários de onde nasceu o hip hop.

Débora Costa e Silva
Colaboração para o UOL, de Nova York

Muros grafitados, quadras de basquete e prédios antigos: em Nova York, turistas cruzam estes e outros cenários no passeio que explora o surgimento do hip hop. Com o nome de "Birthplace of the Hip Hop" ("Local de Nascimento do Hip Hop", em tradução livre), o tour leva grupos pelos bairros Harlem e Bronx para conhecer os lugares históricos do movimento cultural.

Esse roteiro foi uma das inspirações para o diretor Baz Luhrmann criar a série "The Get Down", da Netflix, que se propõe a contar a história de como surgiram o rap, o break, os DJ's e o grafite -- os quatro elementos que compõem a cultura hip hop -- no final dos anos 70.

Com direito a gritos "hey" e "yo" ao longo do caminho, a excursão parece mais uma festa e tem como trilha sonora raps clássicos, como "The Message", do Grandmaster Flash, e outros mais atuais, como "Empire State of Mind", de Jay-Z com Alicia Keys.

Dentro do micro-ônibus, quem conduz o grupo são figuras icônicas da história do hip hop, como Grandmaster Caz, Kurtis Blow e Reggie Reg – que foi o guia do passeio quando esta reportagem foi feita, e improvisava rimas no percurso para contar sobre os lugares visitados.

A interação com o público é constante. Já na primeira parada, os turistas conhecem o b-boy Spydey, dançarino que integrou o grupo Dynamic Rockers, um dos pioneiros do break dance, e fez uma ponta em "The Get Down". Além de dar uma amostra dos passos mais elaborados, ele também ensina alguns movimentos básicos aos participantes. No final, até os mais tímidos se arriscam na pista improvisada em uma quadra de basquete.

 

Débora Costa e Silva/UOL
 

Graffiti Wall of Fame, no bairro do Harlem
 
O passeio tem início no Harlem, no norte da ilha de Manhattan, conhecido como um dos principais redutos da cultura afro-americana. Uma das atrações é o famoso Apollo Theater, onde já se apresentaram Michael Jackson, Ella Fitzgerald e Ray Charles, entre outras lendas de jazz, blues, soul, rap e R&B.

Os turistas passam ainda pelo Graffiti Wall of Fame e pelo mural em homenagem ao rapper Big L, assassinado em 1999. Lugares que fizeram história, mas que já não existem mais, também são apontados ao longo do tour, como a loja de discos Bobby Happy's House, que gravou muitos artistas de rap, e o edifício onde funcionava o Hotel Theresa, conhecido por hospedar personalidades negras na época da segregação racial.

No Bronx, o grupo tem a chance de ver grafites na avenida Grand Concourse; o Walk of Fame, com placas em homenagem a ilustres moradores - como Grandmaster Flash, Rock Steady Crew e Afrika Bambaataa; e o famoso edifício no número 1520 da Avenida Sedgwick, onde aconteceu a lendária festa promovida pelo DJ Kool Herc em 1973, considerada o marco do nascimento do hip hop. 



Débora Costa e Silva/UOL
 

Os grafites desse muro foram feitos pelo projeto brasileiro CUFA Global Week
 
Locais importantes para o esporte também fazem parte do roteiro, como o estádio de beisebol Yankee Stadium (Bronx), citado em inúmeras letras de rap, e o Rucker Park (Harlem), quadra de basquete de rua onde já jogaram astros da NBA e também alguns rappers, como Puff Daddy e Jay-Z.

Ao longo de todo o passeio os guias contam histórias de bastidores, curiosidades, mostram videoclipes e dão até dicas de filmes que mostram os locais visitados. A própria série "The Get Down" já virou uma referência forte entre os turistas e os guias. "O programa é muito fiel ao que aconteceu aqui no Bronx, me bateu uma nostalgia daquele tempo assistindo aos episódios", conta Reggie. "Foi um privilégio participar das gravações sobre uma história que participei. A série é bem autêntica e extremamente bem feita", afirma o b-boy Spydey.

