segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Agências dos EUA têm esperança de 'boom' no turismo para Cuba.

Obama e Raul Castro reataram relações diplomáticas nesta quarta-feira.
Hoje, americano só pode ir para lá em voo fretado e para tour 'interpessoal'.


Do G1, em São Paulo
Cuba (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Havana, capital de Cuba (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Ainda não se sabe quais consequências práticas terá a retomada de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, anunciada nesta quarta-feira (17), mas empresas de viagem americanas têm esperança de que as atuais restrições às viagens sejam derrubadas e eles possam levar mais viajantes até o país caribenho.

Atualmente, os americanos podem viajar para Cuba apenas com agências de viagem que têm uma permissão especial e que trabalhem com um tipo de turismo chamado “people to people” (pessoa para pessoa), focado no intercâmbio cultural e a aproximação entre os dois povos. Viagens com objetivo acadêmico e religioso também são permitidas. Os aviões são fretados pela agência, já que não há voos regulares entre os dois países.
Cerca de 170 mil viajantes autorizados foram dos EUA para Cuba no ano passado, de acordo com dados do Departamento de Comércio citados pela agência americana AP.

Maior país caribenho
Cuba (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Varadero, um dos principais destinos cubanos (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Com belas praias e a apenas uma hora de voo de Miami, Cuba já foi um paraíso para os turistas americanos – fenômeno que acabou com a Revolução Cubana em 1959, que levou Fidel Castro ao poder e desencadeou o embargo dos EUA à ilha comunista.

Com a reaproximação entre os dois países, a esperança de companhias aéreas, redes de hotéis e companhias de cruzeiros é de que o mercado volte a se abrir.
“Cuba é o maior país do Caribe, então há possibilidades empolgantes”, disse Roger Frizzell, porta-voz da companhia de cruzeiros Carnival à AP. "Já existe alguma infraestrutura no país para cruzeiros, junto com vários portos, então o país oferece um grande potencial. Mas há vários pontos a serem considerados se esse mercado se abrir”, afirmou.
O CEO de outra empresa de turismo, o site de reservas de viagem Orbitz, também  espera que a decisão desta quarta-feira prepare o caminho para o trânsito mais livre de cidadãos dos dois países. "Estamos ansiosos pelo dia – espero que logo – no qual todos os americanos terão a oportunidade de viajar a Cuba”, afirmou Barney Harford, de acordo com a AP. "Há numerosos benefícios econômicos, sociais e culturais que virão do acesso livre ,e nossos clientes estão ansiosos por visitar Cuba”, completou.
Já há algumas empresas internacionais operando em Cuba. Por exemplo, a cadeia de hotéis espanhola Melia tem 26 propriedades na ilha.
 
Voos fretados
Para chegar até Cuba, os americanos pegam voos fretados pelas agências autorizadas. Muitos são aviões de empresas de carreira. A American Airlines, por exemplo, freta voos para Cuba há mais de 15 anos, segundo afirmou a porta-voz da companhia Martha Pantin à AP. São de 12 a 14 voos semanais de Miami para Havana, Holguin, Santa Clara e Cienfuegos e de Tampa para Havana e Holguin.

A JetBlue Airways começou a voar para Cuba com voos fretados em 2011, inicialmente entre Fort Lauderdale, na Flórida, e Havana, e hoje incluindo outros aeroportos de partida e chegada. São poucos voos: quatro por semana, para 50 a 80 passageiros.

http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2014/12/agencias-dos-eua-tem-esperanca-de-boom-no-turismo-para-cuba.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário