quinta-feira, 30 de julho de 2015

Sem pagar mico: conheça algumas regras do transporte público pelo mundo.

Adriana Terra
Do UOL, em São Paulo 

Em Londres, o cartão do metrô deve ser autenticado na entrada e na saída da estação. Em Paris, vale guardar o bilhete durante toda a viagem: fiscais podem pedir para conferir a passagem e, se você a tiver jogado fora, paga multa. Já em Berlim, não há catracas, enquanto em Tóquio o cartão de transporte pode ser usado até mesmo para comprar produtos em lojas.

As regras e características do transporte público ao redor do mundo podem variar bastante e pegar o viajante desprevenido. Para evitar dor de cabeça, listamos abaixo algumas informações úteis para usar trem, ônibus ou metrô em capitais e destinos populares entre turistas brasileiros.
Divulgação/Visit Britain
Divulgação/Visit Britain
Validando o passe na entrada e na saída

Uma das principais diferenças dos metrôs de muitas cidades do exterior em relação ao brasileiro é a validação do bilhete tanto na entrada quando na saída da estação, para que ele compute o percurso e debite a tarifa relativa a ele (nesses locais, os preços variam de acordo com a distância percorrida). Em Barcelona, Londres (na foto) e San Francisco, por exemplo, é assim que funciona. Então, nesses casos, vale ficar atento e manter o passe por perto para não ter que revirar a bolsa na hora de sair da estação.

Eduardo Vessoni/UOL
Eduardo Vessoni/UOL
Não tem catraca, mas paga
Em capitais como Berlim (na foto), Praga e Budapeste não há catracas para acessar os trens, mas isso não significa que o transporte é gratuito. Na capital alemã é necessário comprar o bilhete e, antes de entrar no vagão, validá-lo em máquinas amarelas ou vermelhas dentro das estações. Quem esquecer de fazer isso pode ter de pagar 60 euros (cerca de R$ 207) se for pego por fiscais que circulam à paisana dentro dos vagões.

Getty Images
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Guarde o bilhete e evite dor de cabeça 

Em Paris também vale guardar o passe ou cartão de metrô durante o percurso, principalmente por conta da fiscalização dentro dos vagões que pode multá-lo em 45 euros (R$ 155, aproximadamente) caso você não tenha o tíquete em mãos. O bilhete também pode ser necessário para sair de algumas estações (como as do trem RER)

Divulgação
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Por qual porta eu entro? 

Em Amsterdã, para pegar os populares trams (bondes elétricos muito usados na parte central da cidade), é necessário ficar atento ao sentido das portas. Depois de identificar a porta de entrada do veículo, basta apertar um botão verde ao lado dela para liberar o acesso. Se apertar o botão da porta errada, nada vai acontecer. Na hora de descer, acione um dos botões vermelhos ao lado dos bancos e, quando o veículo para, aperte o botão verde ao lado da porta, para que ela se abra.

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Bilhetes recarregáveis 

Em Londres, o bilhete mais popular é o Oyster. Em Tóquio (na foto), o Pasmo. Em comum, ambos são pré-pagos, recarregáveis, econômicos (o preço das passagens é menor com seu uso) e têm seu valor de venda reembolsável ao fim da utilização. O Oyster custa 5 euros (cerca de R$ 17) e o Pasmo, 500 ienes (R$ 12, aproximadamente). Um dado curioso do Pasmo é que ele pode ser usado na compra de itens em lojas e máquinas credenciadas ao sistema, assim como em estacionamentos, como se fosse um cartão de débito. Ambos devem ser validados na entrada e na saída das estações.

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Atenção ao sentido da linha 

Enquanto em muitos metrôs de grandes cidades as tarifas mudam de acordo com zonas, em Nova York o preço do bilhete é o mesmo se você percorre uma ou dez estações. O bilhete popular lá é o MetroCard, que pode ser comprado de acordo com o número de viagens que você pretende fazer, ou então para sete ou 30 dias (com número de viagens ilimitado). Na cidade norte-americana, vale atentar antes de entrar na estação para o sentido da linha que quer pegar: há estações com entradas diferentes para cada sentido, e estando dentro delas você não consegue mudar de lado sem pagar outra tarifa.

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Carregando moedas 

Já na capital argentina, Buenos Aires, uma coisa diferente para o brasileiro é que o ônibus tem tarifa variada de acordo com o trecho percorrido, e para quem não tem o cartão Sube, semelhante ao paulistano Bilhete Único, vale não se esquecer de carregar moedas (a máquina não aceita cédulas) e indicar ao motorista onde irá descer, para que ele avise o valor que você deve depositar na máquina referente ao trecho.

http://viagem.uol.com.br/listas/sem-pagar-mico-conheca-algumas-regras-do-transporte-publico-pelo-mundo.htm

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Boa, bonita e mais barata do que outras capitais do Nordeste, Maceió pede uma visita.

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Vista da praia que fica na frente do Village Pratagy Resort, em Maceió, Alagoas
Bom, bonito e mais barato do que as outras famosas capitais do Nordeste. Assim é Maceió, destino generoso, que franqueia suas principais atrações sem abalos sísmicos nos gastos da viagem e ainda incentiva os visitantes a conhecer boa parte de Alagoas. Ninguém visita Maceió sem sair da cidade por um ou mais dias. 

A beleza da capital se revela no marzão verde fazendo a moldura de quilômetros de calçadão, nas praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, as mais freqüentadas. Nos meses de verão, com céu sem nuvens e pouco vento, a água fica tão transparente que parece ser iluminada por baixo. Completam o cartão-postal aqueles coqueiros de troncos inclinados em ângulos improváveis, de tão agudos. Esculturas gigantes que o vento foi entortando, e a natureza concordou em deixar assim, para as fotos.

Em Maceió, sorvetes custam centavos, caipirinhas têm preço de cerveja e as tapiocas dos quiosques, fartas, valem por um almoço rápido. Por alguns trocados, caldinhos de sururu e camarão aquecem o corpo antes do forró ou de longas caminhadas pela orla. Na hora de escolher as lembranças da viagem, os preços nas feiras de artesanato convidam a levar peças com a renda filé para mais pessoas da família.

Os chamados "superdescontos" nos passeios ao sul e ao norte de Maceió -praia do Francês, foz do rio São Francisco e galés de Maragogi, por exemplo- criaram a cultura do movimento constante entre os turistas. As agências locais chegam a oferecer três pacotes, de um dia cada, pelo custo de dois. Às vezes, a facilidade para partir de van e mergulhar numa praia a 80 km do hotel vira maratona. Existem até passeios de um dia para Recife e Olinda, a 260 km de distância, o que é um desperdício, considerando o tamanho e a importância histórica das duas cidades pernambucanas.

Quem resiste bravamente aos apelos e decide permanecer na capital tem boas opções para preencher manhãs, tardes e noites. A fim de conhecer as piscinas naturais da praia de Pajuçara, é bom checar o horário da maré baixa já no café da manhã. Ela surge com precisão cirúrgica nos jornais locais: será às 9h37min, ou às 12h09min, o que significa a hora ideal para estar chegando por lá, a 2 km da orla, no embalo da jangada.

Marés baixas de 0,1 m até 0,3 m são as mais convidativas. Os guias falam em 'maré zero dois' como se a medida fosse de compreensão universal... 'zero dois' ou 0,2 m no ponto mais baixo pode significar água pelos joelhos, a chance de sentar na areia em alto-mar, a exposição completa dos delicados bancos de corais, que abrigam os peixes e ainda filtram a água das impurezas. Piscina, em Alagoas, quer dizer água rasa, transparente, para nadar e mergulhar sem medo das ondas e da correnteza.

Seguindo o roteiro aquático, a gigantesca lagoa Mundaú merece uma tarde inteira, para percorrer as suas ilhas e manguezais de barco e ainda curtir o pôr-do-sol na companhia das rendeiras, artesãos e pescadores do Pontal da Barra.

