segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ecoturismo.
Com uma das tirolesas mais altas do país, Mambaí (GO) é paraíso dos aventureiros.


Eduardo Vessoni
Do UOL, em Mambaí (GO)* 

Tirolesa sobre um cânion com paredões de até 102 metros de altura, trilha pelo interior de uma caverna que termina dentro de uma cachoeira e balanço entre as águas a 20 metros do chão. A pequena Mambaí, com pouco menos de sete mil habitantes, é uma prova de que tamanho não é documento. O município goiano, localizado a 530km da capital Goiânia e a 357km de Brasília, no limite com a Bahia, desponta como um dos novos polos de turismo de aventura do Brasil. A pegada esportiva começou em 2007 e desde então, o destino tem ajudado a elevar o nível de adrenalina dos (ainda) raros visitantes que desembarcam por ali.
Localizada em uma ramificação montanhosa da Serra Geral e no mesmo complexo rochoso de Terra Ronca, a região abriga mais de 200 cavernas, o suficiente para protagonizar algumas das experiências mais inusitadas daquelas terras goianas. A Lapa do Penhasco, a 16km de Mambaí, possui 1,7 km de extensão e fica em um vale cego com escarpas de 80 metros de altura. É ali que visitantes encaram uma das atividades mais impressionantes, com 330 metros de caminhada em mata calcária, que inclui uma descida íngreme que exige fôlego até a entrada da caverna que se dá, obrigatoriamente, pelas águas de uma lagoa que rasga os paredões internos.
Com água na altura do peito, o visitante começa a ingressar na galeria subterrânea, uma exploração cautelosa que exige a transposição de uma sequência de quedas d'água que cruzam forte o caminho. Imponente e tímida, a caverna vai se revelando aos poucos, enquanto o forasteiro vai tentando se equilibrar entre pedras lisas cortadas pelas águas ruidosas que passam apressadas sob os pés, até ser surpreendido por um amplo salão com uma praia de areias finas e espeleotemas  - formações rochosas que ocorrem tipicamente no interior de cavernas que pendem do teto e das paredes. A região abriga ainda, logo ali ao lado, um percurso que permite avistar a caverna sob outro ponto de vista.

Beleza revelada
Flutuando sobre aquele abismo rochoso, está uma das mais altas tirolesas do Brasil, com 102 metros de altura e 320 metros de extensão. Ela cruza o cânion do Córrego das Dores e tem vista lateral da Lapa do Penhasco, atrações naturais que se escondem entre a mata alta de cerrado e apenas são vistas quando o visitante já se encontra suspenso.

Quando pensamos que tudo aquilo já foi o suficiente, a trilha seguinte guarda outra experiência única da região. A 5 km do centro de Mambaí, a Cachoeira do Funil é alcançada após uma caminhada de 960 metros em descida íngreme, dando acesso a seu pórtico de 20 metros de largura e 14 de altura.
A visita molhada pelas águas do Rio Ventura segue pelos próximos 200 metros de extensão, de um total de 300. Escura e sob teto rebaixado, a caminhada surpreende com a queda violenta das águas da Cachoeira do Funil, cujos 20 metros de altura terminam bem ali, dentro da caverna. Considerada uma das atrações mais visitadas do nordeste goiano, serve de cenário natural para a prática de cascading, um rapel negativo que beira as águas da cachoeira, e do inusitado Balanço da Dani Monteiro.
Nomeada em homenagem a apresentadora, que estreou a atração de Mambaí em 2008, a brincadeira consiste em se balançar em uma cadeirinha de escalada presa a uma corda estática, que se move entre as águas da Cachoeira do Funil. A atração é finalizada com um curto rapel, que traz o aventureiro as terras firmas (e molhadas) da boca da caverna.
E se Mambaí ainda não conta com a infraestrutura de destinos nacionais, como as paulistas Socorro e Brotas, pelo menos já tem cenários de fôlego capazes de tirar o ar até dos aventureiros mais experientes.

SERVIÇO
Site oficial do turismo de Goiás

www.goiasturismo.go.gov.br


Site oficial da Prefeitura de Mambaí
http://www.mambai.go.gov.br/


http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/nacionais/com-uma-das-tirolesas-mais-altas-do-pais-mambai-go-e-paraiso-dos-aventureiros/index.htm

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Viagem para os EUA com o dólar nas alturas? Veja 10 dicas para economizar.
Adriana Terra
Do UOL, em São Paulo

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Hospedagem, passeios e comida: sabendo escolher, tudo cabe no bolso
Hospedagem, passeios e comida: sabendo escolher, tudo cabe no bolso
    Você conseguiu um preço bom em uma passagem promocional para os Estados Unidos, mas não quer (e nem pode) gastar além da conta quando o dólar está valendo mais do que o triplo do real. Isso é possível?
    Se você tiver paciência e souber procurar, sim. Para ajudar o viajante a poupar, desde a compra do dólar até a escolha da hospedagem e dos passeios, conversamos com um economista e duas blogueiras brasileiras que vivem na terra do tio Sam.
    A partir de sugestões deles, pesquisas e experiências pessoais, o UOL Viagem reuniu abaixo dez dicas que podem te ajudar a se divertir e conseguir voltar ao Brasil sem entrar no vermelho. Confira:


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    1- Deixe (mesmo) o crédito de lado
    Em tempos de variação alta da moeda, como carregar dinheiro? "A forma mais econômica é em espécie, que tem um IOF de 0.38% - o do cartão pré-pago sofre 6.38% [assim como o de crédito]. Ainda é interessante porque a pessoa administra melhor esse valor", aposta o economista Samy Dana, professor da FGV/EASP e especialista em finanças pessoais e gestão de risco.

