terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Dá para curtir o frio da Europa sem passar perrengue; veja opções.

Do UOL 17/02/2017

Nesta época do ano, enquanto diversas regiões do Brasil fritam sob temperaturas de mais de 30ºC, boa parte da Europa enfrenta um frio rigoroso.

Para atravessar o inverno no Velho Continente, o turista precisa estar vestido apropriadamente (veja como escolher as melhores roupas aqui) e saber quais são as melhores atrações indoor de hora de fugir das ruas congeladas e se aquecer fazendo um programa divertido.

Abaixo, o UOL indica alguns dos melhores atrativos que oferecerão abrigo, calor e muito cultura para o viajante que planeja fazer uma jornada pelo território europeu durante o inverno no Hemisfério Norte.

Palácio em Viena
O palácio de Schönbrunn oferece uma excelente perspectiva da suntuosidade do período imperial austríaco, principalmente em seu interior, que mescla afrescos em seus tetos, lustres magníficos, ornamentos luxuosos e salas temáticas extraordinariamente decoradas, como o salão circular chinês. O visitante pode optar por ver apenas 40 dos 1.400 aposentos, mas trata-se de um passeio que consumirá algumas horas do dia do turista com muito entretenimento e história (e, se for inverno, o fará se esquecer do forte frio que se abate sobre o território austríaco nos primeiros meses do ano). 


France Presse


Parlamento e torre de TV em Berlim
O Reichstag é um palácio construído em Berlim no final do século 19. Sede do Parlamento alemão, o edifício tem uma cúpula de vidro (na foto) que pode ser visitada por turistas e que proporciona uma das mais interessantes vistas da cidade (e é um tour extremamente interessante para dias frios). Mas se você realmente quiser ter visões panorâmicas completas da capital alemã, vá até a Torre de TV (Berliner Fernsehturm): inaugurada em 1969, a obra foi uma tentativa de demonstração de superioridade da sociedade socialista da Alemanha Oriental perante à Alemanha Ocidental. Seu observatório oferece uma impressionante vista de 360 graus da cidade a mais de 200 metros de altura. 


Getty Images


Em Dublin, da igreja à cerveja
Dublin, na Irlanda, é uma cidade que fica sob forte friaca no inverno europeu. Para escapar das baixas temperaturas, a cidade oferece interessantes recintos para o turista. De dia, vá à linda Christ Church Cathedral: fundada no século 11, este templo é o coração espiritual de Dublin e abriga uma das mais antigas estruturas da cidade: a cripta medieval, a maior do tipo na Irlanda. Depois, faça um tour pela fábrica da Guinness, onde é feita a mais famosa cerveja irlandesa (e onde os turistas podem se aquecer tomando alguns copos deste encorpado líquido negro cercados por janelas panorâmicas que oferecem vistas fantásticas da capital irlandesa). Os inúmeros pubs da cidade também são uma ótima opção de boemia indoor. 


Divulgação


Tour tocante em Amsterdã
Em Amsterdã, para fugir do frio, o viajante pode fazer um tour que o colocará frente a frente com os horrores do nazismo, visitando a casa de Anne Frank. Durante a Segunda Guerra, a família de Anne se escondeu em um anexo de um edifício no centro de Amsterdã. A entrada do esconderijo era disfarçada com um armário e, de lá, a menina escreveu seu famoso diário. No dia 4 de agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e, após o fim da guerra, apenas seu pai, Otto Frank, sobreviveu. O diário foi publicado em todo mundo, e a casa se transformou em um museu contando a trajetória da família e conservando o lugar onde a menina escreveu o que viria a ser seu livro póstumo. Impossível não ficar tocado ao visitar o lugar. 


Luís Ferrari/Folhapress


Em Paris, museus a perder de vista
Donos de algumas das principais obras de arte do mundo, os museus de Paris são uma escolha perfeita para quem quiser fugir do forte frio que se abate sobre a capital francesa durante o inverno. O Louvre, o mais famoso deles, exibe pinturas como a Monalisa (de Leonardo da Vinci) e esculturas como a Vênus de Milo (atribuído a Alexandros de Antioquia). Já o Museu Rodin contém a maioria das obras-primas de Rodin, incluindo O Pensador e Os Portões do Inferno. O local funcionava como a oficina do escultor, que doou tudo em troca de que o local se transformasse em um museu dedicado à sua obra. E o Museu d'Orsay (na foto) é outra das estrelas culturais de Paris, com obras magníficas de gênios como Cézanne e Degas. 


Divulgação/BM


Museus em Londres
Assim como Paris, Londres é outra cidade que oferece muitos museus de primeira grandeza ao turista. E o melhor: grande parte deles tem entrada gratuita, o que os torna uma opção mais do que tentadora para dias de frio na capital inglesa. O British Museum, por exemplo (na foto), que foi fundado em 1753 e é visitado por cerca de seis milhões de pessoas anualmente, reúne uma enorme quantidade de obras gregas, relíquias egípcias, objetos romanos, entre outros. A belíssima e arrojada arquitetura do edifício que abriga o museu já vale a visita. A National Gallery, por sua vez, é outro centro cultural imperdível: seu acervo concentra, principalmente, obras de arte realizadas entre 1250 e 1900. Entre os artistas em exposição há Michelangelo, Botticelli, Rembrandt, Renoir, Van Gogh e Cézanne. 


Marcel Vincenti/UOL


Música em Milão
Milão está no norte da Itália é uma das cidades do país da bota que ficam mais frias durante o inverno. Por sorte, não faltam atrativos indoor no local com capacidade para encantar (e muito) o turista. O lendário Teatro alla Scala é um deles: projetado pelo arquiteto Giuseppe Piermarini no final do século 18, o grande símbolo de Milão foi palco de grandes apresentações de Giuseppe Verdi e até hoje abriga alguns dos mais importantes espetáculos musicais do mundo. Com planejamento, é possível ver algum show neste concorrido local. E situado dentro da casa de espetáculos, há um museu que conta a história do Teatro alla Scala por meio de instrumentos, partituras originais e bustos de compositores. Lá, há objetos pessoais de gênios da música, como um relógio que pertenceu a Puccini, os óculos de Rossini e uma batuta usada por Verdi. Uma visita aos elegantes camarotes do teatro está inclusa no passeio. 


Velvet/Creative Commons


Mosteiro e doces em Belém
Situado na freguesia de Belém, o Mosteiros dos Jerónimos é um dos passeios indoor mais interessantes para realizar em Lisboa durante o inverno. A obra teve início no reinado de D. Manuel 1º, o monarca que comandava Portugal quando o Brasil foi descoberto. Concluído no final do século 16, este templo religioso é talvez o mais belo edifício da região da capital portuguesa. Sua suntuosa igreja guarda os sarcófagos de Vasco da Gama e Luís de Camões, além de membros da antiga família real lusitana. E logo ali ao lado fica a Antiga Confeitaria de Belém: fundado em 1837, o local fabrica o verdadeiro e mundialmente famoso pastelzinho de Belém.

https://viagem.uol.com.br/listas/veja-passeios-indoor-para-fugir-da-friaca-durante-o-inverno-da-europa.htm

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

12 cidades para conhecer o passado da humanidade.