Capitais como Recife e Salvador são mais bem servidas de museus modernos e igrejas barrocas do que a capital de Alagoas. Mas em anos recentes a novidade dos museus e monumentos à beira-mar, em pleno calçadão, conseguiu aproximar a história do Brasil dos banhistas de Maceió.

A partir do final da tarde, quando o horizonte até então azul ou verde ganha tons alaranjados, os calçadões da orla de Maceió revelam as suas vantagens em relação a praias urbanas de vários pontos do país. Eles são largos, com trechos de grama, pracinhas, ciclovias, pista para corrida, e abrigam barracas e restaurantes de gastronomia diversificada, não apenas as bebidas e lanches dos quiosques. É possível programar um jantar completo, com iluminação romântica e música ao vivo, na companhia permanente do mar.

Os moradores aconselham evitar o mês de agosto para viagens de lazer a Maceió. Venta demais, o que prejudica passeios de barco e de jangada. De maio a agosto, chuvas e ressacas podem turvar a água, que se revela mais cristalina no auge do verão, de dezembro a fevereiro.

Em Maceió vivem cerca de 890 mil habitantes, ou quase um terço da população do Estado. Alagoas tem um dos menores PIB per capita do país, o que se reflete nas altas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo. Os preços em conta não são uma gentileza da indústria do turismo, mas também um espelho do que a população pode pagar quando vai à praia.

Aproveite os serviços das vans e ônibus dos receptivos: eles oferecem deslocamentos seguros e rápidos, numa região com raras rodoviárias. Quem viaja com duas ou mais pessoas pode negociar passeios mais privativos com os taxistas, com horários flexíveis rumo a São Miguel dos Milagres, Japaratinga ou Maragogi, esta já perto de Pernambuco. Nas rodovias da Costa Dourada, o mar compete com os quilômetros de canaviais para ver qual dos dois é mais verde.

http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/maceio/index.htm

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Nepal reabre trilha de caminhadas três meses após terremotos.

Danos na rota e nas hospedarias do circuito de Annapurna foram limitados.
Annapurna e do Everest recebem mais de 140 mil alpinistas por ano.

Da Reuters
Foto de outubro de 2014 mostra a vista da trilha do Annapurna, no centro do Nepal (Foto: Malcolm Foster/AP)
Foto de outubro de 2014 mostra a vista da trilha do Annapurna, no centro do Nepal (Foto: Malcolm Foster/AP)
O Nepal reabriu a trilha de caminhadas mais popular do país nesta quinta-feira (23), depois que especialistas internacionais disseram ser seguro fazê-lo três meses após dois terremotos devastadores que levaram o governo a interditar a maioria das rotas do tipo.
A Miyamoto International, empresa de engenharia sediada no Estado norte-americano da Califórnia, afirmou em um relatório que os danos relacionados aos sismos na região de Annapurna “foram muito limitados”.
Menos de 1% da rota e 3% das hospedarias ao longo do circuito de Annapurna foram danificados, disse a empresa, acrescentando que o relatório para a região do Monte Everest será finalizado em breve.
O Nepal havia solicitado à Miyamoto International que avaliasse a segurança de suas trilhas de caminhada mais populares, incluindo as da área do Everest, após os dois tremores que mataram quase 9 mil pessoas e causaram avalanches em montanhas. Entre as vítimas estavam dezenas de alpinistas e guias.
As regiões de Annapurna e do Everest recebem mais de 140 mil alpinistas, ou 70 % de todos os alpinistas e praticantes de caminhada que visitam o Nepal todos os anos.

http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2015/07/nepal-reabre-trilha-de-caminhadas-tres-meses-apos-terremotos.html

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Seis razões para viajar mais devagar nas suas próximas férias.

Marina Oliveira e Suzel Tunes
Do UOL, em São Paulo
    Quem vai mais lento não tem a sensação de precisar tirar férias para descansar das férias
    Quem vai mais lento não tem a sensação de precisar tirar férias para descansar das férias
O estilo de viagem chamado de "slow travel" (viagem lenta, em português) propõe que você não tente dar a volta ao mundo em 30 dias, mas conheça a fundo aqueles locais que se propôs visitar, ainda que tenha de restringir as suas férias a um único país ou região. É verdade que dessa forma haverá menos carimbos no passaporte, mas a experiência de permanecer mais tempo em um local será infinitamente mais prazerosa.
Se você ainda não se convenceu disso, aqui vão seis vantagens de desacelerar o seu roteiro de viagem.

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Você gasta menos

O dinheiro gasto em uma viagem é proporcional ao tipo de experiência que você quer ter. No entanto, em ritmo lento você tem mais oportunidades de cortar custos. A começar pela hospedagem. Ao escolher passar mais tempo em um destino, você consegue alugar uma casa ou apartamento que pode ter um preço mais baixo de diária e oferecer a possibilidade de fazer as refeições por lá. "Se eu faço uma viagem com pressa, fico na mão de guias, limitado a lugares turísticos, onde os preços são altos. Quando estou devagar, consigo pesquisar opções com melhor custo-benefício", diz Meg Raimondo, gerente de vendas e marketing da operadora de turismo Maktour. Deslocamentos entre cidades e países também encarecem uma viagem. Quando há poucos, a economia aparece.

Riscar um destino da sua lista

Retornar a um local já visitado é delicioso, quando é por saudade. E não porque houve falta de tempo para conhecê-lo. Aquela desculpa "nas próximas férias eu volto" só funciona se a quantidade de destinos é pequena. Até porque, ninguém tem tantos dias livres por ano para reembarcar rumo a dezenas de lugares que não visitou direito. Já com tempo de sobra, durante a própria viagem você pode revisitar locais. "Imagine ir ao restaurante de que mais gostou duas ou três vezes para provar outros pratos, bater um papo com o chef e se sentir em casa? Em viagens mais corridas raramente sobra tempo para isso", diz a consultora de viagem da Le Due Turismo, Nayara Furlan.

Não abusar do próprio organismo

O turista adepto do "slow travel" não marca voos às seis horas da manhã para aproveitar o dia no destino, porque sabe que precisará madrugar no aeroporto e, provavelmente, ao desembarcar estará tão cansado que se arrastará o resto do dia. Em viagens de carro, quem tem pressa não permite pausas para descanso - o que, além de ser inseguro, é exaustivo. Quem dorme bem e se alimenta direito, sem pressa, tem mais condições físicas e psicológicas para absorver toda a experiência que uma viagem oferece.

Conseguir se inserir na vida local

Tão legal quanto visitar pontos turísticos é levar a vida como um morador daquele destino. Em Paris, você pode tirar um dia para fazer um piquenique em uma área verde. Em Barcelona, passear sem pressa pela orla de uma das praias. E, em Nova York, utilizar os barcos para deslocar-se entre bairros e até para uma cidade vizinha, como New Jersey. "A pessoa desenvolve o gosto pela observação, pela necessidade de parar e se envolver com o ambiente e com a cultura do local", diz o diretor executivo da agência Latitudes, Alexandre Cymbalista.
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Você se torna expert

Já parou para pensar como as pessoas que escrevem guias e blogs de viagem sabem tanto sobre aquele destino? É porque elas tiveram mais tempo que o turista comum para se aprofundar no local visitado. Mas, se decidir tomar café da manhã em uma cidade e jantar em outra, dificilmente conseguirá conhecer mais do que é mostrado em um city tour. "É uma oportunidade de não dizer 'eu fui', mas sim 'eu conheço'", diz Meg.
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Sobra espaço para surpresas

Com uma rotina apertada, não há tempo para descobertas, possíveis de acontecer apenas quando você anda despretensiosamente pelas ruas locais, observando o que acontece ao redor. "Quem tem horários contados não interrompe um momento para explorar um novo lugar e aumentar a experiência de viagem", diz Cymbalista. E as melhores lembranças de viagem tendem a ser de coisas que você encontra sozinho e não estão nos cartões-postais. 

http://viagem.uol.com.br/listas/seis-razoes-para-viajar-mais-devagar-nas-suas-proximas-ferias.htm

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Era cilada! Veja perrengues de viagem que todo turista pode enfrentar

Viajar é divertido, mas, para tudo dar certo, é necessário que o turista monte um cuidadoso planejamento antes de cair na estrada. 