    O crédito deve ser visto como última opção. "O cartão pré-pago ainda é preferencial frente ao de crédito, porque nele você pode fazer uma busca e escolher uma casa de câmbio que te interessa. No de crédito, se subir o dólar entre a compra e o fechamento da fatura você paga a diferença, não tem escolha", diz Samy. 


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    2- Pesquise online a casa de câmbio
    Para achar uma casa de câmbio mais econômica, vale fazer uma boa pesquisa. A página do Banco Central pode ajudar nessa hora. "Existe um lugar no site chamado Ranking do Valor Efetivo Total, que te mostra as corretoras que saíram mais baratas nas últimas semanas. Daí você liga e pesquisa", indica Samy.



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    3- Abuse da economia compartilhada
    Para a blogueira brasileira Marina Vidigal Brandileone, autora do Ideias na Mala e que mora há três anos em São Francisco, um modo legal de poupar atualmente é usar sites de economia compartilhada - seja para hospedagem, transporte ou até mesmo alimentação.

    "Na Califórnia, o Airbnb funciona muito bem. E para quem não quer gastar um tostão, tem sempre o Couchsurfing. Aqui em São Francisco tem vários encontros da galera do site, e quanto mais você é envolvido na comunidade, mais fácil as pessoas te convidarem para ficar em casas e lugares melhores", indica.
    Gisela Gueiros, do Táxi Amarelo, que mora em Nova York, também aposta nos sites de locação temporária. "O Airbnb tem sido o que mais vejo meus amigos usando e gostando. Tem também o One Fine Stay para aluguéis temporários. Claro que ficar fora de Manhattan – no Brooklyn ou no Queens –, também pode baratear bem a hospedagem", sugere.
    E para quem quiser economizar nas refeições e conhecer gente, há o Meal Sharing, rede social que põe em contato pessoas que curtem cozinhar com quem gosta de comer. Por meio do site, refeições podem sair de graça ou muito baratas - mas é simpático levar uma bebida para acompanhar, como na casa de amigos.


    Shutterstock


    4- Transporte na ponta do lápis
    Alugar um carro não é uma boa opção em todas as cidades, mas também nem sempre comprar aquele bilhete de múltiplas viagens do metrô vai te fazer economizar. "Vale muito a pena fazer contas. Não compre de olho fechado, porque muitas vezes você não vai precisar pegar metrô, pois pode caminhar", sugere Marina.

    Ainda na onda da economia compartilhada, para substituir os táxis ela indica o Lyft, app que conecta motoristas e passageiros - parecido com o Uber, mas menor e por vezes mais econômico, segundo a blogueira. Atualmente, ele opera em 59 cidades norte-americanas.


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    5- Faça refeições em casa ou piqueniques
    Outra economia com comida que vale tanto para os EUA quanto para qualquer destino é comprar produtos em supermercados e cozinhar onde se está hospedado. Para quem fica em hostel ou aluga apartamento, é uma boa opção.

    Dependendo da cidade em que estiver, fazer um piquenique em praças e parques também vale a pena - além de sair mais em conta do que ir a restaurantes, é divertido, ainda mais quando se está numa cidade nova. E para evitar roubadas ao comer fora, atenção ao cardápio: "já vi muita gente fazer a besteira de pedir o prato do dia num restaurante sem saber o preço", conta Gisela.


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    6- Busque atrações gratuitas em guias locais
    Pesquisar em sites locais garante não apenas dicas mais atualizadas, mas economia: guias com programações gratuitas, páginas que oferecem descontos, tudo isso pode ajudar na hora de planejar os passeios. Em São Francisco, Marina indica o Fun & Cheap San Francisco.

    Já em Nova York, o guia Nycgo.com tem uma parte destinada apenas a eventos gratuitos. Gisela cita duas atrações boas para quem está com orçamento enxuto na cidade -- "um passeio baratex e muito gostoso para os meses mais quentes é o East River Ferry. Recomendo que visitem Governor's Island, uma ilha que só abre durante o verão e costuma ter mil atividades bacanas".
    Já para quem vai a Miami, a página Miamionthecheap.com indica o que aproveitar na cidade sem gastar um centavo, de aulas de yoga a sessões de cinema e programas infantis. Vale pesquisar sites semelhantes a estes em outros destinos no país.


    Rafael Hupsel/Folhapress


    7- Rastreando descontos: cupons e outlets
    "Uma coisa que americano adora são os cupons", diz Marina. Por meio dos bilhetes, rolam descontos e benefícios. É possível conseguir desde em sites específicos para o serviço até em páginas de lojas e atrações -- se você der uma busca combinando o nome da cidade para onde vai e "coupons", provavelmente vai achar bastante coisa.

    Para as refeições em restaurantes, fazer check-in no site Yelp para ganhar um drinque ou uma sobremesa gratuita é uma boa opção. Já para quem quer comprar roupas e calçados, vale ficar de olho em sites que indicam onde estão rolando promoções e outlets. Páginas como Premium Outlets e Outlet Bounds ajudam a encontrar esses locais. O UOL Viagem tem também uma seleção, em português, de Outlets pelo Mundo.


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    8- Use sites que comparam preços
    Para quem vai reservar hotel ou planeja viajar dentro dos EUA, vale usar sites que comparam preços de hospedagem e de passagens, como o Trivago. Aos que têm um planejamento mais aberto, comprar bilhetes de última hora, as passagens Last Minute, com altos descontos, é uma dica da blogueira Marina. Já para comparar preços de produtos, há nos EUA o site Price Grapper, interessante para quem busca eletrônicos mais baratos.