No final, os guias promovem uma batalha de rimas entre eles e convocam os turistas que quiserem se arriscar no improviso. Apesar de deixar os participantes mais tempo dentro no ônibus do que na rua, o tour do hip hop é válido para quem quer mergulhar na história dessa cultura que nasceu em Nova York e segue se espalhando pelo mundo.
Mais informações: www.hushtours.com

http://viagem.uol.com.br/guia/estados-unidos/nova-york/roteiros/tour-pelo-harlem-e-bronx-em-ny-mostra-cenarios-de-onde-nasceu-o-hip-hop/index.htm

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Curaçao, um simpático e colorido paraíso.
 
Vista de Punda a partir de Otrobanda, em Curaçao Heloísa Dall'Antonia/UOL
 
Há uma lenda que explica a razão de Curaçao ser uma ilha tão colorida. Consta que um governador, há muitos anos, sentia dores de cabeça terríveis por todas as construções serem pintadas de branco e refletirem muito a luz do sol. Ele teria então sugerido algo a seus conterrâneos: colocar outras cores nas fachadas de suas residências e comércios; ele mesmo passaria a usar o amarelo em todas as construções que tivessem a ver com o governo. 
 
E assim nasceu o colorido dessa simpática e pequena ilha do Caribe.
E quem se importa se a história é mesmo real? Todo o colorido de Punda e Otrobanda combina perfeitamente com os muitos tons de azul que você vai aprender a reconhecer no mar que banha Curaçao, nos de branco presentes na areia de cada uma das praias de cartão-postal, ou nos verdes do corpo das iguanas, o animal símbolo da ilha.
Acostume-se, aliás, a encontrar bichinhos pela ilha. 

Sejam grandes como os golfinhos e focas do Seaquarium, os lagartos que vivem livres perto das cavernas Hato, ou os muitos peixes que vão cercar você assim que entrar nas águas da lindíssima praia de Porto Mari. Tudo em Curaçao parece querer dar um 'oi' para o visitante assim que o avista. A ilha, porém, tem mais do que belezas naturais. 

Descoberta apenas um ano antes do Brasil, Curaçao também teve um histórico de escravidão, que rendeu ao destino uma série de atrações voltadas ao tema, como o museu Kura Hulanda, ou as Cavernas Hato. Isso sem contar os muitos fortes que protegeram o país em outros tempos e que hoje compõem alguns dos pontos turísticos mais interessantes para o visitante.

A arte dos curaçolenhos também instiga a curiosidade, seja nas pinturas das 'deusas' azuis de Nena Sanchez, nas imagens artesanais do que seria a mulher tradicional do país, na arquitetura com várias influências, além da holandesa (país do qual foi colônia e para o qual responde até hoje, mesmo com o sistema parlamentarista instaurado), e até nas variações de iguanas, encontradas em todas as lojas, na forma dos mais diferentes objetos. Mas o país todo tem seu charme - a capital, Willemstad, por exemplo, é desde 1997 considerada pela Unesco Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

http://viagem.uol.com.br/guia/curacao/curacao/

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Roma, onde passado e presente nunca deixam de surpreender.
 
Thinkstock
O Coliseu, em Roma, é um dos monumentos mais visitados da Itália Thinkstock
 
Capital italiana desde 1870 e centro mundial do cristianismo, Roma é uma das principais metas do turismo internacional por abrigar em seu território o estado Vaticano, edifícios históricos e também um inigualável patrimônio arqueológico e artístico.

Na verdade, não existe uma única Roma, mas uma cidade com diversas facetas: imperial, republicana, barroca, medieval, renascentista e papal.

A cidade eterna coleciona monumentos imperdíveis e mundialmente famosos, como a Fontana di Trevi e o Coliseu.

A melhor época para visitar a cidade eterna é a primavera, principalmente nos meses de abril e maio, quando os dias ensolarados são mais longos e as temperaturas muito agradáveis. Apesar de suas maiores atrações concentrarem-se em uma área restrita, um ano inteiro não seria suficiente para desvendar todo o encanto de Roma. De qualquer maneira, se quiser conhecer pelo menos seus principais pontos turísticos, permaneça na cidade pelo menos cinco dias.

Os principais monumentos da capital italiana ficam no centro histórico e, quase sempre, é muito fácil conhecê-los a pé. Faça isso sem pressa, apreciando as suas magníficas praças e aproveitando a atmosfera de suas cafeterias.

Se o seu objetivo for conhecer o maior número de atrações em pouco tempo, o ideal é planejar um roteiro personalizado, que respeite os seus interesses.
 
http://viagem.uol.com.br/guia/italia/roma/index.htm

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

De Almodóvar a Buñuel, passeio por Madri é um mergulho na cultura espanhola.
 