17/02/2017 - Destinos
Brunna Castro

Com a destruição de alguns sítios antigos ao longo do século 21 – como Palmira, na Síria, e as ruínas de Nimrud, devastados em ações do Estado Islâmico –, muito se questiona sobre como se dará a preservação de locais que datam de séculos e até milênios e carregam muito da história da humanidade.

Para quem busca reencontrar as origens da civilização em uma próxima viagem, a CNN elaborou uma lista com uma série de cidades antigas ainda preservadas que proporcionam uma volta ao passado. Confira a seguir 12 delas.

ANGKOR WAT, CAMBOJA

Pixabay

 

No século 12, o grupo étnico Khmer tomou compreensão a respeito do vasto universo e procurou recriá-lo em miniatura. O resultado foi Angkor Wat, uma cidade alastranda que foi projetada para impressionar, com fossos e torres meticulosamente organizados e paredes cobertas em relevos detalhados. Angkor Wat se estende por mais de 500 hectares no Parque Arqueológico de Angkor, uma grande área que cobre mais de 150 quilômetros quadrados.

ROMA, ITÁLIA

Pixabay

 

Mesmo sendo um destino ocupado por multidões e souvenires clichês, elementos como o Coliseu – um estádio de quase dois mil anos de idade, localizado no meio de uma cidade moderna, onde 50 mil espectadores reuniam para assistir a batalhas sangrentas – e outros monumentos conservados fazem de Roma um local único.

ISTAMBUL, TURQUIA

Pixabay

 

A construção feita por sucessivos impérios, de Bizâncio a Constantinopla até a Turquia moderna, deixou como legado para Istambul um horizonte instantaneamente reconhecível, que reúne elementos de todas as eras.

BAGAN, MYANMAR

Pixabay

 

Mais de dois mil templos budistas ocupam a planície ao longo do rio Irrawaddy, formando a paisagem de Bagan. As multidões no destino permanecem muito menores – e mais aventureiras – do que os grupos que enchem Angkor Wat ou Machu Picchu.

TIKAL, GUATEMALA

Pixabay

 

Escondida nas selvas da Guatemala, Tikal era uma cidadela maia que reflete mais de 1 mil anos de realizações culturais a partir de 600 a.C. A maior parte das antigas calçadas que ligam as três mil estruturas de Tikal foram limpas de vegetação, permitindo que os visitantes passeiem entre os edifícios, como era feito no passado.

CAIRO, EGITO

Pixabay

 

Para quem visita Cairo pela primeira vez, é um choque perceber como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge ficam próximas das ruas caóticas da cidade. Os túmulos de Gizé remontam a 4,5 mil anos e o Museu Egípcio de Antiguidades apresenta uma incrível coleção dos primeiros habitantes do Nilo.

QUIOTO, JAPÃO

Pixabay

 

A capital imperial do Japão por mais de 1 mil anos mantem preservada suas antigas tradições, como cerimônias do chá, enquanto caminha para o futuro. Em meio ao ritmo da vida moderna, é possível encontrar mais de 1 mil templos budistas e santuários.

PEQUIM, CHINA

Pixabay

 

Com seis patrimônios da humanidade classificados pela Unesco, o passado na China se estende por mais de três mil anos. Trata-se de um rico legado ainda preservado de arte, arquitetura e educação.

MACHU PICCHU, PERU

Pixabay

 

Nos Andes, a cidadela inca de Machu Picchu mantém uma aura de mistério e majestade, mesmo que receba milhares de turistas por dia. Quando os espanhóis conquistaram o Peru, a existência de Machu Picchu foi mantida em segredo. O complexo foi revelado ao mundo em 1911 e se tornou rapidamente o emblema da conquista inca.

ATENAS, GRÉCIA

Pixabay

 

Com cinco mil anos de história, a cidade moderna de Atenas encontrou uma forma de coexistir com seus icônicos monumentos históricos, como a Acrópole. Grande parte da vida social da cidade gira em torno dos monumentos, transformando as impressionantes ruínas da Grécia clássica em cenários casuais do cotidiano de Atenas.

PETRA, JORDÂNIA

Pixabay

 

A região entre o Mar Morto e o Mar Vermelho tem sido habitada desde os primeiros dias da humanidade. Por volta de 300 a.C., os governantes do Reino Nabatean reivindicaram a grandeza cultural da região esculpindo magníficos edifícios em falésias de arenito vermelho. Carros não são permitidos na cidade antiga. Quem não quiser andar precisa contratar um camelo, burro ou carruagem para se locomover pelo local.

STONEHENGE, INGLATERRA

Pixabay

 

Arqueólogos acreditam que o círculo de pedra pré-histórica pode ter sido construído há cinco mil anos. Existe um consenso de que a área era um cemitério, mas ninguém realmente entende como as pedras gigantes foram trazidas de tão longe como o País de Gales. 

http://www.panrotas.com.br/noticia-turismo/destinos/2017/02/12-cidades-para-conhecer-o-passado-da-humanidade_144384.html?hotsite

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Dá para curtir o frio da Europa sem passar perrengue; veja opções.

Do UOL

Nesta época do ano, enquanto diversas regiões do Brasil fritam sob temperaturas de mais de 30ºC, boa parte da Europa enfrenta um frio rigoroso.

Para atravessar o inverno no Velho Continente, o turista precisa estar vestido apropriadamente (veja como escolher as melhores roupas aqui) e saber quais são as melhores atrações indoor de hora de fugir das ruas congeladas e se aquecer fazendo um programa divertido.

Abaixo, o UOL indica alguns dos melhores atrativos que oferecerão abrigo, calor e muito cultura para o viajante que planeja fazer uma jornada pelo território europeu durante o inverno no Hemisfério Norte.

 

Palácio em Viena
O palácio de Schönbrunn oferece uma excelente perspectiva da suntuosidade do período imperial austríaco, principalmente em seu interior, que mescla afrescos em seus tetos, lustres magníficos, ornamentos luxuosos e salas temáticas extraordinariamente decoradas, como o salão circular chinês. O visitante pode optar por ver apenas 40 dos 1.400 aposentos, mas trata-se de um passeio que consumirá algumas horas do dia do turista com muito entretenimento e história (e, se for inverno, o fará se esquecer do forte frio que se abate sobre o território austríaco nos primeiros meses do ano). 