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    9- Aproveite os tours e museus gratuitos
    Muitas cidades ao redor do mundo (e nos EUA não é diferente) oferecem hoje em dia tours gratuitos. Procure por eles no destino para onde vai.
    "Em São Francisco há uma associação chamada San Francisco Guides com mais de 40 tours diferentes, desde arquitetônico até pela Chinatown", indica Marina.

    Outros roteiros que constam no site da associação são passeios por locações de filmes de Hitchcock ou por murais grafitados do multicultural bairro de Mission. Por meio do site Free Tours By Foot é possível ver roteiros semelhantes em diversos outros destinos dos EUA, como Washington, Nova Orleans, Chicago, Nova York e Boston.
    Já os museus, em várias cidades, costumam ter um dia ou horários de acesso livre, vale ficar de olho. "No Metropolitan Museum, por exemplo, o preço do ingresso é apenas sugerido. Se você quiser pagar US$ 1, você pode. Já o MoMA, às sextas, das 16h às 20h, tem entrada grátis. As galerias de arte também são abertas ao público e não é preciso comprar ingresso. Adoro a galeria Marian Goodman, na rua 57, por exemplo", indica Gisela para quem vai a Nova York.


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    10- Faça substituições de programas
    Por fim, se a ordem é economizar, procure colocar na balança os passeios. Você quer mesmo conhecer aquela atração que todo mundo fala, mas que custa metade do seu orçamento diário? "Vale a pena fazer substituições no seu roteiro e descobrir lugares um pouco menos turísticos, mas que te proporcionam uma experiência tão legal quanto -- ou mais", sugere a blogueira Marina. 


    http://viagem.uol.com.br/noticias/2015/08/25/viagem-para-os-eua-com-o-dolar-nas-alturas-veja-10-dicas-para-economizar.htm

    segunda-feira, 24 de agosto de 2015

    Hotéis do Ceará apostam em turismo sustentável e terapias alternativas. 

    Na Serra ou no Mar, dentre as opções há locais que utilizam energia solar e eólica, além de acomodações feitas de plástico reciclado.


    As cidades ficam cada vez maiores, mais desenvolvidas e com menos áreas verdes. Por isso o turismo ecológico tem ganhado cada vez mais adeptos, é a oportunidade que o homem moderno tem de estar em contato com a natureza, longe do asfalto e do concreto. Mas algumas pousadas e hotéis vão além da proximidade com o meio-ambiente e lançam propostas sustentáveis.
    O nosso estado está repleto de bons hotéis, para todos os gostos. E há opções para quem quer aproveitar momentos de tranquilidade, em estabelecimentos rodeados de belezas naturais e que também respeitam o meio-ambiente.



    O Hotel Vale das Nuvens, fica a 2,5 km de Guaramiranga, em cima de uma montanha. Muitos estabelecimentos em Guaramiranga permitem esse contato com a natureza, com grandes áreas verdes e ao ar-livre, mas o Vale das Nuvens tem como diferencial a sustentabilidade.
    Todas as acomodações são feitas de plástico reciclado, com projeto feito pela empresa de engenharia cearense Impacto Protensão, que é pioneira no uso do plástico na construção civil. O Vale das Nuvens foi a primeira unidade hoteleira a ser feita com esse material no mundo.
    Além disso, o estabelecimento utiliza energia solar e eólica e possui horta orgânica própria, cujos ingredientes são utilizados na cozinha.

    Outro estabelecimento que utiliza energia solar e eólica é o Sítio Escondido, em Canoa Quebrada. O hotel é auto-sustentável e, além de produzir a própria energia, trata a água utilizada.  Localizado no meio da reserva natural das dunas, só é possível chegar ao estabelecimento em veículos 4×4 ou a cavalo.

    Com área de 7 hectares, o Sítio Escondido oferece atividades em mais de 20 cursos, como tai chi chuan, yoga, meditação, surfe, equitação e fotografia.

    Limpeza do corpo e mente
    O contato com a natureza já promove, de certa forma, uma desintoxicação. Mas a Pousada Morada do Sol, também em Canoa Quebrada, além desse contato oferece um pacote de limpeza do corpo e mente, que utiliza técnicas ancestrais de depuração.

    Localizado dentro da pousada, o Retiro Depurativo promove uma jornada de 10 dias de terapias naturais. O pacote é composto de diversas etapas, que vão desde palestras e massoterapia à técnicas mais complexas, como a limpeza de intestino (hidrocolonterapia). A equipe é formada por terapeutas holísticos profissionais, que garantem uma melhor qualidade de vida após o processo.

    http://tribunadoceara.uol.com.br/diversao/turismo/hoteis-do-ceara-apostam-em-turismo-sustentavel-e-terapias-alternativas/

    sexta-feira, 21 de agosto de 2015

    No sul da Bahia, Trancoso equilibra-se entre o hippie e o chique.
    Divulgação/Setur Bahia
    Trancoso, na Bahia, é bom ponto de partida para explorar a chamada Costa do Descobrimento Divulgação/Setur Bahia
    Esteiras cobertas por panos de chita, almofadinhas coloridas, cadeiras e espreguiçadeiras de vime trançado. Petiscos servidos em cumbucas e travessas de madeira, acompanhados de talheres trabalhados artesanalmente. Tudo isso embaixo de uma pequena cobertura de palha, que protege contra o sol. O visual lembra o de um SPA, mas estes são alguns dos privilégios que você encontrará em bares e pousadas do sul da Bahia.

    Parte da chamada Costa do Descobrimento, a região abriga tesouros naturais e vilarejos onde o rústico e o luxo confundem-se.