Sergio Perez/Reuters
Bandeira da Espanha flameja do alto do prédio da prefeitura de Madri Sergio Perez/Reuters
 
Madri é uma das maiores capitais da Europa, moderna e cheia de possibilidades para seus visitantes, mas sem abandonar a aura tradicional, cultural e histórica de mais de dez séculos de existência.
 
'Fui construída sobre a água, minhas muralhas de fogo são: esta é minha fachada e meu brasão', canta o lema da cidade em suas origens. E tal como a descreve, Madri é um lugar de paradoxos, onde o passado milenar encontra o futuro ainda por nascer, onde a gentileza de quem luta pelo cotidiano divide palco com o caráter duro de gente que já passou por guerras sangrentas, onde a cultura tradicional convive com novas tribos e se renova.
 
Madri foi a primeira cidade que conheci fora do Brasil. Foi caminhando pelas ruas da cidade que me apaixonei por ela. Tão kitsch quanto a mistura de gêneros artísticos que compõem a arquitetura local foi boquiabrir-me, sentando à mesa de um bar em plena Plaza Mayor, fincada ali desde o século 15, com pensamentos inimaginados, cálculos mentais de datas comparadas, coisas do provincianismo de quem saiu do interior de Goiás, cuja cidade mais antiga tem pouco mais de 300 anos. E como se estivera me relacionando com Madri no toque dos meus pés em seus ladrilhos, lembro-me até do desejo que fiz quando pulei as três vezes sobre o quilômetro zero na Puerta del Sol, centro efervescente da cidade, encontro das Calles Mayor, de Alcalá, de Arenal e de la Montera, repleto de cafés, restaurantes e comércios centenários.
 
Seja tapeando jamón serrano (presunto feito de forma artesanal) num dos bares da cidade, seja sentado no banco da Catedral de Almudena, entre as estátuas da Plaza de Oriente ou na porta do Teatro Español, numa apresentação de flamenco ou de zarzuela, sente-se a alma das pedras, a vida das paredes, a voz da história. Barroco, surrealista ou cubista, é natural respirar arte clássica, moderna, contemporânea. No Museo del Prado, uma das maiores coleções de arte renascentista da Europa, a beleza estética do humano me serviu para, já no Museo Reina Sofia, reconhecer a força poética do desumano de uma guerra civil no célebre 'Guernica', de Picasso.
 
E da mesma forma que Nova York está para Woody Allen e Roma está para Federico Fellini, viver o cotidiano de Madri é como estar numa sequência de uma das obras de Pedro Almodóvar. Basta ir ao bar Villa Rosa, por exemplo, na Plaza Santa Ana, para se imaginar no enredo do filme 'De Salto Alto', ou ao Museo del Jamón para ver-se em 'Carne Trémula'. Ou talvez, caso você queira viver seu próprio filme, independentemente de suas opções de vida, vá a Chueca sem receios.
 
O importante mesmo – e isso é Madri em suas raízes – é a sofisticação da simplicidade: praças, ruas, museus, igrejas, prédios, arquitetura, arte, comida, dança, festas, montanhas, peregrinação, religiosidade que compõem, diante dos olhos encantados do turista, o discreto, mas sensível, charme da nostalgia de um povo e, ainda mais bonito, em tempos de tão pouca delicadeza sentimental, também da nossa.
 
http://viagem.uol.com.br/guia/espanha/madri

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Voo atrasou? Perdeu o passaporte? Veja como lidar com perrengues de viagem.

Marcel Vincenti
Colaboração para o UOL 


Realizar uma viagem de avião significa ir a destinos distantes e, geralmente, conhecer novas paisagens. É o sonho das férias de muita gente.

Entretanto, é importantíssimo saber que o processo que envolve uma jornada aérea pode ser cansativo, burocrático e cheio de armadilhas. Ingressar em uma aeronave é conhecer a tecnologia suprema do mundo das viagens e, ao mesmo tempo, sentir-se um pouco como gado.

Trata-se de uma jornada que envolve inúmeros procedimentos de segurança, que, apesar de simples, podem complicar a vida do turista se não forem cumpridos.

Abaixo, veja dicas que, se seguidas à risca, têm grandes chances de impedir que você enfrente problemas em sua jornada.