France Presse

 

Parlamento e torre de TV em Berlim
O Reichstag é um palácio construído em Berlim no final do século 19. Sede do Parlamento alemão, o edifício tem uma cúpula de vidro (na foto) que pode ser visitada por turistas e que proporciona uma das mais interessantes vistas da cidade (e é um tour extremamente interessante para dias frios). Mas se você realmente quiser ter visões panorâmicas completas da capital alemã, vá até a Torre de TV (Berliner Fernsehturm): inaugurada em 1969, a obra foi uma tentativa de demonstração de superioridade da sociedade socialista da Alemanha Oriental perante à Alemanha Ocidental. Seu observatório oferece uma impressionante vista de 360 graus da cidade a mais de 200 metros de altura. 


Getty Images

 

Em Dublin, da igreja à cerveja
Dublin, na Irlanda, é uma cidade que fica sob forte friaca no inverno europeu. Para escapar das baixas temperaturas, a cidade oferece interessantes recintos para o turista. De dia, vá à linda Christ Church Cathedral: fundada no século 11, este templo é o coração espiritual de Dublin e abriga uma das mais antigas estruturas da cidade: a cripta medieval, a maior do tipo na Irlanda. Depois, faça um tour pela fábrica da Guinness, onde é feita a mais famosa cerveja irlandesa (e onde os turistas podem se aquecer tomando alguns copos deste encorpado líquido negro cercados por janelas panorâmicas que oferecem vistas fantásticas da capital irlandesa). Os inúmeros pubs da cidade também são uma ótima opção de boemia indoor. 


Divulgação

 

Tour tocante em Amsterdã
Em Amsterdã, para fugir do frio, o viajante pode fazer um tour que o colocará frente a frente com os horrores do nazismo, visitando a casa de Anne Frank. Durante a Segunda Guerra, a família de Anne se escondeu em um anexo de um edifício no centro de Amsterdã. A entrada do esconderijo era disfarçada com um armário e, de lá, a menina escreveu seu famoso diário. No dia 4 de agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e, após o fim da guerra, apenas seu pai, Otto Frank, sobreviveu. O diário foi publicado em todo mundo, e a casa se transformou em um museu contando a trajetória da família e conservando o lugar onde a menina escreveu o que viria a ser seu livro póstumo. Impossível não ficar tocado ao visitar o lugar. 


Luís Ferrari/Folhapress

 

Em Paris, museus a perder de vista
Donos de algumas das principais obras de arte do mundo, os museus de Paris são uma escolha perfeita para quem quiser fugir do forte frio que se abate sobre a capital francesa durante o inverno. O Louvre, o mais famoso deles, exibe pinturas como a Monalisa (de Leonardo da Vinci) e esculturas como a Vênus de Milo (atribuído a Alexandros de Antioquia). Já o Museu Rodin contém a maioria das obras-primas de Rodin, incluindo O Pensador e Os Portões do Inferno. O local funcionava como a oficina do escultor, que doou tudo em troca de que o local se transformasse em um museu dedicado à sua obra. E o Museu d'Orsay (na foto) é outra das estrelas culturais de Paris, com obras magníficas de gênios como Cézanne e Degas. 


Divulgação/BM

 

Museus em Londres
Assim como Paris, Londres é outra cidade que oferece muitos museus de primeira grandeza ao turista. E o melhor: grande parte deles tem entrada gratuita, o que os torna uma opção mais do que tentadora para dias de frio na capital inglesa. O British Museum, por exemplo (na foto), que foi fundado em 1753 e é visitado por cerca de seis milhões de pessoas anualmente, reúne uma enorme quantidade de obras gregas, relíquias egípcias, objetos romanos, entre outros. A belíssima e arrojada arquitetura do edifício que abriga o museu já vale a visita. A National Gallery, por sua vez, é outro centro cultural imperdível: seu acervo concentra, principalmente, obras de arte realizadas entre 1250 e 1900. Entre os artistas em exposição há Michelangelo, Botticelli, Rembrandt, Renoir, Van Gogh e Cézanne. 


Marcel Vincenti/UOL

 

Música em Milão
Milão está no norte da Itália é uma das cidades do país da bota que ficam mais frias durante o inverno. Por sorte, não faltam atrativos indoor no local com capacidade para encantar (e muito) o turista. O lendário Teatro alla Scala é um deles: projetado pelo arquiteto Giuseppe Piermarini no final do século 18, o grande símbolo de Milão foi palco de grandes apresentações de Giuseppe Verdi e até hoje abriga alguns dos mais importantes espetáculos musicais do mundo. Com planejamento, é possível ver algum show neste concorrido local. E situado dentro da casa de espetáculos, há um museu que conta a história do Teatro alla Scala por meio de instrumentos, partituras originais e bustos de compositores. Lá, há objetos pessoais de gênios da música, como um relógio que pertenceu a Puccini, os óculos de Rossini e uma batuta usada por Verdi. Uma visita aos elegantes camarotes do teatro está inclusa no passeio. 


Velvet/Creative Commons

 

Mosteiro e doces em Belém
Situado na freguesia de Belém, o Mosteiros dos Jerónimos é um dos passeios indoor mais interessantes para realizar em Lisboa durante o inverno. A obra teve início no reinado de D. Manuel 1º, o monarca que comandava Portugal quando o Brasil foi descoberto. Concluído no final do século 16, este templo religioso é talvez o mais belo edifício da região da capital portuguesa. Sua suntuosa igreja guarda os sarcófagos de Vasco da Gama e Luís de Camões, além de membros da antiga família real lusitana. E logo ali ao lado fica a Antiga Confeitaria de Belém: fundado em 1837, o local fabrica o verdadeiro e mundialmente famoso pastelzinho de Belém. 


https://viagem.uol.com.br/listas/veja-passeios-indoor-para-fugir-da-friaca-durante-o-inverno-da-europa.htm

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Para descansar.
Com peixes coloridos e baleias, paraíso baiano tem hotéis a partir de R$ 50.


Felipe Floresti
Colaboração para o UOL, de Prado (BA)* 
















O mar oferece muitas atrações na cidade de Prado, localizada no extremo sul da Bahia. Além da beleza, quem viaja para lá tem a oportunidade de conhecer de perto as enormes baleias que, todos os anos, vêm da Antártida para procriar e amamentar seus filhotes nas águas quentes da região, especialmente entre os meses de julho e novembro.

Mesmo quando as gigantes não estão por ali, o oceano tem outra atração imperdível: na área do recife das Guaratibas, basta colocar um óculos de mergulho para observar uma infinidade de coloridos peixes, corais e tartarugas marinhas.

Prado está localizada entre duas zonas de interesse do estado da Bahia: a Costa do Descobrimento e a das Baleias. Graças ao número de atrações, a cidade concentra uma grande infraestrutura turística, disponibilizando hospedagens cujas diárias variam de R$ 50 a R$ 1.500.

No total, o município possui 84km de praias. Ao decidir se aventurar por lá, muito provavelmente você vai começar conhecendo a de Novo Prado, uma das mais movimentadas da região. Distante apenas 1km do centro da cidade, está repleta de pousadas, hotéis, restaurantes e barracas.