Marina Oliveira e Amanda Sandoval.
Do UOL, em São Paulo

Aeroportos, aviões, hotéis, paisagens novas, pessoas desconhecidas: a aventura que vem embutida nesse processo está sempre propensa a dar errado e estragar o passeio dos sonhos de qualquer um.

Para evitar que suas férias (ou um simples feriado) se transformem em um pesadelo, o UOL Viagem conversou com especialistas que dão dicas sobre como se preparar da melhor maneira possível para uma viagem. Veja abaixo os possíveis perrengues e micos que podem ocorrer em uma jornada e saiba como fugir deles.

Chegar ao hotel e descobrir que não é tudo aquilo que o site mostra 
Não raramente, os hotéis divulgam no site oficial fotos da inauguração do estabelecimento, que pode ter acontecido há décadas. E quando você chega lá, se depara com um cômodo que clama por uma reforma (rejuntes encardidos, cheiro de mofo, carpete manchado...). Para fugir dessa cilada, é preciso buscar informações de turistas que estiveram no local recentemente. Blogs e sites de avaliação, como o TripAdvisor, também podem ajudar nessa pesquisa. Assim como um agente de viagens.

Deixar para ver o hotel no local e descobrir que não há vaga 
Nos meses de férias (como julho, dezembro e janeiro), nos feriados e festas comemorativas, o fluxo de pessoas é muito maior em lugares turísticos. Não se planejar para esses períodos e escolher na hora onde vai se hospedar é pedir para correr o risco de ficar na rua. Mas é possível contar com uma certa flexibilidade, sem passar por perrengue. "O ideal é fazer uma estimativa de chegada ao destino e reservar hotéis que não cobram taxa de cancelamento. Assim, você não perde dinheiro e também não tem de se preocupar com a falta de lugar para dormir", explica Marianna Buchalla Pacca, criadora do site Segredos de Viagem.

Descobrir que, na semana seguinte à compra, a passagem está com desconto 
Tarifas aéreas são flutuantes. Por isso, essa situação pode acontecer até com os turistas mais experientes. Inevitavelmente, você terá de escolher um lado: pode optar por ser prevenido e comprar as passagens com antecedência e taxas menores, sob o risco de perder promoções relâmpagos. A outra opção é comprar em cima da hora, para aproveitar promoções, mas também assumindo o risco de ter que pagar mais caro do que meses atrás. "Em geral, o primeiro semestre do ano é o melhor para as compras. No segundo, além dos feriados, há os meses de férias", diz a consultora de viagens Maristela Gomez, proprietária da Cinqtours. Ativar alertas de promoções em sites de venda é válido para buscar o melhor preço, assim como ser flexível com as datas. "Às vezes, apenas mudando um dia, os preços caem drasticamente", diz Marianna Buchalla Pacca, do site Segredos de Viagem.
Carregar todo o dinheiro na doleira 
Imagine: você está em frente ao garçom, que espera para receber o valor da conta. Daí, se vê obrigado a levantar a blusa e tirar o dinheiro de dentro da calça para pagá-lo. A bolsinha discreta para dinheiro é realmente uma ótima pedida para carregar grandes quantias em trajetos aéreos e em deslocamentos dentro da cidade. Mas, uma vez no destino, guarde o dinheiro no quarto, dentro da mala fechada com cadeado ou no cofre. "Antes de sair, tente prever quanto gastará e coloque a quantia no bolso da frente da roupa", diz o consultor de viagens Eduardo Gomes Junior, criador do site Agentes de Viagens.com. Um dinheiro reserva pode ser levado na doleira. Mas uma dica: quando precisar acessá-lo, prefira ir até um local reservado para resgatar as notas. "Outra sugestão é levar um cartão pré-pago e um pequeno valor em dinheiro no bolso mesmo, apenas para gastos miúdos", diz Junior.

Exagerar nas malas e não conseguir carregar sozinho a própria bagagem 
Ter dificuldades para pegar as malas na esteira de bagagem, não conseguir fazer trajetos de trem ou ter que pedir um carro extra só para a bagagem são alguns dos apertos que você pode passar se não trabalhar o desapego ao viajar. Os especialistas recomendam que você saia do país com uma mala média. "Se a intenção é comprar, organize sua viagem de modo que a cidade das compras fique para o final. No penúltimo e último dia da viagem, você pode adquirir as malas grandes e encher de presentes e lembranças", diz Eduardo Gomes Junior. Se já tiver uma mala grande e não quiser comprar outra, você também pode levar uma mala menor dentro dela e, na volta, despachar as duas. 

Ter a mala extraviada e passar os primeiros dias do passeio sem roupa 
Você pode etiquetar a bagagem, colocar fitas coloridas ou mandar plastificar. Nada disso vai acabar com a chance de sua mala ser perdida no meio do trajeto. O que funciona é prevenir-se para que o extravio não acabe com os seus primeiros dias de passeio. Para tanto, tenha sempre na mala de mão duas trocas de roupas, incluindo peças íntimas. Remédios e itens básicos de higiene (com até 100 ml) também podem estar nessa bagagem. "Se estiver viajando com mais pessoas, distribua algumas peças pelas outras malas. Assim, caso uma extravie, você ainda terá as demais", explica Maristela Gomez, proprietária da Cinqtours.

Usar o cartão pré-pago para registro no hotel 
Sem cartão de crédito, alguns turistas podem precisar usar o "travel money" para fazer check-in no hotel, que exige uma garantia de quitação, caso sejam feitos gastos lá dentro. O mesmo acontece quando você vai alugar um carro, que pode ser danificado durante o uso. No entanto, ao fazer isso, o cartão pré-pago fica bloqueado, ou seja, você só poderá usar aquele dinheiro quando fizer o check-out no hotel. Melhor, então, é se comunicar com o hotel antes da chegada e perguntar quais outras opções você tem. Alguns aceitam o pagamento em dinheiro, que será devolvido ao fim da estadia. 

Não falar ou entender nada na língua local 
Não é que você precise aprender a falar árabe apenas para viajar a Dubai. Ou japonês, se decidir visitar Tóquio. Mas ter, no mínimo, um conhecimento básico de inglês (língua falada na maioria dos países do mundo) é essencial. Já imaginou se precisar pedir ajuda urgente e não conseguir se comunicar com os locais? Sem contar que, falando a língua nativa, você será muito mais bem recebido no destino. "Quem já teve a experiência de conhecer um estrangeiro no Brasil, com certeza abriu um sorriso ao vê-lo arriscar algo em português. O mesmo acontece quando viajamos para outros países", diz Marianna Buchalla Pacca, criadora do site Segredos de Viagem. "Olá", "obrigado", "bom dia", "quanto custa isso?", "onde fica o banheiro?" e "como eu chego em tal lugar?" são expressões que valem a pena aprender.

Chegar um dia antes ou um dia depois no aeroporto para embarcar 
Esse mico é mais comum do que se imagina, especialmente se o horário do voo for durante a madrugada. Alguém que deve sair à 0h do dia 16, pode não perceber que deverá chegar ao aeroporto ainda no dia 15. "Para todos os efeitos, não existe 1h da tarde e sim 13h. É preciso se adaptar ao formato 24 horas do relógio", recomenda Eduardo Gomes Junior, do site Agentes de Viagens.com. Fusos horários também podem confundir. "A passagem está sempre em horário local. O horário da saída é sempre de onde o voo parte. O de chegada já considera o fuso do destino final", explica Maristela Gomez, proprietária da Cinqtours.

http://viagem.uol.com.br/listas/era-cilada-veja-perrengues-de-viagem-que-todo-turista-esta-sujeito-a-pagar.htm

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Belém, PA: o que fazer, o que visitar, o que comer na capital paraense.

Cidade fundada em 1616 oferece diversas opções de lazer para visitantes.
Veja roteiro com atrações históricas, gastronomia e passeios de barco.