    A quase 800 km da capital, Salvador, Trancoso é um bom ponto de partida para explorar o litoral. Com várias opções de gastronomia e hospedagem -- das modestas às mais luxuosas --, o vilarejo tornou-se conhecido internacionalmente e tem, cada vez mais, abandonado seu lado "hippie" e se aproximado do "chique".

    O Quadrado, praça retangular com um extenso gramado, continua sendo o charmoso ponto de encontro do local. Entre as casinhas coloridas que o cercam, há pousadas, restaurantes e simpáticas lojinhas, onde você encontra desde grifes famosas a artesanato local. Refúgio de famosos e endinheirados, Trancoso tem a noite mais agitada do sul da Bahia, com direito a shows de artistas famosos, como Elba Ramalho, dona de uma casa na região.

    Cercado por belíssimas praias de areia branca e águas cristalinas, que surgem ao pé de falésias coloridas, o litoral de Trancoso pode ser explorado a pé, a cavalo, de carro pelas estradas ou de bugue pela areia. As praias centrais são mais agitadas e populosas, mas basta uma caminhada de uma hora para descansar em locais paradisíacos praticamente desertos, como Taipe e Itaporoca.

    Privilegiado, o sul da Bahia apresenta sol forte e céu azul praticamente o ano inteiro -- as chuvas distribuem-se bem pelos meses. A região tem as belezas naturais e a magia do Nordeste brasileiro, com o diferencial do clima mais ameno. Dificilmente você sentirá aquele bafo úmido de calor, porque o vento forte faz o favor de refrescar os turistas desacostumados às altas temperaturas.

    As opções agradam diferentes gostos: casais apaixonados em lua-de-mel, famílias aventureiras (dispostas a explorar praias selvagens), gente que quer sossego e jovens a procura de agito, paquera e muito forró. O grande atrativo fica por conta da natureza, que nos convida à simples contemplação.


    http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/trancoso/index.htm

    quinta-feira, 20 de agosto de 2015


    Atenção a vacinas, água e outros itens evita problemas de saúde na viagem.

    Rita Trevisan e Suzel Tunes
    Do UOL, em São Paulo

    Procure levar seus remédios na embalagem original, com a receita médica
    Procure levar seus remédios na embalagem original, com a receita médica
    A trabalho ou de férias com a família, nenhuma viagem é imune a imprevistos. Mas muitos contratempos podem, sim, ser evitados – de uma doença grave para a qual já existe vacina a uma simples bolha no pé, provocada pelo calçado novo que deveria ter sido amaciado com antecedência. Veja a seguir uma lista dos cuidados que você precisa ter antes, durante e até depois do passeio para garantir o seu bem-estar.

    ANTES DE VIAJAR
    Consulte um médico: cerca de um mês antes do embarque, busque um especialista em Medicina de Viagem. Trata-se de uma área relativamente nova no Brasil e que, em geral, é exercida por infectologistas. Nos municípios em que não exista essa especialidade, você pode consultar, ainda, um clínico geral ou, no caso das crianças, um pediatra. "O mais importante é que o profissional esteja familiarizado com esse tipo de atendimento. Como há diversas doenças infecciosas que podem acometer os viajantes, muitas vezes os infectologistas é que têm mais familiaridade com o tema", explica Káris Rodrigues, infectologista do Centro de Informação em Saúde do Viajante (Cives), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

    No Centro, primeiro serviço do tipo implantado no país, o aconselhamento a viajantes é uma consulta médica gratuita, agendada por e-mail (veja no site). Em outras regiões do país também podem ser encontrados ambulatórios ou centros de orientação para a saúde do viajante, indicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Se necessário, tome vacina: além de avaliar se as condições de saúde do viajante requerem alguma atenção especial, o médico consultado poderá indicar a imunização com vacinas. A contra febre amarela é obrigatória para o ingresso em alguns países e deve ser administrada pelo menos dez dias antes da viagem. Também há outras vacinas recomendadas conforme o destino.
    "Para quem vai à Meca, na Arábia Saudita, durante o período de peregrinação muçulmana, por exemplo, também se recomenda vacinação contra meningite meningocócica", diz o infectologista Marcellus Costa, responsável pelo Centro de Medicina de Viagem da Fundação Oswaldo Cruz. "Informe-se nos centros de orientação ao viajante da Anvisa se existe indicação de vacina para o destino da sua viagem", recomenda o médico. 

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    Lembre-se de levar todos os remédios que precisará usar durante a viagem

    Contrate um seguro de saúde: o seguro é recomendado sobretudo para quem vai viajar a países onde os custos médicos costumam ser muito altos. Os preços variam conforme o local, o tipo de viagem e a cobertura. "É importante saber que alguns seguros não cobrem nenhuma atividade de aventura, mesmo trekkings", diz a infectologista Káris Rodrigues.
    Confira, também, se o país para onde você vai tem algum acordo internacional que permita a cidadãos brasileiros utilizarem a rede pública local. Para se beneficiar do acordo, é necessário obter um Certificado de Direito a Assistência Médica. Para saber mais, acesse o site.

    DURANTE A VIAGEM
    Leve seus remédios: os medicamentos com prescrição médica dos quais o turista faz uso contínuo devem ser levados em quantidade suficiente para durar durante toda a viagem. Em roteiros internacionais, recomenda-se que os remédios sejam levados na embalagem original, junto com a receita médica, com o nome do paciente, a indicação e o tempo de uso.

    "Se houver relatório do médico em inglês,melhor ainda", diz Gustavo Henrique Johanson, infectologista do Ambulatório de Medicina do Viajante da Universidade Federal de São Paulo. Mas vale ficar atento ao volume dos recipientes: as normas de segurança aérea só permitem levar na bagagem de mão medicamentos líquidos de até 100 ml.