 

Felipe Floresti/UOL
 

Ateliê de arte à beira da praia de Novo Prado
 

Além dela, a dica é seguir em direção ao norte, cujas desafiadoras estradas de terra e areia são um convite à tranquilidade. Um dos destaques é a Praia da Paixão que, no passado, servia de refúgio para casais, mas hoje atrai aventureiros que saltam de parapente das falésias, além de turistas em busca de tranquilidade e estrutura, pois o lugar também conta com barracas e opções de hospedagem.

Seguindo em frente, vale a pena conhecer praias como a do Tororão, que chama a atenção por ter uma pequena queda d'água que deságua no mar durante a temporada mais chuvosa, e das Ostras, quase sempre deserta e cercada por mata nativa e córregos que cortam a areia.

Meca de estrangeiros
Oficialmente um distrito de Prado, Cumuruxatiba é uma comunidade de pescadores que funde as culturas negra e indígena em um agradável vilarejo de cerca de quatro mil habitantes. Se o lugar é praticamente desconhecido pelo turista brasileiro, já foi descoberto pelos viajantes estrangeiros, principalmente os que fazem o estilo mochileiro - que chegam em grande número.

Segundo historiadores, foi a 15km ao norte dali que Nicolau Coelho, capitão da esquadra de Pedro Álvares Cabral, desembarcou no dia 23 de abril de 1500 em busca de água doce e teve o primeiro contato com os índios Aimorés que habitavam a região.

Além do sentido histórico, vale a pena visitar o ponto em que o rio Cahy encontra o mar, cujo visual é paradisíaco. Avermelhadas falésias acompanham o caminho até o rio, e a água possui tons que variam de verde a azul. Tudo isso tendo os coqueirais, vegetação nativa e um pequeno lago como pano de fundo.

 

Felipe Floresti/UOL
 

Encontro entre o rio Cahy e o mar
 

O roteiro pelas praias termina na Ponta do Corumbau, considerada uma das mais bonitas da região. Localizada no extremo norte do município, ela fica no limite com o Parque Nacional do Monte Pascoal. Sempre repleta de pássaros, possui uma ponta de areia que é banhada por um mar de tom azul-turquesa, um dos pontos mais impressionantes da região.

A paisagem fica ainda mais bonita com seus coqueiros, rios, mangues e um recife de corais - descoberto durante a maré baixa. Atravessando o rio que dá nome à vila, o visitante pode conhecer ainda a aldeia de Barra Velha, considerada pelos próprios índios como o local de origem da etnia dos Pataxós. Para quem se animou com o passeio, vale ir até Caraíva, que fica a poucos quilômetros dali.

Vivendo a história
Outra opção é reservar um dia para subir ao topo do Monte Pascoal. Não é das mais exigentes aventuras, já que o seu cume está apenas 536m acima do nível do mar. Vale a pena por seu apelo histórico: este foi o primeiro ponto de terra avistado pelos portugueses de suas caravelas - e recebeu esse nome porque o fato ocorreu na semana da Páscoa de 1500.

 

Felipe Floresti/UOL
 

Vista do histórico Monte Pascoal
 

Com um percurso de 1.700m, entre subidas e descidas, o passeio dura aproximadamente três horas. Como a aldeia dos Pataxós faz fronteira com o Parque Nacional do Monte Pascoal, e existe a proibição de extrair algo do local ou plantar alimentos, cabe aos índios cuidar do parque.

Eles cobram a entrada, cuidam da segurança e da manutenção das trilhas, além de levar os turistas até o topo, dando detalhes de toda a vegetação e costumes do povo durante o trajeto. No dia que a reportagem do UOL visitou o local, foi acompanhada pelo índio Putuju, que estava devidamente trajado com cocar e saiote típicos dos Pataxós.

Logo na entrada, um monumento com o formato do mapa do Brasil traz o nome de todas as aldeias que existem ou já existiram no território brasileiro. Apesar de serem reconhecidos como heróis do “descobrimento”, o contato com a civilização europeia resultou em escravização e extermínio de boa parte das culturas e povos hoje lembrados no Monte Pascoal. Estima-se que cinco milhões de indígenas viviam no país na época da chegada dos portugueses. No Censo de 2010, o IBGE apontou que existiam menos de 900 mil índios no Brasil.

* O jornalista viajou a convite da Prado Turismo, Sebrae e Aphrope (Associação Pradense de Restaurantes, Hotéis, Operadoras Pousadas)

https://viagem.uol.com.br/guia/brasil/prado/roteiros/com-peixes-coloridos-e-baleias-paraiso-baiano-tem-hoteis-a-partir-de-r-50/index.htm

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Não perca a viagem: planeje-se para visitar cada lugar na melhor época.
 

Felipe Floresti
Do UOL, em São Paulo

 

A viagem de férias sempre envolve muita expectativa, mas a falta de um planejamento certo pode fazer que o tão esperado momento de lazer se transforme em frustração: praia com chuva, esqui sem neve, compras sem economia. Escolher a época certa para visitar alguns destinos turísticos pode ser fator decisivo entre férias de sonho ou um tremendo fracasso. Conheça os prós e contras de cada época em diversos locais do Brasil e do mundo.
 

Europa
Inverno nos países europeus quase sempre quer dizer dias curtos, céu cinza, muito frio, vento e, em alguns lugares, neve. Mas também pode significar preços baixos. Considerada baixa temporada, essa é a época em que é possível encontrar melhores ofertas em passagens aéreas e hospedagem, sem contar as filas consideravelmente menores em atrações como a Torre Eiffel ou a London Eye.
No verão a situação é oposta. Dias longos, chegando a anoitecer às 10h da noite nos países mais ao norte, clima agradável, parques lotados e um povo muito mais feliz. O continente está cheio de vida - e de turistas. Os preços sobem e é bom reservar uma boa dose de paciência para gastar em intermináveis filas e atrações lotadas. Uma boa opção é visitar o Velho Continente durante a primavera. É quando se encontra o “meio termo”. Fora das férias escolares, não há tanta gente circulando pela Europa. Os preços são mais convidativos, e é quando se encontram as melhores paisagens, com a vegetação esbanjando vida depois dos gelados meses de inverno, e as flores enfeitando as ruas das cidades. Assim como no outono, o clima costuma ser bastante instável, então é bom levar algumas mudas de roupas a mais para evitar ser pego desprevenido. 

Getty Images
 

Em Miami, os meses mais quentes do ano são os mais chuvosos, atrapalhando quem quer curtir as praias

EUA
Sendo o quarto país em extensão territorial do mundo, é difícil encontrar uma regra que abranja o gelado Alasca, o paradisíaco Havaí, o deserto da Califórnia e a cosmopolita Nova York. A melhor época para viajar varia aqui de acordo com o destino e o objetivo da viagem. Se quer se aventurar nos esquis, a temporada vai de novembro a março. No geral, porém, é melhor visitar os EUA entre a primavera e o verão, de maio a setembro, pois é possível encontrar temperaturas mais agradáveis em todo o país.
Em um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, Miami, a regra se inverte. Os meses mais quentes do ano são os mais chuvosos, atrapalhando quem quer curtir as praias da região. Os meses do inverno no hemisfério norte são considerados alta estação na cidade, pois atraem os americanos que estão fugindo das temperaturas mais frias. Como resultado, se encontram preços altos e muitos turistas. Mas como quem vai para Miami normalmente está mais preocupado em fazer compras, a melhor época é sempre no final das estações. É quando as lojas se preparam para novas coleções e precisam fazer uma limpa no estoque. É a época das grandes promoções.
 