Do G1 PA
Mercado de Ferro do Ver-o-Peso continuará com a cor azul tradicional. (Foto: Dirceu Maués/O Liberal)
Mercado de Ferro do Ver-o-Peso (Foto: Dirceu Maués/O Liberal)
Belém é uma das maiores cidades da Região Norte, com 1,5 milhão de habitantes. Fundada em 1616, a cidade surgiu pela importância estratégica com a construção do Forte do Presépio na margem da baía do Guajará, e cresceu graças à economia da borracha durante o período da Belle Époque, cuja influência pode ser percebida na arquitetura dos prédios do centro histórico.

Belém mistura a tradição bucólica que conquistou o poeta Mário de Andrade e modernidade frenética das luzes e ritmos das festas de aparelhagens. Para que visitante possa aproveitar as belezas desta cidade que está prestes a completar 400 anos, o G1 elaborou um roteiro de até cinco dias com as principais atrações da capital paraense. Confira:
Mercado do Ver-o-peso é uma das principais atrações de Belém (Foto: Oswaldo Forte / O Liberal)
Mercado do Ver-o-peso é uma das principais atrações de Belém (Foto: Oswaldo Forte / O Liberal)
Dia 1
O turista que visita Belém pela primeira vez não pode deixar de visitar os principais cartões postais da cidade – felizmente é possível fazer este roteiro a pé, permitindo que o visitante aprecie a paisagem da cidade durante sua caminhada.

Pela manhã a dica é visitar o mercado do Ver-o-peso. O mercado tem 388 anos de idade, e condensa cores e sabores da região – lá é possível experimentar frutas regionais, como o bacuri, o cupuaçu e o açaí, que é servido na tradição paraense: com farinha e peixe frito. O turista também pode entrar em contato com as superstições amazônicas no setor dos vendedores de ervas, homens e mulheres que receberam a tradição oral do preparo de banhos e infusões que, segundo a crença popular, podem atrair sorte, saúde, dinheiro e alegria no amor.

Saindo do Ver-o-peso, uma caminhada de cinco minutos pelo Boulevard Castilhos França leva o visitante até a Estação das Docas, um espaço construído nos anos 2000 para dar um novo significado ao antigo porto fluvial de Belém. Com lojas, bares e restaurantes, a estação permite que o turista aproveite a brisa do rio enquanto conhece a gastronomia e cultura do estado.

De noite, uma boa pedida é conhecer a cidade de forma diferente, olhando para Belém a partir do rio: os passeios fluviais saem de um porto na Estação das Docas em horários regulares, sempre às 17h30 e 20h.

Dica do G1: após o passeio de barco o visitante pode aproveitar o resto da noite nos bares da estação, provando cervejas artesanais e tira-gostos regionais, feitos com pato e caranguejo.
Estação das Docas Belém Pará (Foto: Fábio Costa/ Agência Pará)
Estação das Docas é uma das atrações de Belém
(Foto: Fábio Costa/ Agência Pará)
Dia 2
Uma das principais atrações de Belém é o Círio de Nazaré, um conjunto de romarias que acontecem em outubro cuja procissão principal, celebrada no segundo domingo do mês há 222 anos, reúne 2 milhões de pessoas. Seguir os passos da procissão permite que o visitante conheça uma parte importante da cultura de Belém, mesmo fora do período do Círio.
Interior da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (Foto: Ingrid Bico/G1)
Interior da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (Foto: Ingrid Bico/G1)
Pela manhã, o visitante deve ir até a Basílca de Nossa Senhora de Nazaré, que fica na avenida de mesmo nome, no centro da cidade. Foi neste local que, segundo a tradição católica, havia um igarapé onde o caboclo Plácido encontrou a imagem de Nossa Senhora que deu inicio à devoção mariana do estado.  A igreja é conectada à Praça Santuário, local que marca o encerramento da procissão do Círio, e está perto de várias opções de lojas e restaurantes no centro da cidade.

Complexo Feliz Lusitânia faz parte das 2,8 mil construções de Belém fazem parte da área protegida pelo governo federal. (Foto: Oswaldo Forte/Amazônia Jornal)
Complexo Feliz Lusitânia foi onde Belém começou
(Foto: Oswaldo Forte/Amazônia Jornal)
Na parte da tarde, o turista pode se deslocar para a Praça Frei Caetano Brandão, no bairro da Cidade velha, conhecer duas atrações da cidade: a primeira é a Catedral Metropolitana, que foi construída pelo arquiteto italiano Antônio José Landi em 1755 e serve como ponto de partida para o Círio de Nazaré. Do outro lado da praça está a igreja de Santo Alexandre, que abriga o Museu de Arte Sacra de Belém, que pode ser visitado de terça a sexta-feira de 10h a 18h, e aos sábados e domingos de 10h a 13h, mas permanece fechado nas segundas-feiras.

Após visitar o museu, o turista pode caminhar pelo Complexo Feliz Lusitânia, onde a cidade começou, e aproveitar a noite para conhecer o Forte do Presépio e a Casa das 11 Janelas, onde há um espaço para exposições de arte e uma bela vista para o rio.

Dica do G1: Além da tradição católica, Belém também é berço de religiões pentecostais. A Igreja-mãe da Assembléia de Deus foi fundada na cidade há 104 anos.


Da Ilha do Combu, é possível avistar quase toda a orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)
Da Ilha do Combu, é possível avistar quase toda a orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)
Dia 3
Além dos seus bairros mais conhecidos, Belém também é composta por 39 ilhas. Em seu terceiro dia de viagem, o turista deve aproveitar para conhecer esta parte insular da cidade. E o melhor lugar para começar esta jornada é a praça Princesa Izabel, no Condor. Embora deteriorada, a praça é ponto de saída para a Ilha do Combu, um local onde é possível experimentar culinária rústica e banhos de rio longe do movimento da cidade.


Acesso aos restaurantes é feito de barco, que aportam em pequenos trapiches (Foto: Ingrid Bico/G1)
Acesso aos restaurantes é feito de barco, que
aportam em pequenos trapiches
(Foto: Ingrid Bico/G1)
A travessia custa um valor simbólico, mas só é feita quando os barcos atingem uma determinada lotação, que varia de barqueiro para barqueiro. A mesma coisa acontece na volta – é preciso que haja um pequeno grupo de pessoas dispostas a retornar para fazer a travessia, por isso é recomendado reservar o dia inteiro para o passeio.

Dica do G1: Viajantes sempre devem verificar as condições de segurança de barcos que fazem a travessia para o Combu, e só embarcar em transportes que disponham de equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas, e com o eixo do motor coberto para evitar acidentes.


Pôr-do-Sol na praia do Marahú, ilha de Mosqueiro, Pará (Foto: Rebeca Sarges de Lemos/VC no G1)
Pôr-do-Sol na praia do Marahú, ilha de Mosqueiro, Pará (Foto: Rebeca Sarges de Lemos/VC no G1)

Dia 4
Continuando o passeio pelas ilhas de Belém, outro roteiro interessante é a ilha de Mosqueiro, distrito da cidade que ganhou apelido de “bucólico”. Para chegar até a ilha é preciso atravessar uma ponte que fica na rodovia PA-391. Chegando na ilha uma das atrações fica na Vila de Mosqueiro, onde diversas vendedoras comercializam cuscuz e tapioquinhas feitas na hora.

Tapioca Tapioquinha Mosqueiro Vila (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
Tapioquinha vendida na vila de Mosqueiro é famosa
(Foto: Reprodução/ TV Liberal)
Com o estômago forrado, o visitante pode se dedicar a conhecer as praias de Mosqueiro, como o Chapéu Virado e o Murubira – locais de muita agitação durante os períodos de veraneio no mês de julho, feriados prolongados e férias de final de ano. As praias da ilha chamam a atenção pois, apesar de Mosqueiro não ser banhada pela água do mar, tem um litoral que apresenta ondas formadas pela marola do rio.

Dica do G1: Ônibus urbanos saem da Praça do Trabalhador, perto do termina rodoviário, com destino a mosqueiro. Quando chegar nas praias, não esqueça o protetor solar! Mesmo em dias nublados o banhista pode sair com queimaduras de sol.