    Use roupas e calçados confortáveis: conforto é prioridade quando se trata de escolher roupas e calçados para a viagem – e não apenas para prevenir incômodos simples, como uma prosaica (mas insuportável) bolha no pé. Evitar roupas e sapatos muito apertados também é uma das recomendações para a prevenção de um problema bem mais sério, a trombose venosa, que é a formação de um coágulo no interior do vaso sanguíneo (o trombo). Ele ocorre geralmente nos membros inferiores, quando o passageiro fica muito tempo imóvel.
    Em longas viagens, especialmente as de avião, é importante que o viajante movimente pernas e pés pelo menos a cada três horas, mesmo que permaneça sentado. Também se recomenda beber bastante líquido e evitar bebidas alcoólicas e sedativos. Quando existem fatores de risco, o médico pode recomendar o uso de meias de compressão e até medicamentos anticoagulantes. "Obesidade, tratamento de câncer, idade avançada e cirurgia recente são alguns dos fatores que aumentam o risco para a trombose", afirma Johanson. 

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    Não confia na qualidade da água? É melhor escolher a mineral
    Evite o jet lag: o mal-estar provocado pela diferença de fuso horário nas viagens mais longas pode ser amenizado com algumas medidas simples. Segundo o médico Gustavo Johanson, o ideal é que, antes mesmo de viajar, o turista vá alterando a sua rotina diária gradativamente, aproximando-a, tanto quanto possível, da que terá no seu destino. Durante a viagem, deve-se evitar a ingestão de álcool e cafeína.
    As pequenas sonecas, por outro lado, são recomendadas. Para favorecê-las, vale a pena lançar mão dos tapa-olhos e tapa-ouvidos. No local de destino, o viajante pode se expor à luz solar caso precise ficar acordado. "Se você chega no Japão durante o dia, mas o organismo ainda sinaliza que é noite, a exposição à luz solar inibirá um hormônio chamado melatonina, que induz ao sono", diz o médico. Quando a diferença de fuso é muito grande, é possível apelar para medicamentos, prescritos por um especialista. "Uma alternativa é administrar a melatonina sintética para tratar a insônia", explica Johanson.

    Cuidado com o que ingere: a chamada "diarreia do viajante", provocada por ingestão de alimentos ou água contaminados, é um dos problemas de saúde mais frequentes no turismo, diz a infectologista Káris. Para passar longe, evite comprar comidas de ambulantes; prefira alimentos cozidos e beba somente água mineral. Se tiver dúvidas em relação à procedência da água, recorra à água gaseificada, mais difícil de ser adulterada.

    Xô, insetos: em regiões tropicais, proteja-se dos mosquitos. Assim, além de evitar o incômodo de uma picada, você se previne de doenças como malária e dengue. O infectologista Gustavo Johanson sugere o uso de repelentes à base de Icaridina, que é bastante eficiente contra o Aedes aegypti (transmissor da dengue) e tem durabilidade de até 10 horas. A Anvisa libera o uso desse produto para crianças a partir de dois anos de idade.


    APÓS A VIAGEM
    Se pouco tempo após o retorno surgirem sintomas como febre, diarreia, problemas de pele ou respiratórios, procure imediatamente um serviço de saúde e informe os locais por onde passou. Passeios em cavernas, grutas e áreas rurais, picadas de insetos e contatos com outras espécies de animais, por exemplo, devem ser relatados. Seja qual for o problema de saúde, quanto mais precoce o diagnóstico, melhor.


    http://viagem.uol.com.br/noticias/2014/10/20/atencao-a-vacinas-agua-e-outros-itens-evita-problemas-de-saude-na-viagem.htm

    segunda-feira, 17 de agosto de 2015

    Com uma das tirolesas mais altas do país, Mambaí (GO) é paraíso dos aventureiros.

    Eduardo Vessoni
    Do UOL, em Mambaí (GO)* 


    Tirolesa sobre um cânion com paredões de até 102 metros de altura, trilha pelo interior de uma caverna que termina dentro de uma cachoeira e balanço entre as águas a 20 metros do chão. A pequena Mambaí, com pouco menos de sete mil habitantes, é uma prova de que tamanho não é documento. O município goiano, localizado a 530km da capital Goiânia e a 357km de Brasília, no limite com a Bahia, desponta como um dos novos polos de turismo de aventura do Brasil. A pegada esportiva começou em 2007 e desde então, o destino tem ajudado a elevar o nível de adrenalina dos (ainda) raros visitantes que desembarcam por ali.
    Localizada em uma ramificação montanhosa da Serra Geral e no mesmo complexo rochoso de Terra Ronca, a região abriga mais de 200 cavernas, o suficiente para protagonizar algumas das experiências mais inusitadas daquelas terras goianas. A Lapa do Penhasco, a 16km de Mambaí, possui 1,7 km de extensão e fica em um vale cego com escarpas de 80 metros de altura. É ali que visitantes encaram uma das atividades mais impressionantes, com 330 metros de caminhada em mata calcária, que inclui uma descida íngreme que exige fôlego até a entrada da caverna que se dá, obrigatoriamente, pelas águas de uma lagoa que rasga os paredões internos.
    Com água na altura do peito, o visitante começa a ingressar na galeria subterrânea, uma exploração cautelosa que exige a transposição de uma sequência de quedas d'água que cruzam forte o caminho. Imponente e tímida, a caverna vai se revelando aos poucos, enquanto o forasteiro vai tentando se equilibrar entre pedras lisas cortadas pelas águas ruidosas que passam apressadas sob os pés, até ser surpreendido por um amplo salão com uma praia de areias finas e espeleotemas  - formações rochosas que ocorrem tipicamente no interior de cavernas que pendem do teto e das paredes. A região abriga ainda, logo ali ao lado, um percurso que permite avistar a caverna sob outro ponto de vista.