Caribe
Entre julho e novembro é temporada de furacões no Caribe (com exceção a lugares como Curaçao, Aruba, Barbados e Los Roques). Mas onde alguns veem desastre, outros veem oportunidade. Enquanto muitos fogem de possíveis catástrofes, outros aproveitam essa época do ano justamente pelos preços consideravelmente mais baixos em hospedagem, passeios e passagem aérea. As chances de um furacão dar as caras na semana exata e na ilha que você está visitando existem, mas não são tão grandes assim. Caso dê o azar, a previsão costuma chegar pelo menos dois dias antes do furacão em si. Para o turista, o risco maior é ter de passar os dias de férias trancado dentro de um abrigo.
Para quem não quiser assumir o risco, após a Páscoa termina a temporada alta do Caribe (que coincide com a época mais seca). Em seguida começa a temporada mais úmida, mas nada que vai atrapalhar seu bronzeado. Nessa época os preços já começam a baixar.
 

Getty Images
 

Na Venezuela, a estação seca é entre dezembro e abril

América do Sul
Argentina e Chile recebem de julho a setembro um grande número de turistas que sobem a Cordilheira dos Andes em busca de neve e boas pistas para a prática de esqui. Para quem busca conhecer o restante desses dois países, assim como os vizinhos Paraguai e Uruguai, o verão, de dezembro a abril, é a melhor época. É quando o clima fica mais agradável e até na Patagônia é possível encontrar temperaturas amenas.
Mais ao norte a lógica se inverte. Bolívia, Peru e Equador tem no verão os meses mais chuvosos, deixando tudo mais difícil e sem graça. O céu permanece quase sempre coberto, e atrações como os cinco dias de trilha pelo caminho Inca até Machu Picchu se tornam consideravelmente mais desafiadores. Mas há exceções, como o Salar do Uyuni, que durante a época de chuva ganha uma camada de água bem fina, transformando tudo em um grande espelho. O visual é impressionante.
Na Colômbia, a melhor época é de dezembro a março e de junho a setembro, quando o clima está mais seco. Na Venezuela, a estação seca é entre dezembro e abril. Apesar de em geral ser a melhor época para visitar o país, o Salto Angel, a maior queda d’água do mundo com 979 metros de altura, tem menor volume de água. É quando chove que o lugar mostra todo o seu esplendor.

Ásia
Se há uma região do mundo em que se deve pesquisar bem o clima antes de ir, esse lugar é a Ásia. E por um motivo bem específico: as monções. São ventos sazonais diretamente ligados à estação de chuvas, e por ali isso quer dizer tufões, tempestades e alagamentos, que podem se estender de abril até novembro. Em alguns países elas são mais tranquilas, mas é recomendável que sejam evitadas, pela felicidade de sua viagem.
Apesar de estarem fora da área de monções, Japão, China e Coréia apresentam clima extremamente quente e úmido durante o verão. Considere então que o calor vai acompanhar seu roteiro, assim como chuvas que podem acabar com passeios ao ar livre.
No Japão, as cerejeiras florescem de fevereiro a abril, enchendo ruas e parques de cores e vida. O momento é ideal para conhecer o país das sakuras, que são também a flor símbolo do país.
 

Getty Images
 

A temporada de monções em países asiáticos, como a Tailândia, vai de abril a novembro

África
No imenso continente, tudo depende do objetivo da viagem do turista. Pra pegar praia na África do Sul, o melhor período é de março a novembro, quando se pode evitar o calor excessivo do verão. Para safáris no país, vale a mesma regra. Para visitar a rota verde e a Cidade do Cabo, o ideal é fugir dos meses de junho a agosto, pois contam com dias frios e chuvosos.
Nos demais países do sul, o inverno apresenta grande amplitude térmica, com noites frias e dias amenos, com sol e pouca chuva. No verão, o calor é intenso e há aumento das chuvas. Em Zanzibar, o período de março a maio, chuvoso, deve ser evitado, enquanto nas Ilhas Maurício e Seychelles de dezembro a março as chuvas acontecem principalmente de dezembro a março, acompanhadas de calor e ciclones tropicais. Para safáris no Quênia e na Tanzânia, a atenção deve ser no fluxo dos gnus e zebras, que muda todo ano, mas é fundamental para aproveitar ao máximo a incursão nas savanas africanas.
 

Brasil
Sul

A região apresenta estações bem definidas, com verões úmidos, sendo comum fortes chuvas no final da tarde. Durante o inverno, o Rio Grande do Sul segue bastante úmido, enquanto em Santa Catarina o tempo fica mais seco. Uma recomendação é visitar as praias de Santa Catarina durante o outono, quando a horda de turistas argentinos e paulistas já foi embora, o clima é ameno e chove pouco.
Na Cataratas do Iguaçu chove mais no verão e o tempo fica mais seco no inverno. Apesar de isso influenciar no volume das águas, o espetáculo da natureza é encantador durante todo o ano e, seja pela chuva ou pela água que espirra das Cataratas, você vai acabar molhado. Para aqueles que não são chegados em aglomerações, vale a pena evitar o período de férias escolares ou os feriados.

 

Sudeste
No calor do verão ir ao litoral é um programa praticamente irresistível. Como resultado, praias lotadas e preços pouco convidativos. Para quem quiser fugir, o ideal é aproveitar os dias de calor da primavera e outono. Durante o inverno, com temperaturas mais baixas e menos mosquitos, a dica é aproveitar o que resta de Mata Atlântica. Também é quando o mar apresenta as melhores ondas para a pratica de surfe. 


Cris Gutkoski/UOL
 

Os encantos dos Lençóis Maranhenses são maiores após a temporada de chuvas

Nordeste
O verão é a época do ano mais badalada no nordeste brasileiro, mas quem quiser pagar menos pode aproveitar a baixa temporada, que vai do fim do Carnaval ao início de novembro. Do litoral da Bahia ao Rio Grande do Norte, de abril a julho se concentra o período de chuva, mas de agosto a dezembro o céu azul é predominante.
No Maranhão, os Lençóis Maranhenses podem ser visitados durante todo o ano, mas seus encantos são maiores em épocas específicas. As lagoas entre as dunas são formados pela água da chuva, e ficam vazias durante os meses mais secos. O recomendado é visitar o lugar logo após o fim das chuvas, em junho, quando o tempo está seco, mas as lagoas estão cheias.