Visitantes do museu Emílio Goeldi podem conhecer detalhes da flora amazônica, como a Vitória Régia (Foto: Igor Mota / Amazônia Jornal)
Visitantes do museu Emílio Goeldi podem conhecer detalhes da flora amazônica, como a Vitória Régia (Foto: Igor Mota / Amazônia Jornal)
Dia 5
O último dia do visitante na cidade deve ser reservado para conhecer a riqueza de Belém, e o melhor lugar para começar esta caça ao tesouro é no Museu Paraense Emílio Goeldi. Criado em 1866, o museu é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia que estuda a cultura, natureza e sociedades da Amazônia. Além de ser um centro de referência de pesquisa e biodiversidade, o museu mantém um parque zoobotânico que ocupa um quarteirão entre as avenidas Magalhães Barata e Gentil Bittencourt.

O ingresso para o museu, que dá acesso ao parque e exposições permanentes, custa R$ 2, com meia entrada para crianças, estudantes com carteirinha e idosos. O local pode ser visitado de 9h a 17h.

Programação especial para a família acontece neste sábado (25), no Mangal das Garças (Foto: Marcelo Seabra/O Liberal)
Mangal tem atrações como viveiro de aves,
borboletário e orquidário
(Foto: Marcelo Seabra/O Liberal)
Dando continuidade ao passeio, o turista pode conhecer a riqueza mineral do Pará visitando o Museu de Gemas, que fica no complexo São José Liberto. Localizado na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas, o local foi inaugurado em outubro de 2002 em um prédio do século XVIII onde funcionava um presídio no centro da cidade. A ressignificação do espaço deu lugar ao museu e também ao polo joalheiro, onde são confeccionadas as coleções de biojóias dos artesãos paraenses. O museu pode ser visitado de terça a sábado, de 9h a 18h30, e nos domingos entre  10h e 18h.
Encerrando o tour, o visitante deve ir até a passagem Carneiro Rocha, no bairro da Cidade Velha. Lá fica o Mangal das Garças, um espaço público que serve de santuário para aves como flamingos, gaviões e garças. O local ainda tem restaurante, mirante, orquidário e um borboletário que também serve de vivieiro para beija-flores. O mangal fica aberto de terça a domingo, de 9h a 18h.

Dica do G1: O parque do Utinga, cujo acesso é pela Avenida João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga, é uma excelente pedida para quem gosta de fazer trilhas e pedalar. Porém o local está em obras, e só deve receber visitantes após o mês de outubro.


Vista aérea do Parque do Utinga, em Belém (Foto: Fernando Araújo/O Liberal)
Vista aérea do Parque do Utinga, em Belém (Foto: Fernando Araújo/O Liberal)

Vale experimentar
- Os pratos típicos do Pará, como o tacacá, a maniçoba, o filhote e o açaí tradicional servido com peixe, camarão ou carne seca.
- Sucos e sorvetes de frutas como cupuaçu, bacuri e muruci.
- O cachorro quente vendido nos carrinhos espalhados nas esquinas. Ao contrário da maior parte do país, o "dogão" de Belém não é feito com salsicha: no pão vai carne moída temperada, maionese de repolho e batata palha.
- A cachaça de jambu, que deixa a boca amortecida.
- As vitaminas batidas com guaraná da Amazônia.


http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2015/07/belem-pa-o-que-fazer-o-que-visitar-o-que-comer-na-capital-paraense.html

segunda-feira, 20 de julho de 2015

'Turismo de ruínas' leva visitantes a cemitério de navios em Nova York.

Atração por destroços tem apelo em diversos locais dos Estados Unidos.
Estaleiro tem carcaças de embarcações da Segunda Guerra Mundial.


Da Reuters

Turista se aproxima de embarcação deteriorada em estaleiro em Nova York, durante tour por ‘cemitério de navios’ (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Turista se aproxima de embarcação deteriorada em estaleiro em Nova York, durante tour por ‘cemitério de navios’ (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Caiaques coloridos brilhantes balançavam ao redor do casco apodrecido de um submarino da Segunda Guerra Mundial que foi oxidado até se tornar uma casca fantasmagórica, banhada por água tão salgada como lágrimas. Remadas por turistas, as embarcações se moviam lentamente para alcançar mais partes do “cemitério de navios” que fica na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, em um tour que atrai interessados em turismo de áreas decadentes.
O estaleiro é local de descanso de dezenas de barcos e navios militares após anos de trabalho. Antes de acesso limitado e com restrições para visitantes, alguns desses ferros-velhos marinhos foram reformulados como atrações turísticas.
Apelidada de “turismo de ruína”, essa atividade atrai pelas fotografias dramáticas que mostram barcos deteriorados aparecendo na maré baixa ou carcaças de automóveis engolidas por um musgo exuberante.
Embarcações decadentes são vistas em ‘cemitério de navios’ em Nova York; local tem atraído turistas. (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Embarcações decadentes são vistas em ‘cemitério de navios’ em Nova York; local tem atraído turistas. (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
“Esses locais são geralmente apreciados por sua autenticidade ou valor como ruína contemporânea”, diz Karl Kullmann, professor de arquitetura da paisagem, planejamento ambiental e urbanismo na Universidade da Califórnia em Berkeley.
O turismo de ruínas leva visitantes a pontos famosos já deteriorados, como o depósito de trems em Michigan e a antiga fábrica da Packard em Detroit.
Na cidade de White, na Georgia, um depósito com mais de 4 mil carros abandonados, envolvidos por árvores e trepadeiras, atrai multidões dispostas a pagar para visita-lo.
Em Hot Springs, no Arkansas, entusiastas do ciclismo são os principais visitantes de um aterro sanitário conhecido como “Tour do Lixo”.
“Esse tipo de turismo atrai pessoas interessadas nos detritos do capitalismo”, diz Rebecca Kinney, professora assistente do Departamento de Cultura Popular e Escola de Cultura e Estudos Críticos na Universidade Estadual de Bowling Green. As estruturas de Detroit são “lembranças de mais de décadas da ascensão e queda de uma indústria”, afirma.

Embarcações decadentes são vistas em ‘cemitério de navios’ em Nova York; local tem atraído turistas (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Embarcações decadentes são vistas em ‘cemitério de navios’ em Nova York; local tem atraído turistas (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Cemitério de lembranças
O tour pelo cemitério de navios em Arthur Kill, uma área que separa os estados de Nova Jersey e Nova York, está normalmente esgotado e é mais popular do que outros passeios considerados mais tradicionais, como tours bucólicos por rios e lagos.
“O que torna o que é lixo para uma pessoa em destino turístico para outra, parece ser a habilidade de despertar a imaginação”, diz o operador de turismo John Pagani, da Kayak East.
“O que as pessoas gostam no cemitério de navios é que eles são velhos e enferrujados, e você pode ver o desgaste. Você pode imaginar como eles eram quando não estavam naquele estado e pensa como o tempo domina as coisas”, diz. “Isso tem apelo com várias pessoas.”
Um dos navios pelo qual o tour passa é o submarino PC-1264, cuja função era perseguir barcos alemães para proteger comboios de mercadorias dos aliados durante a travessia do Atlântico na Segunda Guerra Mundial.
Destruídos por tempestades e pela passagem do tempo, alguns barcos que Pagani viu em passeios anteriores agora estão apodrecidos além da capacidade de reconhecimento.

Embarcações decadentes são vistas em ‘cemitério de navios’ em Nova York; local tem atraído turistas (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Embarcações decadentes são vistas em ‘cemitério de navios’ em Nova York; local tem atraído turistas (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)

http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2015/07/turismo-de-ruinas-leva-visitantes-cemiterio-de-navios-em-nova-york.html

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Pantanal, MT: o que visitar, o que fazer, quando ir.

Bioma reúne centenas de espécies de animais silvestres, aves e plantas.
Hospedagens nas pousadas incluem pensão completa e passeios.