Getty Images

Não vou poder viajar. Posso mandar alguém no meu lugar?

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as passagens aéreas, após compradas, são pessoais e intransferíveis. Não dá para seguir a frase da música "Faroeste Caboclo", do Legião Urbana, dita pelo boiadeiro ao João do Santo Cristo: "eu fico aqui e você vai no meu lugar...". Se, por algum imprevisto, não puder fazer a viagem após adquirir o bilhete, é preciso conversar com sua companhia aérea e ver as regras de cancelamento da jornada (leia mais sobre isso abaixo). Também é preciso tomar cuidado ao preencher seu nome na hora da compra da passagem. Erros de grafia podem impedir seu embarque no avião. 


Folhapress

Cheguei ao aeroporto e minha viagem está cancelada ou atrasada. E aí?
O passageiro pode exigir reembolso da companhia aérea caso seu voo atrase em mais de quatro horas ou seja cancelado. Nestes casos, a realização do reembolso pela empresa aérea deve ser imediata. Porém, se a passagem for financiada no cartão de crédito e tiver parcelas a vencer, o reembolso seguirá as regras da administradora do cartão de crédito. Caso o pedido do cancelamento ou alteração da viagem parta do passageiro, a Anac permite que a empresa aérea cobre multa na hora de fazer o reagendamento ou cancelamento da viagem (sempre leia as regras de aquisição de bilhete aéreo antes de comprá-lo, pois é lá que estão direitos no caso de cancelar ou alterar uma viagem aérea). 


Lucy Nicholson/Reuters

E se meu voo atrasou menos de quatro horas?
Quando o voo atrasa mais de uma hora, a empresa aérea deve fornecer meios para o passageiros se comunicar com o mundo exterior e avisar sobre o atraso. Se o atraso for de duas horas, o viajante tem direito a receber meios para se alimentar pela companhia aérea. Caso o atraso ultrapasse as quatro horas e você não queira cancelar e pegar o reembolso da passagem, a empresa aérea pode oferecer hospedagem e transporte ao local da acomodação na cidade em que você está (isso também se aplica a casos de "overbooking", quando não há assentos disponíveis no avião). Se o atraso ocorrer na cidade em que você é residente, a empresa só é obrigada a fornecer transporte até sua casa.


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Passei mal no avião. Quem pode me ajudar?
Os comissários de bordo são treinados para tentar aliviar, sem medicamentos, pessoas que passem mal a bordo. Mas eles não podem dar remédios ao passageiro. Aviões de companhias como Azul, Gol e LATAM têm kits de primeiros socorros com remédios. Se houver um médico a bordo, ele poderá ministrar a medicação que achar necessária (a LATAM, inclusive, tem um serviço chamado MedAire, que, desde o solo, pode ajudar o médico a bordo em seu atendimento). Se você é propenso a passar mal em aeronaves, não esqueça de levar, em sua bagagem de mão, seus medicamentos. Caso seja tarja preta, leve a receita junto e os medicamentos dentro de sua embalagem original (não arrisque: ao passar pela alfândega de seu destino, eles podem ser confundidos com drogas ilícitas). Se você estiver em um estágio avançado de gravidez, consulte seu médico antes da jornada.


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Briga no avião. O que acontece?
Comissários de bordo de diversas companhias aéreas passam por cursos de defesa pessoal para conter passageiros que tenham atitudes violentas durante um voo. Os profissionais da Azul Linhas Aéreas, por exemplo, recebem esse treinamento e dispõem, dentro do avião, de um dispositivo parecido com uma algema que pode atar as mãos de um viajante que esteja agredindo outra pessoa. A LATAM Airlines, por sua vez, informa que, nestes casos, "as autoridades policiais em solo são acionadas para retirada do passageiro indisciplinado quando o avião aterrissa".