Norte
Na região do Amazonas brasileiro o inverno significa chuva, muita chuva. Entre dezembro e maio é comum enfrentar alagamentos. Em compensação, o clima é mais ameno, com uma brisa constante que alivia o calor típico da região. Já de junho a novembro, época seca, o principal desafio para os turistas é enfrentar o forte calor, que pode superar os 40°C. Para curtir os igarapés, cachoeiras e praias fluviais da região, a melhor época é no mês de agosto, quando o tempo está seco, mas os rios ainda estão cheios do período de chuvas.
No Pará, a bela Alter do Chão atrai turistas principalmente durante o verão, a partir de agosto, quando as águas começam a baixar e revelar as praias da região. Em novembro, as águas atingem o nível mais baixo, as castanheiras florescem, as tartarugas fazem a desova e os pássaros se reproduzem.
 

Getty Images
 

No Pantanal, a melhor época é de maio a setembro, período da vazante ou seca

Centro-Oeste
A melhor época para visitar a capital brasileira é entre maio e julho, pois não chove muito como no verão, mas o tempo não é seco como de agosto a setembro. Perto dali, na Chapada dos Veadeiros, a dica é ir no período de chuvas de dezembro a março, quando a vegetação está mais verde e os rios e cachoeiras mais caudalosos.
A mesma regra serve para Bonito, no Mato Grosso do Sul. Com a vegetação mais verde, os animais aparecem, pois tem vegetação de sobra e o nível dos rios está mais alto. Durante as secas, as frequentes queimadas afugentam a fauna para longe.
Na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, a melhor época para curtir a região é durante a temporada de seca, que vai de abril a setembro. De outubro a março, apesar das chuvas, o forte calor torna o aguaceiro mais agradável. A recomendação é evitar o inverno, quando a neblina toma conta do local, impossibilitando a contemplação das paisagens.
Já no Pantanal, a melhor época é de maio a setembro, período da vazante ou seca, quando as chuvas diminuem e as estradas são transitáveis. São os melhores meses para a observação de pássaros. Já de outubro a novembro, apesar de o calor poder chegar a até 46°C, o momento é é bom para observar os animais, já que as áreas alagadas estão reduzidas, e os animais têm que disputar um espaço nela. De janeiro a março, além do calor forte, chove muito e os insetos se proliferam, podendo deixar a experiência de viagem desagradável. O melhor período para pescar o pacu é de março a maio; o pintado, de agosto a outubro.

https://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/internacionais/nao-perca-a-viagem-planeje-se-para-visitar-cada-lugar-na-melhor-epoca/index.htm

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

De bar masoquista a mergulho com tubarões: veja 10 passeios radicais
 

Marcel Vincenti
Colaboração para o UOL 09/02/201704h15

Existem diversos destinos que colocam viajantes em situações extremas. Esses são lugares ideais para quem procura altas doses de adrenalina durante uma viagem de férias. Se este for o seu seu caso, veja a lista abaixo e conheça dez pontos radicais ao redor do planeta e que são acessíveis a turistas. 


Getty Images


1 - Passeio à beira de um vulcão em atividade
Além de suas praias paradisíacas e ondas perfeitas para o surfe, o Havaí abriga enormes vulcões em atividade. Na ilha conhecida como Big Island, está um dos mais interessantes deles. Trata-se do vulcão Kilauea, que se encontra em estado de erupção desde 1983 e apresenta uma paisagem fascinante (e um tanto assustadora) para os turistas: em muitas de suas erupções, a lava cai, em chamas, diretamente no mar. Algumas empresas turísticas havaianas organizam passeios de barco para que os viajantes possam admirar o fenômeno de um ângulo privilegiado. Os tours costumam durar duas horas e são realizados tanto durante o dia quanto à noite, quando o efeito da lava fica ainda mais dramático. Porém, nem sempre é possível ver a lava cair durante o passeio. 


Joe Pyrek/Creative Commons


2 - Nadar na Piscina do Diabo
A Devil's Pool (ou Piscina do Diabo, em tradução para o português) não tem esse nome assustador à toa: localizada na Zâmbia, África, no topo de onde despencam as cataratas de Vitória, o lugar é considerado como a piscina natural mais perigosa do planeta. Turistas conseguem se banhar quando o fluxo do rio Zambezi, que alimenta estas cataratas, está baixo (geralmente entre setembro e janeiro). O nível reduzido da água forma a piscina natural em uma área que fica bem ao lado de um penhasco, situado a mais de 100 metros de altura --permitindo que viajantes nadem por lá com relativa segurança e observem, quase que na beira do abismo, toda a paisagem. Este tour costuma ser feito com a presença de guias, que podem ser contratados na entrada do parque ecológico onde estão as quedas d'água. 


Divulgação/Masoch-Cafe


3 - Levar uns tapas em um bar sadomasoquista
Que tal ir a um elegante bar para tomar alguns drinques e, de quebra, levar violentas chicotadas das garçonetes? Esta é a proposta do Café-Masoch, uma das mais originais atrações noturnas da cidade de Lviv, na Ucrânia. O bar é uma homenagem a Leopold Ritter von Sacher-Masoch, que nasceu em Lviv e é autor de um livro chamado "A Vênus das Peles" (1870), que tem um personagem curioso: Severin, um homem que gostava de ser açoitado e humilhado por sua amada. A história inspiraria a criação do termo "masoquismo" e, no Café-Masoch, turistas podem se sentir como Severin: após alguns copos, muitos dos clientes pedem para que as garçonetes os chicoteiem nas costas e nas nádegas, em uma cena que leva os espectadores à loucura. Os golpes são realmente fortes, mas vale lembrar: o público-alvo do Café-Masoch não são os adeptos do masoquismo, mas sim pessoas que querem ter uma experiência diferente (e dolorida) em uma noite de bebedeira. 


amanderson2/Creative Commons


4 - Nadar com águas-vivas
Parte do arquipélago de Palau, no oceano Pacífico, a ilha de Eil Malk possui um lago onde é possível nadar entre centenas de águas-vivas. Este corpo d'água esteve ligado com o mar no passado, mas a conexão foi quase que totalmente interrompida com o passar do tempo e algumas águas-vivas ficaram presas no lago. Elas se reproduziram, adquiriram características próprias e, sem predadores naturais, dominaram o local, que tem seis hectares de superfície. E o melhor: esta espécie de água-viva raramente causa ferimentos a humanos. Mas é quase impossível não sentir frio na barriga ao ver pessoas nadando entre tantos destes seres. 