    Beleza revelada
    Flutuando sobre aquele abismo rochoso, está uma das mais altas tirolesas do Brasil, com 102 metros de altura e 320 metros de extensão. Ela cruza o cânion do Córrego das Dores e tem vista lateral da Lapa do Penhasco, atrações naturais que se escondem entre a mata alta de cerrado e apenas são vistas quando o visitante já se encontra suspenso.
    Quando pensamos que tudo aquilo já foi o suficiente, a trilha seguinte guarda outra experiência única da região. A 5 km do centro de Mambaí, a Cachoeira do Funil é alcançada após uma caminhada de 960 metros em descida íngreme, dando acesso a seu pórtico de 20 metros de largura e 14 de altura.
    A visita molhada pelas águas do Rio Ventura segue pelos próximos 200 metros de extensão, de um total de 300. Escura e sob teto rebaixado, a caminhada surpreende com a queda violenta das águas da Cachoeira do Funil, cujos 20 metros de altura terminam bem ali, dentro da caverna. Considerada uma das atrações mais visitadas do nordeste goiano, serve de cenário natural para a prática de cascading, um rapel negativo que beira as águas da cachoeira, e do inusitado Balanço da Dani Monteiro.
    Nomeada em homenagem a apresentadora, que estreou a atração de Mambaí em 2008, a brincadeira consiste em se balançar em uma cadeirinha de escalada presa a uma corda estática, que se move entre as águas da Cachoeira do Funil. A atração é finalizada com um curto rapel, que traz o aventureiro as terras firmas (e molhadas) da boca da caverna.
    E se Mambaí ainda não conta com a infraestrutura de destinos nacionais, como as paulistas Socorro e Brotas, pelo menos já tem cenários de fôlego capazes de tirar o ar até dos aventureiros mais experientes.

    SERVIÇO
    Site oficial do turismo de Goiás

    www.goiasturismo.go.gov.br


    Site oficial da Prefeitura de Mambaí
    http://www.mambai.go.gov.br/


    http://viagem.uol.com.br/guia/roteiros/nacionais/com-uma-das-tirolesas-mais-altas-do-pais-mambai-go-e-paraiso-dos-aventureiros/index.htm

    quinta-feira, 13 de agosto de 2015

    João Pessoa reúne belas praias, riqueza cultural e clima interiorano.

    Thinkstock
    A tranquilidade e o sossego reinam na cidade e não é preciso ir longe para encontrar areias semidesertas
    Imagine uma cidade com belas praias urbanas, tranqüilidade característica de interior, riqueza cultural e a poucos quilômetros de verdadeiros paraísos naturais. Acrescente ainda um centro histórico rico em arquitetura colonial, um rio emoldurando a paisagem e terá idéia do que é a capital da Paraíba.
    Menor e menos famosa que Natal e Recife, João Pessoa ainda não atrai o mesmo número de turistas que as capitais dos Estados vizinhos. Ainda bem! A tranqüilidade e o sossego reinam na cidade e não é preciso ir longe para encontrar areias semidesertas.
    Nem por isso faltam opções de lazer e conveniências de uma cidade grande. Bons restaurantes, shopping centers e comércio variado garantem o conforto do visitante.
    É um destino para ser admirado sem pressa. Em João Pessoa, os prédios altos da beira-mar, comuns em outras orlas, dão lugar a casas e edifícios de três andares. Os terrenos ainda desocupados espalhados pela cidade, aliados às ruas largas, pouco movimentadas e bem arborizadas fazem pensar que toda cidade de litoral deveria ser assim.
    Situada no extremo oriental das Américas, a capital da Paraíba abriga o ponto em que o Brasil mais se aproxima da África. É na Ponta do Seixas que os primeiros raios de sol chegam ao país todas as manhãs. João Pessoa é considerada também a terceira cidade brasileira mais antiga e possui um centro histórico rico em arquitetura colonial.
    As praias da cidade encantam. Bessa, Manaíra, Tambaú e Cabo Branco são as principais. A badalação noturna fica por conta de Tambaú, com seus bares, restaurantes e casas noturnas. É lá também que ficam a principal feira livre de artesanato da cidade e o hotel Tropical Tambaú, construído praticamente no mar.
    Outro marco arquitetônico é a Estação Ciência, projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada em julho de 2008. O edifício é um dos cartões postais da cidade, assim como o Farol do Cabo Branco.
    A cidade é incrível, mas não se pode ir à Paraíba e não conhecer as suas praias paradisíacas. Ao norte de João Pessoa está a rústica praia de Cabedelo, bem próxima à praia fluvial do Jacaré, famosa por um dos principais programas turísticos da região. Todos os dias ao cair da tarde, um saxofonista toca na canoa o "Bolero", de Ravel, para acompanhar o espetáculo do pôr do sol no Rio Paraíba. Além dos bares em palafita, na praia do Jacaré tem também uma simpática feirinha de artesanato.
    Menos visitado, o litoral sul da Paraíba esconde verdadeiros tesouros. São quilômetros e quilômetros de orla com enormes falésias coloridas, coqueirais e recifes que formam piscinas naturais. A caminhada, pela praia, de Tambaba, mais ao sul, até Tabatinga, passando por Coqueirinho é absolutamente imperdível. O trecho tem cerca de seis quilômetros e uma diversidade de paisagens que impressiona.
    Tambaba é um capítulo a parte. Situada em Jacumã, distrito de Conde, a 30 km de João Pessoa, e é uma das praias de nudismo mais famosas do país. As regras são claras: no trecho em que é obrigatório tirar a sunga e o biquíni, homem desacompanhado não entra. A praia possui uma faixa de 200 m de extensão para o banhista que preferir não se aventurar na onda naturalista.

    http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/joao-pessoa/

    terça-feira, 11 de agosto de 2015

    Bariloche é sucesso entre brasileiros desde os anos 60; veja curiosidades.

    Débora Costa e Silva
    Do UOL, em Bariloche (Argentina)*

    Quando uma viagem dá certo e supera as expectativas, a sensação é bem parecida à de quando a gente se apaixona: queremos voltar para o lugar sempre que possível, apresentar para parentes e amigos e ficamos sonhando acordados lembrando dos melhores momentos, não é?


    Arquivo pessoal
    Jeanette Ferreira (à esquerda), suas filhas Cristina (sentada) e Elisabeth e sua neta Roberta (à direita) posam com um cão São Bernardo em Bariloche, em 2011

    Foi o que aconteceu com a pianista Jeanette Ferreira, de 83 anos, que já visitou Bariloche quatro vezes: em 1969, em 1983, em meados dos anos 90 e em 2011. Encantada pelo destino, ela pôde testemunhar as transformações da cidade ao longo das décadas e garante: "melhorou muito".
    "Antes eram apenas dois cerros (montanhas) com atividades. No resto do tempo, era só curtir a beleza do lugar. Dessa última vez, mal dava tempo de fazer todos os programas. Eles foram desbravando lugares novos e agora já tem passeio de jipe, catamarã, um pouco de tudo", avalia Jeanette.
    Essa variedade de atrações é apenas uma das diferenças entre a Bariloche de antigamente da de hoje em dia. Dos anos 60 para cá, algumas coisas mudaram, mas uma permanece igual: o destino continua sendo o queridinho dos brasileiros. Conheça alguns fatos marcantes sobre a cidade.

    Brasiloche

    Divulgação/Nelson di Rago/Memória Globo
    Personagem Carina, interpretada por Elisabeth Savala, na novela "Pai Herói" (1979), foge para Bariloche na trama

    Há décadas o Brasil é o país que mais envia turistas para a cidade – que até foi apelidada de "Brasiloche" por conta disso. Além da proximidade geográfica e dos preços convidativos em comparação a outros destinos de inverno, Bariloche ganhou fama nas terras tupiniquins também graças a um empurrãozinho dado pela novela "Pai Herói", de 1979. O casal protagonista do folhetim viajou para lá e isso colaborou muito com a popularização da cidade por aqui.
    Quem lembra bem é a designer Fernanda Caiuby Novaes Falata, 59 anos, que esteve por lá na época do auge da novela, para passar a lua de mel. "O plano era ir para Ushuaia, mas acabamos indo para Bariloche, que estava cheia de brasileiros. Um dos passeios inclusive passava pelas locações da novela, que fazia muito sucesso", lembra. Curiosidade: foi difícil para a equipe de produção encontrar uma espingarda para a cena em que Carina é ferida, por conta do regime militar na Argentina.

    Suíça argentina

    Archivo Visual Patagonico/Divulgação
    Centro Cívico de Bariloche, com o lago Nahuel Huapi ao fundo, em 1942, revela uma cidade em crescimento

    Apesar de hoje ser dominada por brasileiros durante a alta temporada de inverno, não era bem o Brasil o país que os argentinos se inspiraram ao construir Bariloche. Por conta da Primeira Guerra Mundial, a Europa estava devastada e isso arruinou as férias da aristocracia argentina. Era preciso criar um novo destino turístico.
    Graças à geografia montanhosa de Bariloche, foi possível investir na criação de uma estação de esqui, hotéis e chalés de arquitetura suíça e trazer o clima dos Alpes para a Argentina. "Não dava mais para ir a Paris. Então investiram aqui, plantaram pinheiros, começaram a fabricar chocolates e criar uma identidade", explica o guia Martin Montaña, que trabalha há dez anos com turismo na cidade.

    Bosque do Bambi

    Débora Costa e Silva/UOL
    A cor de canela das árvores é marca registrada do bosque Arrayanes

    Não foi só novela brasileira que pegou carona nas belezas de Bariloche. Reza a lenda que ninguém menos do que Walt Disney visitou o destino e se inspirou no Bosque Arrayanes para criar um de seus personagens mais lendários: o Bambi. No entanto, essa história é cheia de controvérsias: há quem desminta, dizendo que foi um boato criado para atrair mais turistas para a região. Verdade ou não, o lugar é lindo e, de fato, parece bastante com o retratado no desenho. O que mais impressiona é a cor de canela na madeira das árvores da família das mirtáceas que povoam o bosque.

    Adiós, esqui

    Débora Costa e Silva/UOL
    Passeio de trator na neve é uma das opções alternativas ao esqui em Bariloche

    Não é porque alguém quer ver a neve que necessariamente gosta ou quer esquiar. E Bariloche sempre ofereceu opções de lazer além do esqui, principalmente para as crianças, mas há também adultos que procuram outros tipos de passeios. Foi o caso da professora Maria do Carmo Fagundes, 63 anos, que visitou o destino com o marido em 1989. "A gente gosta muito de frio, mas não esquiamos porque não somos fãs de esportes radicais. Subimos a montanha de teleférico, com roupa de esqui e tudo, apreciamos a vista e curtimos muito mesmo assim", explica.
    Assim como Maria, muita gente que vai hoje para Bariloche busca outras formas de lazer. A mudança se reflete até na hora de planejar a viagem. Segundo Rodrigo Vaz, Gerente de América do Sul da CVC, antigamente a empresa incluía o aluguel de roupa de esqui no pacote, mas de uns anos para cá deixou de fazer isso para que o turista alugue as roupas só no local e se for necessário. 
    Hoje em dia, o número de atividades além do esqui e do snowboard é ainda maior. Há a possibilidade de fazer tubbing (descer a montanha em uma bóia inflável), patinar no gelo, passear de trenó puxado por cães, snowmobile (uma espécie de trator para a neve) e trilhas - sem esquecer o clássico esquibunda, sucesso nas pistas de Bariloche.