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Exagerei e estou com excesso de bagagem. Tenho que pagar algo?
Sim. Em voos dentro do Brasil, cada passageiro tem, geralmente, o direito de despachar até 23 kg de bagagem sem arcar com custos adicionais. Em voos internacionais esses limites são mais variáveis, mas, via de regra, são de duas peças de bagagem de 32 kg para cada passageiro. Em voos domésticos, as companhias podem cobrar 0,5% do preço da passagem para cada quilo que exceda o limite (essa multa muda em voos internacionais. Consulte sua empresa aérea caso você saiba que estará com uns quilinhos a mais na mala). Caso você não tenha dinheiro para arcar com a multa, é possível pedir que um familiar ou amigo pague com seu cartão de crédito. É preciso confirmar antecipadamente com sua empresa aérea se esse pagamento por excesso pode ser com dinheiro vivo ou cartão. Algumas empresas, como a LATAM, também aceitam pagamento adiantado de excesso de bagagem, feito via internet, caos você saiba que estará com sobrepeso.


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Cheguei ao aeroporto e percebi que esqueci meu documento. Ferrou?
Sim. A Anac informa que "a apresentação de um documento válido é obrigatória para o embarque. Sem isso, ele ficará impedido de embarcar na aeronave". "Podem ser considerados "documentos válidos" para voos nacionais o passaporte, RG, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho ou outro documento de identificação com fotografia e fé pública em todo território nacional [como carteiras de categoria profissional com fotografia]". Para voos nacionais, aceita-se a cópia autenticada destes documentos (carteiras de estudante, porém, não são aceitas). Para ir a Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Equador, Colômbia e Venezuela é possível usar o RG original. Para outros países, é necessário passaporte brasileiro válido.


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Meus documentos foram roubados antes da viagem. Como proceder?
Em voos domésticos, é possível embarcar com boletim de ocorrência feito até 60 dias antes da realização da viagem. Se o voo for internacional, você terá que tirar outro passaporte. Caso não dê tempo de ter um passaporte emitido até a data da jornada, a pessoa pode tentar conseguir um passaporte de emergência com a Polícia Federal. Para saber como tirar um passaporte de maneira mais rápida em uma situação emergencial, acesse: www.pf.gov.br/servicos-pf/passaporte/passaporte-de-emergência. Se você der o azar de perder seu passaporte durante uma estadia no exterior, fale com o serviço consular mais próximo. Dados destes locais podem ser encontrados aqui: www.portalconsular.mre.gov.br/sites-dos-postos/por-ordem-alfabetica 


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Perderam minha bagagem. E aí?
Caso sua bagagem não apareça na esteira após você desembarcar, procure a companhia aérea imediatamente para relatar o fato. Para isso, sempre guarde o comprovante do despacho de bagagem (ele será fundamental para que a empresa tente localizar sua mala). No Brasil, a bagagem pode permanecer na condição de extraviada por 30 dias para voos nacionais e 21 dias para voos internacionais. Caso não localizem os objetos nestes prazos, as companhias devem indenizar os passageiros. Lembre-se: no Brasil, é a companhia aérea a responsável pelas suas malas desde o momento em que ela é despachada no check-in até o momento em que ela chega (ou não) à esteira de desembarque. 


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E como sou ressarcido se perderem minha mala?
Segundo a Anac, "se houver a declaração de bens antes do embarque, a companhia deverá pagar o valor acordado. Caso nada seja declarado, a lei determina que a indenização por dano ou perda de bagagem limita-se a 150 Obrigações do Tesouro Nacional (OTN). Atualizado pela inflação, este limite daria algo em torno de R$ 2.500. Cada OTN está valendo aproximadamente R$ 16,60, pela atualização do IPCA de novembro de 2014 [última disponível]. O mesmo código diz ainda que pode ser usado outro artigo (nº 262), que estabelece a responsabilidade do transportador ao valor correspondente a três OTNs por quilo. Cada quilo de bagagem extraviada vale R$ 50,00 (3 OTNs)".


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Esqueci algum objeto de valor na aeronave. Como recuperar?
A maioria das companhias aéreas tem departamentos que cuidam de "achados e perdidos". Segundo o porta-voz da Gol, por exemplo, "a empresa direciona os objetos esquecidos a bordo para o aeroporto, que conta com um espaço específico para receber e guardar esse tipo de bagagem, denominado 'lost luggage'. Ainda assim, recomenda que o cliente entre em contato imediatamente com a companhia no próprio aeroporto ou por meio da central de atendimento (0800 704 0465) para comunicar a perda". Orientação parecida é dada pela LATAM: "caso esqueça algo na aeronave, o passageiro deve entrar em contato com a companhia no aeroporto de destino ou pelo número 0800 123 200. Para passageiros que se encontram no exterior, o telefone é 55 11 3272 6706. A empresa aceita chamadas a cobrar". Outras empresas têm procedimentos parecidos. Consulte o site de cada uma delas. 