Marco Antonio/Creative Commons


5 - Pedalar pela Estrada da Morte
Você é daqueles que não abre de mão de fazer um passeio de bicicleta durante uma viagem de férias? Caso a resposta seja sim, saiba que, na Bolívia, existe um tour que une o prazer de andar em uma magrela com a emoção de estar em uma montanha-russa (mas sem a segurança que tais brinquedos costumam proporcionar). O percurso, que cruza 66 quilômetros e chega a durar quatro horas, é feito pela temida "Carretera de la Muerte" (Estrada da Morte), uma via que conecta os arredores de La Paz (no árido altiplano boliviano) à região dos Yungas, uma zona forrada de selvas e plantações de coca. Trata-se de uma rota sinuosa que desce mais de 3.000 metros, passando ao lado de precipícios como o visto na foto acima. O preço pago por qualquer erro do ciclista pode ser uma queda fatal. Há, inclusive, turistas que já morreram nesta aventura. Por outro lado, trata-se de um passeio que proporciona vistas magníficas para os viajantes, além de um tremendo orgulho ao conseguir completar o trajeto. Em La Paz, de onde são organizadas as excursões, é comum ver estrangeiros usando camisetas com a frase: "Eu sobrevivi à Estrada da Morte". 


Divulgação/South African Tourism


6 - Mergulhar com tubarões-brancos na África do Sul
O litoral da África do Sul é famoso por abrigar um dos seres mais temidos dos mares: o carcharodon carcharias, também conhecido como grande tubarão-branco. Se você não tiver pânico só de pensar neste "bichinho" de 300 dentes afiados e seis metros de comprimento, saiba que, no país de Nelson Mandela, é possível entrar em gaiolas que levam turistas para dentro do oceano e permitem que eles fiquem cara a cara com a fera. As empresas que organizam o passeio jogam carne de peixe no mar para atrair os tubarões (e a chance de vê-los é enorme). O entorno de Gansbaai, a 160 km da Cidade do Cabo, é um dos melhores lugares para entrar no oceano e chegar perto do predador. Entre as empresas que fazem o passeio estão a Great White Shark Tours (www.sharkcagediving.net), a White Shark Projects (www.whitesharkprojects.co.za) e a White Shark Adventures (www.whitesharkadventures.co.za). 


Divulgação/CN Tower


7 - Ficar preso a cabos de aço nas alturas do Canadá
Com mais de 550 metros de altura, a torre CN Tower é, talvez, o símbolo mais famoso da cidade de Toronto, no Canadá. Turistas podem pegar um elevador e subir até um espaço onde encontram janelas panorâmicas para a metrópole e um restaurante giratório. Os mais corajosos, porém, podem se aventurar na atividade conhecida como "EdgeWalk", na qual, presos a cabos de aço, podem caminhar pelas bordas de uma das estruturas externas da torre. Trata-se de uma experiência vertiginosa: é só imaginar que você estará a mais de 350 metros da calçada lá embaixo. Muitos dos visitantes, confiando cegamente nos cabos de aço, ainda soltam o corpo rumo ao abismo para fazer o que será, com certeza, uma das melhores fotos da viagem (como pode ser visto na imagem acima). 


MichiNerja/Creative Commons


8 - Caminhar por um desfiladeiro na Espanha
Localizado no sul da Espanha, o Caminito del Rey é uma das caminhadas mais assustadoras da Europa. O percurso, com cerca 3 km de extensão, consiste, principalmente, em passarelas acopladas aos paredões de um desfiladeiro, com alguns trechos ultrapassando os 100 metros de altura. Lá embaixo, ao final de uma visão vertiginosa, corre o rio Guadalhorce, montando um cenário aterrorizador, ideal para fazer fotos. O Caminito ficou fechado durante boa parte do século 21, após a morte de alguns turistas que tentaram cruzar suas precárias passarelas. O local reabriu em 2015, com uma estrutura mais segura, mas, mesmo assim, continua dando um enorme frio na barriga das pessoas que se propõem a atravessá-lo. A cidade de Ardales, a cerca de 510 km de Madri, é um dos melhores pontos de acesso ao Caminito. 


Marcel Vincenti/UOL


9 - Ir ao Museu do Hezbollah
O sul do Líbano abriga um dos museus mais inusitados e chocantes do mundo: o Marco Turístico da Resistência, que celebra as mortes e destruições que a organização xiita Hezbollah infligiu às forças armadas de Israel nas ocasiões em que estas invadiram o Líbano, entre os anos 1980 e 2000. Trata-se de um museu a céu aberto situado em uma área que foi palco de ferozes conflitos entre o Hezbollah e os israelenses, e onde, atualmente, os turistas podem ver tanques de Israel arruinados, fotos de soldados judeus chorando a perda de seus amigos e homenagens aos homens-bomba libaneses que causaram estas mortes. Muitas das trilhas que cortam o local estão fechadas, pois, perdido sob seu terreno, ainda existe material explosivo que nunca foi detonado. É um lugar tenso, mas que explica bem as brigas do Oriente Médio. O Memorial fica a cerca de três horas de Beirute. Antes de visitá-lo, veja como está a situação da segurança na região. 


Christophe Meneboeuf /Creative Commons


10 - Se sentir no inferno dentro de uma mina de extração 

Poucos lugares do mundo geram tão bem a sensação de estar no inferno como o interior da montanha Cerro Rico, na cidade boliviana de Potosi. Importantíssimo centro de extração de prata durante a colonização espanhola, o local ainda é palco de buscas por metais preciosos, hoje realizadas por miseráveis mineiros que raramente têm sucesso em suas empreitadas: quase toda a prata da montanha foi levada pelos espanhóis e, atualmente, o que resta lá dentro são apenas metais de baixo valor. Hoje, turistas podem entrar no Cerro Rico, onde seguramente terão uma das experiências mais intensas de suas vidas: os corredores das minas são claustrofóbicos, mal estruturados e recheados de pó de sílica, substância que causa doença pulmonar em muitos dos mineiros e contribui para que sua expectativa de vida seja menor do que 40 anos. Os visitantes devem levar dinamites e folhas de coca para os trabalhadores do Cerro Rico: os explosivos são vendidos por poucos reais nas ruas de Potosi e a coca lhes dá energia para cumprir suas longas jornadas de trabalho embaixo da terra. Para completar, os mineiros veneram, dentro da mina, estátuas do diabo conhecidas como "El Tío". Segundo a crença local, o "Tío" os protege contra acidentes dentro deste verdadeiro inferno.

https://viagem.uol.com.br/listas/de-bar-masoquista-a-mergulho-com-tubaroes-veja-10-passeios-radicais.htm

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Salvador Além do Carnaval: 5 Festas Populares para conhecer na sua próxima viagem à Bahia.

 
“Hotéis já estão quase lotados para a maior festa religiosa do País”.

Apesar de mundialmente conhecida pela fé do seu povo e pelas 365 igrejas de sua capital, a manchete acima não foi extraída de nenhum jornal da Bahia. Enquanto o Círio de Nazaré – uma das maiores festas católicas do mundo – costuma atrair quase 100 mil visitantes para Belém todos os anos, por aqui os números também impressionam, mas na prática não têm o mesmo apelo turístico da festa paraense. Temos festa pra quem é de Amém e pra quem é de Axé, pra quem é de Aleluia e pra quem é de Saravá, mas não são muitos os turistas que planejam uma viagem pra Bahia exclusivamente pensando no nosso calendário de festas religiosas. Por que será?