Do G1 MT
Jacarés são algumas das atrações no turismo ecológico no Pantanal (Foto: Carolina Holland/G1)
Jacarés são algumas das atrações no turismo ecológico no Pantanal (Foto: Carolina Holland/G1)
O Pantanal em Mato Grosso é propício para o turismo ecológico. O bioma tem 150 mil quilômetros quadrados e se estende por alguns municípios do estado. Três deles, em Barão de Melgaço, Cáceres e Poconé, somam 63 opções de hotéis e pousadas, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
A alta temporada no Pantanal mato-grossense estende-se entre julho e outubro. Por estar no período da seca, a época facilita a observação da exuberante fauna e flora locais. Entre os animais, estão capivaras, jacarés, macacos, veados, aves e, com (muita) sorte, onça-pintada.
Os valores das hospedagens nesta época do ano ficam em torno de R$ 460 por pessoa, Além da estadia, normalmente estão incluídos a pensão completa - café da manhã, almoço e jantar - e pelo menos um passeio. Entre a baixa e a alta temporada, a diária individual varia entre R$ 210 e R$ 1.075.

Pantanal de MT é habitat de centenas de espécies de aves (Foto: Carolina Holland/G1)
Pantanal de MT é habitat de centenas de espécies de aves (Foto: Carolina Holland/G1)
O G1 preparou um roteiro de até 5 dias para visitar o Pantanal:

Dia 1
O bioma tem 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves e 132 espécies de mamíferos catalogadas. A rodovia Transpantaneira, por si, já guarda surpresas aos visitantes. Não é difícil encontrar diversos animais, como capivaras e jacarés ao longo da via.

Para observar melhor os animais, uma sugestão é fazer um passeio de barco, normalmente oferecido pelos hotéis e pousadas, que dura entre 1h30 e 2 horas. Os visitantes são acompanhados por guias nativos e navegam em pequenas embarcações pelas quais os visitantes percorrem rios ou baías da região. Normalmente são realizados às 8h e às 15h30. No passeio da tarde, é possível ver um belíssimo pôr do sol.
No Sesc Pantanal, em Poconé, uma outra de lazer no primeiro dia de visita é contemplar as espécies de borboletas em um espaço que simula o ambiente natural dos animais. Os insetos de diversas cores são criados em cativeiro e convivem em harmonia com as plantas e visitantes. O local é aberto para visitantes que não estão hospedados ali.

Jacaré come peixe entregue na vara por funcionário de pousada (Foto: Carolina Holland/ G1)
Jacaré come peixe entregue na vara por funcionário de pousada (Foto: Carolina Holland/ G1)
Dia 2
Os passeios a cavalo, também oferecidos por hotéis e pousadas, estão entre os preferidos pelos turistas que visitam o Pantanal. A cavalgada dura aproximadamente 2 horas, passando tanto por trilhas em matas fechadas quanto por regiões alagadas.
No mesmo dia, é possível fazer um safári fotográfico. Nesse passeio, que pode ser feito à noite, caminhonetes adaptadas levam os visitantes para ver animais, entre eles tuiuiús, jacarés e capivaras. A observação dura cerca de 2 horas.

Tuiuiú (sobre o tronco), ave-símbolo do Pantanal mato-grossense, e colheireiros  (Foto: Carolina Holland/G1)
Tuiuiú (sobre o tronco), ave-símbolo do Pantanal mato-grossense, e colheireiros (Foto: Carolina Holland/G1)
Dia 3
Os hotéis e pousadas da região oferecem uma atividade conhecida como trilha ecológica para observar a fauna e a flora. Esses passeios têm duração de mais ou menos 2 horas e costumam percorrer trechos próximos ao local de hospedagem. Também vale fazer a chamada "focagem noturna", um passeio que dura entre 2 horas e 2h30 durante a noite e é feito em barcos pequenos, que saem em busca de animais. É possível avistar jacarés, capivaras e até mesmo onças.

4º dia
A maior parte dos hotéis e pousadas da região oferece como atividade a pesca de piranha como parte das opções de lazer. Como é carnívora, a isca para fisgar a piranha precisa ser carne - pode ser bovina ou até mesmo pedaços de outros peixes. Há hotéis que fazem dessa pescaria a atração principal, oferecendo mais estrutura para a prática, com pacotes específicos.


5º dia
Se estiver hospedado em Poconé ou Barão de Melgaço, vale a penar dar uma esticada até a Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Visitar cachoeiras como o Véu de Noiva e ver os paredões de rocha compensa as horas de estrada. A cidade e o entorno oferecem diversos restaurantes, assim como lojas, pousadas e hotéis.


Pôr do sol no rio Claro, na Pantanal em Mato Grosso (Foto: Carolina Holland/G1)
Pôr do sol no rio Claro, na Pantanal em Mato Grosso (Foto: Carolina Holland/G1)
Dicas do G1
Leve protetor solar, óculos, chapéu e repelente. À noite a temperatura costuma cair, principalmente durante o inverno, portanto é recomendável que se levem agasalhos também. Os visitantes devem ainda usar sapato fechado e calça comprida.

Vale experimentar
A culinária pantaneira inclui, entre outras coisas, peixes e carnes. Dois dos pratos típicos servidos na região são a carne-seca com banana verde e a mujica de pintado.


http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2015/07/pantanal-mt-o-que-visitar-o-que-fazer-quando-ir.html

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Rio de Janeiro: o que visitar e o que fazer na Cidade Maravilhosa.

Roteiro de até 4 dias mistura atrações 'obrigatórias' a outras menos comuns.
Praias, samba, museus, igrejas; aproveite a cidade como um carioca.

Cristina Boeckel Do G1 Rio

O meio do ano pode ser uma boa época para conhecer o Rio de Janeiro. Longe das altas temperaturas e com a cidade um pouco mais vazia do que durante o verão, os turistas podem aproveitar a cidade como cariocas, mas sem deixar de fazer os programas que são tradicionalmente destinados aos visitantes.
O G1 preparou um roteiro, de até quatro dias de viagem, onde há programas mais tradicionais, como visitas a praias, até os mais agitados, como o Samba do Trabalhador, um reduto do samba de raiz na cidade. São programas para todos os gostos e bolsos. Confira:

Uma pessoa caminha no calçadão durante amanhecer na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Carlos Monteiro/Futura Press/Estadão conteúdo)
Uma pessoa caminha no calçadão durante amanhecer na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Carlos Monteiro/Futura Press/Estadão conteúdo)
Dia 1
Manhã - Caminhada pelo calçadão de Copacabana
Um dos primeiros programas para se ambientar com o clima do Rio de Janeiro é uma caminhada pelo calçadão da Praia de Copacabana, construído no começo do século passado. O desenho em forma de ondas é igual ao da Praça do Rocio, em Lisboa. Enquanto no Rio as ondas celebram o balanço do mar, em Portugal elas lembram o encontro do Rio Tejo com o Oceano Atlântico. Uma caminhada por todo o calçadão pode levar até 1h30.

No fim dos anos 60, o desenho do calçadão da Avenida Atlântica foi modernizado pelo paisagista Roberto Burle Marx. Antes, os desenhos ficavam perpendiculares ao mar, depois da reforma, passaram a ficar paralelos à praia. Tomar uma água de coco (R$ 5) em um dos quiosques pode ser um programa para os mais tranquilos. Para quem quer diversão mais agitada, a área perto do Forte de Copacabana tem vários locais onde é possível alugar pranchas de stand up paddle. O preço médio de cada aula avulsa custa entre R$ 50 e R$ 60, em média.
Várias linhas de ônibus, vindas de diversos pontos da cidade, passam pela Avenida Atlântida, que margeia a Praia de Copacabana ou as ruas perto do local. Outra opção pode ser o metrô, nas estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo.