Marianna Massey/AFP

Como buscar meus direitos

Quase ninguém faz isso, mas é fundamental ler o contrato de direitos e deveres do passageiro que se encontra disponível antes da compra de qualquer passagem aérea. É lá, por exemplo, que você saberá como são as regras de alteração de um bilhete aéreo. "Caso tenha algum problema com a viagem, sinta-se prejudicado ou tenha seus direitos descumpridos, o primeiro passo é procurar a empresa aérea e buscar a solução de seu problema", diz a Anac. "Se o problema persistir, registre uma manifestação na Anac, que pode aplicar sanções às empresas aéreas". Entretanto, a agência não repara prejuízos causados aos passageiros. Tais indenizações devem ser buscadas no Poder Judiciário ou no Procon. Uma das maneiras mais fáceis de entrar em contato com a Anac é pelo telefone 163 ou pelo site www.anac.gov.br/faleanac. 


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Na dúvida, melhor evitar
Os perrengues citados acima podem acontecer em qualquer viagem aérea. Mas parte deles é facilmente evitável com planejamento. Vai viajar ao exterior? Pesquise, com antecedência, se o país que você quer visitar exige visto ou algum tipo de vacina para brasileiros (uma boa fonte para ter essas informações atualizadas é este site do Itamaraty www.portalconsular.mre.gov.br/antes-de-viajar-1/obtencao-de-vistos-para-outros-paises). Depois disso, verifique se seu passaporte está em ordem (muitos países do mundo proíbem a entrada de brasileiros cujo passaporte tenha menos de seis meses de validade). Está se aproximando o tão sonhado dia da viagem? Faça tudo com antecedência: arrume as malas no dia anterior, autorize o uso de seu cartão de crédito no exterior, troque dinheiro em uma casa de câmbio perto de sua casa (no aeroporto, as taxas são abusivas), verifique se todos os seus documentos estão na sua bolsa e saia de casa com o máximo de antecedência possível. Brasileiros sabem bem: o trânsito nas grandes cidades podem acabar com o compromisso de qualquer um (inclusive o de pegar um avião). E, na viagem, cuide de seu passaporte como um filho. Ele é seu melhor amigo na estrada.



http://viagem.uol.com.br/listas/voo-atrasou-perdeu-o-passaporte-veja-como-lidar-com-perrengues-aereos.htm

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Parque da Universal terá "pico maior do que o Niágara". - Parques temáticos



Dale Mason, da Universal Creative

Um parque aquático diferente de tudo. Algo jamais visto no mundo. Essa é a expectativa que o público pode ter com o Volcano Bay, da Universal, previsto para ser inaugurado em junho do ano que vem em Orlando. Pelo menos foi o que o vice-presidente da Universal Creative, Dale Mason, deu a entender em entrevista ao Portal PANROTAS.

“Viajei o mundo com minha equipe para conhecer todos os principais parques temáticos fora dos Estados Unidos e asseguro que o Volcano Bay tem um projeto diferente, nunca visto ou realizado por ninguém”, afirmou à reportagem no Hotel Cabana Bay, ao lado de onde está sendo construída a grande estrela da Universal para o verão de 2017 no hemisfério norte.

Serão 18 escorregadores divididos em quatro “vilas”. O histórico vulcão Krakatoa, da Indonésia, que já registrou algumas das maiores erupções do mundo, é a maior inspiração no parque, e foi descrito por Mason como o coração e alma do local. “Não será apenas um vulcão, é um vulcão místico. Terá água durante o dia e fogo à noite. Uma coisa dual. Terá 61 metros de altura. Gosto de afirmar que teremos o maior pico da Flórida. Por exemplo, a queda d’água que corre em frente tem quase 52 metros de altura, e podemos considerá-la mais alta do que às cataratas do Niágara”, apontou Mason, que já tem 26 anos de Universal e conta, em seu currículo, com projetos como Harry Potter e Islands of Adventure.

“A ideia do Volcano surgiu há alguns anos, mas colocamos na gaveta, e pensamos que algum dia sairia do papel”, completou o vice-presidente. Esse dia chegou há dois anos e meio, e agora resta menos de um ano para o Volcano Bay ser inaugurado com seus 13 hectares. Segundo Mason, o novo parque incluirá todos os elementos que as pessoas mais amam em um parque aquático. Como exemplos, ele mencionou que a água será aquecida no inverno, que não será preciso subir nos escorregadores carregando boias e que haverá armários próximos às piscinas.