Penso que os motivos sejam bem simples: a concorrência com o protagonismo do Verão. Ora, estamos falando do Estado com o maior litoral brasileiro e um dos mais concorridos destinos turísticos da Alta Temporada, com milhares de pessoas desembarcando todos os dias em busca do combo sol e praia. Paralelamente a isso, começam os famosos Ensaios de Carnaval: sabe aquela energia toda dos artistas que comandam uma multidão de cima de um trio elétrico por quase 6 horas? Pois é, meu amigo, são muitas e muitas edições de treinamento – em cada show, o encontro com o público é o momento ideal para lançar aquela música nova, ensinar a coreografia e perceber o retorno da galera. Aí depois de tudo decorado, é a hora de se jogar na avenida, para o Carnaval propriamente dito. Para completar, ainda vem o Reveillon, com 5 dias de festa ininterrupta e projetos para que se torne a maior virada de ano do País. E para piorar, o aéreo para Salvador fica uma fortuna nessa época. Não tem fé que resista.

Ou melhor, tem sim. Como diz o ditado de quem tem fé vai a pé – ou parcelando a passagem em 10x sem juros –, os turistas sempre acabam chegando e sendo contagiados por essa magia inexplicável e todo o sincretismo que mistura santos e orixás na mesma festa. Mas por motivos óbvios, o lado turístico dos festejos acaba sendo ofuscado e fica difícil mensurar quantos realmente despertam o desejo de conhecer o destino especificamente por causa da sua religiosidade.

Tome como exemplo a Festa de Iemanjá, celebrada em 02 de fevereiro. No Brasil, não existe outra festa a esse orixá que se equipare em dimensão – ao menos meio milhão de pessoas deve ter passado pela praia do Rio Vermelho esse ano – e bastam alguns minutos na fila para depositar as oferendas, para notar os diferentes sotaques dos devotos. Sim, tem mar de sobra do Amapá ao Rio Grande do Sul, mas tem gente que faz questão de entregar os presentes AQUI (ainda que isso custe alguns reais a menos na conta bancária), e termina combinando a viagem com fins religiosos para bater perna na Cidade da Bahia. E se essa lógica é verdadeira, acredito que o caminho inverso também seja possível: com a estratégia certa e caprichando no conteúdo, dá pra criar pacote e até fechar negócio com aquele cliente indeciso em relação ao destino das férias.

Duvida? Repare só nos calendários abaixo (postados nas redes sociais da Prefeitura de Salvador):







E para facilitar sua vida, repare nesse esqueminha bem objetivo de 5 festas populares que merecem sua atenção e valem gastar o seu português na hora da venda. O segredo é analisar bem o perfil do seu cliente, pra você não chegar tagarelando sobre festas e a criatura não quiser ver Salvador nem pintada de ouro.

Pegue o papel e a caneta, e anote aí (ou salve a matéria nos seus Favoritos, pra consultar sempre que for preciso).


 
Festa de Santa Barbara realizada no Largo do Pelourinho, em Salvador, Bahia.
Foto: Elias Mascarenhas


1) Festa de Santa Bárbara/Iansã
QUANDO: 04 de Dezembro
QUEM É: Mártir do Século III/Orixá dos Raios e das Tempestades
ONDE: Pelourinho, com missa na Igreja do Rosário dos Pretos.
POR QUE IR: o Centro Histórico vira um tapete vermelho, com uma multidão de devotos que segue em procissão pelas ruas antigas do Pelô. Nos largos e praças, há programação musical durante o dia inteiro.


 
[Foto: Max Haack]

2) Festa da Conceição da Praia/Oxum
QUANDO: 08 de Dezembro
QUEM É: Padroeira da Bahia (não, não é o Senhor do Bonfim)/Orixá das águas doces
ONDE: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, praticamente ao lado do Elevador Lacerda, na Cidade Baixa. A procissão com a imagem da santa segue pelas ruas do bairro do Comércio.
POR QUE IR: a igreja dedicada à Nossa Senhora da Conceição da Praia é uma das mais bonitas de Salvador. Além disso, sendo a padroeira do Estado, é a única festa popular na qual realmente é feriado na Bahia.


 
A procissão marítima de Bom Jesus dos Navegantes, uma tradição centenária, deu as boas-vindas a 2017 em Salvador. Foto: Valter Pontes/ Agecom

3) Procissão de Bom Jesus dos Navegantes
QUANDO: 1º de Janeiro
QUEM É: como o nome já diz, é o padroeiro dos Navegantes
ONDE: Baía de Todos os Santos
POR QUE IR: a procissão marítima mais importante da Bahia é realizada há mais de 120 anos e marca o início do ano em Salvador.


 
[Foto: Antonio Queiroz]

4) Lavagem do Bonfim/Oxalá
QUANDO: 2ª quinta-feira de Janeiro
QUEM: no catolicismo, é uma representação de Jesus Cristo; para o candomblé, é Oxalá, considerado o maior dos orixás e responsável pela criação do mundo.
ONDE: a procissão segue por 8Km, da Igreja da Conceição da Praia à Colina Sagrada, onde ocorre a tradicional lavagem da escadaria da Basílica.
POR QUE IR: a lavagem é o momento que antecede a festa católica, no 2º domingo após o Dia de Reis. Desde o Século XVIII, quando era realizada por escravos, adeptos do candomblé despejam água de cheiro nos degraus e no adro da Igreja do Bonfim, numa das cerimônias mais emblemáticas da cultura do povo baiano.


  
[Foto: Reprodução/Site Afrobrasileirismo]

5) Festa de Iemanjá
QUANDO: 02 de Fevereiro
QUEM: Senhora das Águas Salgadas e considerada Mãe de quase todos os orixás
ONDE: Orla do Rio Vermelho, o epicentro da festa em Salvador
POR QUE IR: Como diria meu amigo Luciano Matos, do ótimo site el Cabong (excelente para pegar dicas da agenda cultural de Salvador), “acho que ninguém de fora tem a dimensão do que é o tamanho, o astral e como é incrível essa festa de Iemanjá em Salvador. É um misto de Reveillon, festival de música e Carnaval”. O bairro do Rio Vermelho, uma das regiões mais turísticas da cidade, é fechado exclusivamente para as celebrações para a Rainha do Mar, e a festa começa ainda na madrugada, se estendendo ao longo de todo o dia, com inúmeras opções de shows, cortejos e diversas atividades para quem gosta de combinar o sagrado e o profano. *Foto do topo: Cortejo até a Colina Sagrada, durante a Lavagem do Bonfim. Foto de Valter Pontes.


http://blog.panrotas.com.br/diretodabahia/index.php/2017/02/03/salvador-alem-do-carnaval-5-festas-populares-para-conhecer-na-sua-proxima-viagem-a-bahia/