Preço: grátis
Endereço: Avenida Atlântida - Copacabana


PÃO DE AÇÚCAR – O passeio até o alto do Pão de Açúcar oferece uma mudança gradativa do visual da cidade. A cada altitude que o visitante alcança com o bondinho, novas paisagens surgem para serem contempladas.  (Foto: Alexandre Macieira / RioTur)
O bondinho do Pâo de Açúcar é uma das atrações
mais conhecidas do Rio.
(Foto: Alexandre Macieira / RioTur)
Tarde - Bondinho do Pão de Açúcar
Uma das atrações mais conhecidas do Rio de Janeiro ao redor do mundo é o teleférico inaugurado em 1912. Localizado na Urca, na Zona Sul do Rio, leva ao Morro da Urca em seu primeiro trecho e ao Morro Pão de Açúcar no segundo. A viagem no teleférico leva três minutos em cada trecho. A paisagem lá de cima tem como cenário as praias do Leme, Copacabana, Ipanema, Flamengo, Leblon. Também é possível observar a Pedra da Gávea, o maciço da Tijuca, o Corcovado, a Baía de Guanabara e a Enseada de Botafogo, entre outros pontos da cidade. Cada parada conta com restaurantes e lojas de souvenirs.
O ingresso pode ser comprado no local ou pela internet. O preço cheio é R$ 62, mas idosos, portadores de necessidades especiais e pessoas com idade entre 6 e 21 anos ganham desconto. As regras dos descontos estão explicadas no site do bondinho. Também é possível comprar pela internet.

O local possui banheiros adaptados e elevadores para portadores de necessidades especiais. Mas como não há estacionamento próprio, os motoristas dependem das vagas pagas pela Prefeitura do Rio. A circulação de ônibus é pequena no bairro da Urca, mas a oferta de táxis é vasta na região. O passeio leva, em média, duas horas.

Preço: R$ 62, mas há descontos
Endereço: Avenida Pasteur, 520 – Urca


Construído no período colonial para melhorar o sistema de fornecimento de água na cidade, o Aqueduto, conhecido como os Arcos da Lapa, é um dos cartões postais do Rio. (Foto: Alexandre Macieira / Divulgação Riotur)
Os Arcos da Lapa são uma construção da época
colonial.
(Foto: Alexandre Macieira / Divulgação Riotur)
Noite - Lapa
Berço da boemia carioca há mais de 100 anos, a Lapa concentra o maior número de bares, restaurantes e casas de show por metro quadrado na cidade. E há atrações para todos os gostos. Desde MPB até Jazz, passando pelo forró e o samba, além de outros ritmos. A paisagem do local é marcada pelos Arcos da Lapa, que são um aqueduto construído pelos portugueses na época da colonização da cidade. A arquitetura também remonta à cultura de Portugal, com seus sobrados e casarões.
Para quem quiser somente circular pelas ruas, que ficam lotadas, há vendedores de bebidas e barraquinhas de comida de rua em vários pontos do bairro. As avenidas Mem de Sá e Gomes Freire estão entre as movimentadas. O bairro possui acesso via ônibus. Também há estacionamentos particulares, mas é preciso ficar atento, pois alguns têm horário para fechar e cobram caro pelo tempo de permanência do veículo.

O corpo do cardeal dom Eugenio Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, chegou por volta de 12h desta terça-feira (10) à Catedral Metropolitana, no Centro, onde será velado. (Foto: Alexandre Durão/G1)
Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro fica na Avenida Chile, no Centro. (Foto: Alexandre Durão/G1)
 Dia 2
Manhã - Igrejas e museus do Centro
O Centro do Rio abriga um enorme número de igrejas da época da Colônia e do Império. A visita parece uma viagem ao passado. Entre elas, ver a Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na Rua Primeiro de Março, é imperdível. O local foi transformado em Capela Real por D. João VI quando chegou ao Rio, em 1808. A igreja abrigou a coroação de D. Pedro I, D. Pedro II, além de todos os casamentos reais, inclusive o da Princesa Isabel com o Conde D’Eu. A Antiga Sé foi catedral metropolitana até a década de 70, quando foi transferida para outra construção, com visual moderno, na Avenida Chile, também no Centro. A nova Catedral Metropolitana também merece uma visita. Perto da Antiga Sé, na esquina da Rua Primeiro de Março com a Rua Sete de Setembro, há também a Igreja de São José, construída também no período colonial. É recomendável olhar os sites para conferir o horário de funcionamento.

Entre os museus, destaca-se o CCBB, que fica localizado em um prédio neoclássico que começou a ser construído no século XIX. No site da instituição é possível ver quais são os programas que estão disponíveis entre exposições e peças de teatro. O Museu Nacional de Belas Artes, que reúne uma das principais coleções de obras de arte do país, também é um dos destaques da programação cultural do Centro.
O Centro do Rio possui várias estações de metrô e vasta circulação de ônibus, o que torna possível o deslocamento entre os pontos por meio de transporte público. Para os mais bem dispostos, sempre existe a possibilidade de circular entre os pontos a pé. Levando-se em consideração que alguns pontos do trajeto são próximos, como a Igreja de São José, a Antiga Sé e o CCBB, é possível passear por todos em torno de 4 a 5 horas.
Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé
Endereço: Rua Primeiro de Março, s/n – Centro

Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Endereço: Avenida Chile, 245 – Centro

Igreja de São José
Rua Sete de Setembro, esquina com a Rua Primeiro de Março – Centro

Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB
Preço: alguns eventos culturais podem cobrar ingresso. É preciso conferir no site.
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro


Museu Nacional de Belas Artes
Preço: R$ 8 de terça a sábado. Aos domingos a entrada é gratuita.
Endereço: Avenida Rio Branco, 199 - Centro


Maracanã (Foto: Fred Huber)
Estádio do Maracanã é um dos mais conhecidos
do mundo e foi palco da final de duas Copas do
Mundo. (Foto: Fred Huber)
Tarde - Maracanã
Construído para a Copa de 50, o estádio se tornou um ícone do futebol nacional e abrigou duas finais de Copa do Mundo: a de 50, quando o Brasil perdeu para o Uruguai, e a de 2014, quando a Alemanha venceu a Argentina.
No site do estádio, é possível se informar sobre os horários do tour, que possui várias versões, para adultos, crianças, e com diferentes tempos de duração. A maioria permite aos visitantes conhecer as dependências do local, as curiosidades e ver lembranças dos craques que marcaram a história do lugar em um museu próprio. Também é possível comprar ingressos e conferir os horários dos jogos no site do estádio.

O local possui acesso via metrô, trens da Supervia e ônibus.
Preço: confirmar no site
Endereço: Avenida Presidente Castelo Branco, s/n – Portão 2


Luiz Gonzaga – O maior sanfoneiro do Brasil ganhou uma estátua na Zona Norte do Rio. Ela fica em frente a uma das entradas do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestina, popularmente chamada de Feira de São Cristóvão.  (Foto: Alexandre Macieira / G1)
Estátua que homenageia Luiz Gonzaga, que dá
nome ao centro de tradições nordestinas.
(Foto: Alexandre Macieira / G1)
Noite - Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas
Inicialmente um reduto de migrantes para matar as saudades dos hábitos e iguarias do Nordeste, ao longo do tempo a Feira de São Cristóvão, como é conhecida, ganhou estrutura e oferece vários restaurantes, shows e até karaokê para quem quiser soltar a voz em alguns dos principais sucessos populares. O ambiente é climatizado e conta com palcos que tocam forró e outros ritmos típicos nordestinos. O site do local mostra quais são os horários de funcionamento da atração.
Também vale a visita (de dia) para conhecer o bairro de São Cristóvão, que abrigou a família Real durante o império. Ainda é possível ver construções e traços da arquitetura do século XIX na região.
O local possui estacionamento próprio, para quem for de carro. Mas o bairro também conta com acesso a metrô (estação São Cristóvão) e boa rede de ônibus. Na porta do pavilhão há os serviços de uma cooperativa de táxis.