Segundo Mason, o Volcano Bay agradará desde os mais ávidos por adrenalina quanto os visitantes mais chegados em um descanso, com áreas propícias para relaxar. “A invasão dos brasileiros é mais do que esperada, como sempre, em nossos parques. Eles são muito bem-vindos”, concluiu.

O Wet and Wild de Orlando, do mesmo grupo, será desativado no final do ano.


Divulgação Universal

 
Projeção gráfica do Volcano Bay


Divulgação Universal

 
Projeção gráfica do Volcano Bay


Divulgação Universal

 
Projeção gráfica do Volcano Bay


Divulgação Universal

 
Projeção gráfica do Volcano Bay

http://www.panrotas.com.br/noticia-turismo/parques-tematicos/2016/09/parque-da-universal-tera-pico-maior-do-que-o-niagara_129403.html?newsletter

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Vai viajar com seus pais? Saiba como ser feliz não só nas fotos da viagem.
 
Do UOL, em São Paulo 
 
Getty Image

Ficar satisfeito, e deixar a mãe e o pai felizes, também é muito importante

Bem diferente do que pensamos quando somos adolescentes, saiba que pode ser muito divertido passear com os próprios pais na fase adulta, quando todos já têm maturidade, conhecem os gostos comuns e podem bancar, do próprio bolso, uma viagem confortável. No entanto, ao unir diferentes faixas etárias em um mesmo programa, é preciso estar disposto a fazer concessões.

Tirar o pé do acelerador na hora de fechar a programação, por exemplo, pode ser uma boa estratégia, evitando que o ritmo intenso dos mais novos não desgaste os mais velhos. Confira, a seguir, outros pontos que devem ser considerados ao planejar esses dias de férias em família.

 
1 - Todos satisfeitos?
Ao iniciar o planejamento de qualquer viagem, é preciso definir objetivos. A ideia é aproveitar tudo o que o destino tem a oferecer ou apenas relaxar e descansar? Uma viagem para um resort, por exemplo, vai cair como uma luva para quem quer desacelerar, porque a maior preocupação será escolher a espreguiçadeira mais bem localizada na área da piscina ou na praia. Já se o intuito é explorar ao máximo os lugares, melhor considerar que todos terão de bater perna juntos, saindo do hotel cedo para voltar só à noite. Seja como for, quanto mais os detalhes da programação estiverem acertados, melhor.

 
2 - Hostel não é para todo mundo
Longe de ser uma regra, mas muitas pessoas acima dos 50 anos preferem uma acomodação confortável a uma hospedagem "baixo custo". "A minha experiência mostra que os viajantes mais velhos valorizam hotéis com café da manhã, justamente para irem para os passeios já tranquilos e satisfeitos", diz a consultora de viagem Nayara Furlan, da Le Due Turismo. Dependendo das condições físicas de cada um, também é preciso pesquisar hotéis sem escadas ou que tenham elevadores. Da mesma forma, é comum que pais não gostem de arriscar e prefiram hospedar-se nos lugares indicados por amigos. Essas dicas de gente conhecida, para eles, irão valer bem mais do que dezenas de comentários do TripAdvisor. Em suma: esteja preparado para ceder.

 
3 - Pegue leve
Ao viajar com os pais, é bem provável que você não consiga levar o passeio no mesmo ritmo que levaria com os amigos ou o namorado. Por isso, se optar por um destino que precisa ser explorado a pé, priorize. "A dica é reduzir as atividades diárias, fazer os passeios com mais calma. Se, sozinho, você tende a programar três atividades em um mesmo dia, diminua para uma ou duas, dependendo do perfil da companhia", diz Jota Marincek, diretor da Venturas Viagens, que comercializa pacotes exclusivos para passageiros com mais de 60 anos. Também vale a pena intercalar dias intensos com outros mais leves, e até voltar para o hotel depois do almoço para eles tirarem uma sonequinha reparadora antes de novas aventuras

 
4 - Esqueça as "besteirinhas"
Sabe aquela história de comer qualquer besteira durante o dia para economizar e jantar melhor? Talvez tenha que ser repensada. Uma boa pedida é organizar os passeios e já pesquisar restaurantes próximos, que poderão agradar a todos. "Considere até inverter a ordem dos passeios para que, na hora do almoço e do jantar, vocês já estejam perto dos restaurantes escolhidos", sugere Nayara.

 
5 - "Bata perna" no momento certo
Se estivesse sozinho, você provavelmente sairia do metrô e caminharia por dez quadras até chegar ao museu. Depois, andaria por horas vendo obras e ainda voltaria a pé para o hotel. No entanto, nessa viagem com os pais, o mais sensato pode ser reduzir os deslocamentos, especialmente se a atração a ser visitada exigir bastante fôlego. Assim, se já sabe que vai andar bastante no parque, melhor pegar um táxi e parar na porta. Guarde disposição para gastar com o que realmente importa.

 
6 - Preveja possíveis incômodos
Sendo seus pais, você certamente sabe o que os perturba. Eles ficam irritados quando não conseguem se comunicar na língua local? Cuide para estar sempre perto e ajudá-los na tradução. Acham o fim do mundo ser mal-atendidos em qualquer serviço e são capazes de perder o bom humor durante um dia inteiro por causa disso? Faça um esforço para pesquisar opiniões a respeito dos locais que visitarão e fuja daqueles que inspiram dúvidas. Durante todo o passeio, fique atento para prevenir problemas.

 
7 - Passeios para todos os estilos
Os "passeios-chave" do destino costumam agradar a pessoas de diferentes faixas etárias. Visitar a Torre Eiffel ou o Museu do Louvre, em Paris, é quase que obrigatório. No entanto, também vale considerar que, dentro das atrações, pode ser uma boa opção vocês se separarem para desfrutarem melhor o local, de acordo com os interesses individuais. E não há nenhum problema nisso. Se você quer andar de bicicleta no Central Park e eles preferem visitar o zoológico do local, por exemplo, basta combinarem um horário e um ponto para o encontro para mais tarde. Praias também são bastante democráticas: eles podem sair para caminhar, enquanto você toma sol na espreguiçadeira e degusta bons drinques. 
 
http://viagem.uol.com.br/listas/vai-viajar-com-seus-pais-listamos-algumas-dicas-para-garantir-bons-momento.htm

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Cidade próxima, Buenos Aires é atração para brasileiros.
 
Sitio oficial de turismo. Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires
Foto aérea da Casa Rosada Sitio oficial de turismo. Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires
A proximidade geográfica é apenas um dos fatores que fazem de Buenos Aires um dos destinos preferidos dos brasileiros. Some a esse atrativo o tango, a riqueza da gastronomia, os cafés aconchegantes e a beleza da arquitetura de ar europeu.

As calçadas planas e a facilidade de circular pelos principais bairros, próximos uns aos outros, ajudam os turistas que chegam para passar poucos dias ou até mesmo um final de semana. Mas não se engane: Buenos Aires merece mais do que dois dias para ser explorada. O ideal é ter pelo menos dois finais de semana na capital para visitar ótimas feiras livres que acontecem aos sábados e domingos como a da Plaza Dorrego, em San Telmo, e a da Plaza Francia, na Recoleta.

Também há inúmeros pontos turísticos para incluir na programação, como o colorido Caminito, uma verdadeira passarela de lembrancinhas do estilo “estive em Buenos Aires e lembrei-me de você”. À noite você pode caminhar por Puerto Madero, onde há bons restaurantes e uma bela vista das luzes refletidas nas águas do Rio da Prata. E não se esqueça do centro. Lá há a famosa Casa Rosada, a disputada Calle Florida (onde fica o belíssimo shopping Galerías Pacífico) e o icônico Obelisco. Para respirar cultura, há museus como o Malba (Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires) e o Museo Evita, dedicado à primeira-dama e líder política Evita Péron.

Em meio aos passeios, prepare-se para uma cidade de personalidade. O inverno muito frio e o verão muito quente são manifestações de um local que parece não conhecer o meio termo. A intensidade dos torcedores apaixonados, a entrega dos dançarinos nos palcos e ruas e as baladas lotadas que começam bem tarde mostram a intensidade dos porteños, rivais nos campos, mas ótimos anfitriões.
 
http://viagem.uol.com.br/guia/argentina/buenos-aires/