Preço: entrada gratuita às terças, quartas, quintas. Às sextas, a entrada é grátis até as 18h. Aos sábados e domingos, a entrada é cobrada. O valor fica entre R$ 3 e R$5. Quando há show, o ingresso chega a R$ 10.
Endereço: Campo de São Cristóvão, s/n –São Cristóvão


Abricó (Foto: Gabriel Barreira / G1)
Casal na Praia de Abricó, a única praia de naturismo da cidade do Rio de Janeiro. (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Dia 3
Manhã - Praia de Abricó
Essa é para quem deseja um programa diferente. A praia localiza-se após a Praia de Grumari, na Zona Oeste do Rio, e é a única dedicada ao naturismo em toda a cidade do Rio de Janeiro. Isso mesmo, para frequentar as areias só estando completamente nu. Nas décadas de 1940 e 1950, a vedete Luz del Fuego, uma das maiores divulgadoras da filosofia naturista, frequentava o local.

A Associação Naturista de Abricó (ANA) recomenda que a praia só seja frequentada quando membros da associação estão no local para dar apoio e orientar os banhistas. De um modo geral, a ANA está presente aos sábados, domingos e feriados, quando há condições climáticas favoráveis. Eles afirmam que o local fica muito deserto nos outros dias e algumas pessoas não compreendem a filosofia do grupo. Na página da Associação Naturista de Abricó, há orientações para chegar ao local de ônibus e de carro.

Para quem vem da Zona Sul e da Zona Norte em direção a região, a viagem pode demorar caso tenha engarrafamento. No total, o passeio pode durar cerca de cinco horas, caso os banhistas fiquem cerca de duas horas e meia na Praia de Abricó.

A Escadaria Selarón, que liga Santa Teresa à Lapa, é um dos pontos mais conhecidos do bairro. (Foto: Alexandre Macieira/ Riotur)
A Escadaria Selarón, que liga Santa Teresa à Lapa,
é um dos pontos mais conhecidos do bairro.
(Foto: Alexandre Macieira/ Riotur)
Tarde - Passeio em Santa Teresa
O bairro de ladeiras e casarões reúne um enorme número de ateliês de jovens artistas, que ficam abertos ao público visitante que deseje apreciar a arte e comprar alguma peça. A Rua Almirante Alexandrino é um dos destaques. Apesar de atualmente o bondinho amarelo, tão característico das ruas de Santa Teresa, não estar funcionando por causa de um acidente em 2011, vale a pena a visita pelo interesse cultural e artístico.
A escadaria do Convento de Santa Teresa, mais conhecida como Escadaria Selarón, que liga o bairro à Lapa, também é uma das atrações mais conhecidas da localidade.

Como o bairro está em obras por causa da reestruturação do sistema de bondes, é preciso apelar para os tradicionais ônibus para subir as ladeiras, caso o visitante não esteja com tanta disposição. A outra opção é usar os serviços de táxis.

Circo Voador chegou ao Arpoador pela primeira vez no verão de 1982.  (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Circo Voador chegou ao Arpoador pela primeira vez
no verão de 1982. (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Noite - Arpoador
Para quem ainda quiser mais praia, o final da tarde e o começo da noite podem ser apreciados das pedras do Arpoador, o canto mais famoso da já muito famosa Praia de Ipanema. O banho de mar e o passeio pelas areias à noite é uma pedida para quem não aguenta o calor da cidade, que não dá descanso mesmo em alguns dias do inverno. É lá onde os banhistas aplaudem o espetáculo do pôr do sol.
O lugar também conta com vendedores de artesanato e músicos de vários ritmos, principalmente samba. Também é considerado como um dos principais points de surfe na região. O Arpoador tem um lugar na histórica da música brasileira. No verão de 1982, lá ficava a lona original do Circo Voador, que abrigou apresentações de grupos como o Barão Vermelho, Blitz, Paralamas do Sucesso e do grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone.
É possível chegar ao local de carro, através dos bairros de Ipanema e Copacabana, de metrô, descendo na estação General Osório, e de ônibus, já que várias linhas passam na região.

PARQUE LAGE - O antigo Engenho de Açúcar Del Rei de deu origem ao parque às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. O entorno tem 348 mil metros quadrados de floresta nativa da Mata Atlântica, nas encostas do Maciço do Corcovado. Lá funciona a Escola de Arte (Foto: Divulgação/Alexandre Macieira/Riotur )
O Parque Lage possui uma imensa área verde e fica na Zona Sul do Rio. (Foto: Divulgação/Alexandre Macieira/Riotur )
Dia 4
Manhã - Parque Lage
Localizado no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul, o parque público possui uma imensa área verde que conta com local de lazer para crianças e uma trilha que leva para o Corcovado, além de outras atrações. O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O palacete, de estilo eclético, abriga uma escola de artes visuais desde 1975. Na época do Brasil Colônia, o local abrigou um engenho de açúcar. Caso o visitante se programe, quem está de passagem pela cidade pode participar de uma aula aberta ao público. Para saber os dias e horários, é preciso conferir a programação no site da escola.
Como curiosidade, vale lembrar que o palacete foi um dos cenários do filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, e já apareceu nos clipes de vários sucessos internacionais, como Beautiful de Snoop Dog, e Don’t Lie, do Black Eyed Peas.


O local tem várias linhas de ônibus que passam pela porta. O parque também possui estacionamento, que é pago. Porém, nos feriados sempre há filas de carros na porta e os motoristas costumam enfrentar longas esperas para entrar, já que o estacionamento depende da disponibilidade de vagas.
Preço: entrada gratuita
Endereço: R. Jardim Botânico, 414


Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (Foto: Pedro Kirilos/Riotur)
Cristo Redentor é considerado uma das maravilhas
do mundo moderno. (Foto: Pedro Kirilos/Riotur)
Tarde - Cristo Redentor
A imagem é uma das atrações mais tradicionais de famosas da cidade. O monumento em art decó que retrata Jesus Cristo foi inaugurado em 1931 e é considerado uma das maravilhas do mundo moderno.
Os ingressos para visitar o monumento, que é um santuário da Igreja Católica, podem ser comprados pela internet ou nos quiosques da Riotur, para a viagem de trenzinho; mas também há vans que levam até o monumento e partem da Praça do Lido, do Largo do Machado e da Estrada das Paineiras. Os mais bem dispostos podem fazer o caminho em uma trilha até lá.

Preço: R$ 51 em baixa temporada e R$ 62 em alta temporada, nas vans saindo do Largo do Machado e da Praça do Lido. Entre as vans saindo das Paineiras, R$ 24 em baixa temporada e R$ 35 em alta temporada.
A entrada para o monumento custa R$ 22 na alta temporada e R$ 11 na baixa temporada para os visitantes que cheguem ao monumento de bicicleta ou por trilha.
Para ir de trenzinho, o preço do ingresso é R$ 62 para a alta temporada e R$ 51 para a baixa temporada.
Endereço: Parque Nacional da Tijuca - Alto da Boa Vista


O Samba do Trabalhador acontece às segundas, sábados e domingos. (Foto: Alexandre Macieira/ Riotur)
O Samba do Trabalhador acontece às segundas,
sábados e domingos.
(Foto: Alexandre Macieira/ Riotur)
Dica do G1 - Samba do Trabalhador
O Samba do Trabalhador é uma das principais atrações da cidade às segundas-feiras. Músicos consagrados participam da roda de samba, considerada uma das melhores e mais animadas da cidade. O evento acontece todas as segundas no Clube Renascença, no Andaraí, na Zona Norte, um dos principais redutos do movimento negro no Rio.
Criado pelo músico Moacyr Luz há dez anos, o evento começou como um encontro entre amigos, até se transformar em uma grande reunião de músicos. O preço da entrada custa R$ 20, mas o que é consumido no evento é cobrado separadamente. Clássicos da culinária de boteco estão entre as iguarias vendidas, como pastéis, caldos, churrasco, frango a passarinho e linguiça acebolada, entre outros quitutes. Para beber há drinks variados, cerveja, whisky, refrigerante e água. O evento acontece às segundas, sábados e domingos.

Quem for de carro terá que estacionar nas ruas. De ônibus, os passageiros podem descer nas principais ruas dos arredores.
Preço: R$ 20 a entrada
Endereço: Renascença Clube - Rua Barão de São Francisco, 54 Andaraí


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/07/rio-de-janeiro-o-que-visitar-e-o-que-fazer-na-cidade-maravilhosa.html