    No verão também

    Eduardo Vessoni/UOL
    Bariloche oferece opções de lazer que vão de caminhadas até navegações pelos lagos da região, como as que acontecem, nos meses de verão, no Lago Moreno

    Se o público que vai ao destino já não pensa tanto em esqui, então não é de se espantar que Bariloche atraia turistas também durante o verão. Passeios de barco, caiaque, trilhas pelas montanhas (verdes e cheias de flores em outras estações), cavalgadas e outras atividades podem ser feitas por lá quando não há neve. Além de descobrir uma outra paisagem, a vantagem é que os preços são mais baixos e a cidade está mais tranquila.
    Também em lua de mel, o advogado Pedro Luís Carvalho de Campos Vergueiro, de 73 anos, esteve em Bariloche no início de janeiro de 1974, em pleno verão. "Ainda assim ventava muito e a água do lago, apesar de linda e esverdeada, era bastante gelada" comenta. Ele fez todos os passeios clássicos, iguais aos que visitam o lugar durante o inverno: foi ao famoso hotel Llao Llao, conheceu o Bosque Arrayanes e até jogou no cassino do hotel em que ficou hospedado - segundo ele, se deu bem e foi dormir com o bolso cheio. Teve sorte no jogo e no amor.

    http://viagem.uol.com.br/guia/argentina/bariloche/roteiros/bariloche-e-sucesso-entre-brasileiros-desde-os-anos-60-veja-curiosidades/index.htm

    quinta-feira, 6 de agosto de 2015

    Confira quais países dão vistos temporários para brasileiros.

    De São Paulo - 05/08/2015

    Algumas nações facilitam na hora da pessoa conseguir um visto de entrada
    Algumas nações facilitam na hora da pessoa conseguir um visto de entrada
    Viajar para outros países do mundo, conhecendo novos costumes, pessoas e línguas, é uma experiência incrível. O único problema é que, em muitos lugares, o prazo de estadia para turistas é de apenas três meses, o que, para algumas pessoas, é um período muito curto.  Para quem pretende ficar mais tempo, a melhor solução é conseguir um visto, que pode ser voltado a estudos e até a trabalhos temporários. Em alguns países, obter a permissão para ficar um período maior é mais fácil e exige menos burocracia do que em outros.   

    Um dos melhores exemplos é a Nova Zelândia. Através do programa "Working Holiday Visa", brasileiros podem trabalhar, estudar e viajar pela nação por mais de um ano. Para conseguir este visto, é necessário que a pessoa tenha entre 18 e 30 anos, não leve filhos, possua dinheiro suficiente para as passagens de ida e volta, além de levar ao menos 4,2 mil dólares neozelandeses (cerca de R$ 10 mil) para a estadia.  Também é preciso preencher um formulário pela internet, pagar uma taxa - apenas cartões internacionais são aceitos - e estar com a saúde em dia. A cada ano, apenas 300 vagas são liberadas para brasileiros e, em 2015, as inscrições serão abertas no dia 3 de setembro.  

    A Irlanda também não oferece muitas dificuldades para se obter um visto. A nação, além de ter alguns dos programas de intercâmbio mais econômicos da Europa, permite que brasileiros estudem, trabalhem e viajem por até oito meses. Alguns dos requisitos para o visto são comprovantes da passagem de volta para o Brasil, de residência na Irlanda e de dinheiro suficiente para a estadia no país.   


    Tio Sam
    Mesmo parecendo difícil obter um visto apenas para viajar por poucos dias, os Estados Unidos têm alguns programas para brasileiros que querem passar mais tempo estudando e trabalhando temporariamente. Um destes é o J-1, concedido a intercambistas, principalmente a quem está fazendo  pós-graduação e procura um estágio universitário ou um emprego de verão.  

    Outros países sem muita burocracia são Argentina, Uruguai e Paraguai. Por pertencerem ao Mercosul, estas nações facilitam a entrada e a permanência de brasileiros que querem estudar e trabalhar. O visto, tirado com documentos simples, permite que trabalhadores, estudantes e até seus familiares fiquem por períodos de até dois anos. (ANSA)


    http://viagem.uol.com.br/noticias/ansa/2015/08/05/confira-quais-paises-dao-vistos-temporarios-para-brasileiros.htm

    quarta-feira, 5 de agosto de 2015

    Parque Nacional do Iguaçu registra a maior visitação de julho em 35 anos.

    Unidade de conservação recebeu mais de 175 mil pessoas em 31 dias.
    No lado argentino, reserva registrou outros 173 mil ingressos no período. 

    Do G1 PR, em Foz do Iguaçu

    No primeiro semestre de 2015, o Parque Nacional do Iguaçu já havia recebido mais de 755 mil visitantes (Foto: Cataratas do Iguaçu S.A. / Divulgação)
    No primeiro semestre de 2015, o Parque Nacional do Iguaçu já havia recebido mais de 755 mil visitantes (Foto: Cataratas do Iguaçu S.A. / Divulgação)
    O Parque Nacional do Iguaçu, no oeste do Paraná, registrou a melhor visitação para julho desde que o movimento começou a ser registrado em 1980. Ao todo, 175.638 pessoas passaram pela unidade nos 31 dias do mês. Em relação a julho de 2014, o movimento cresceu 29%. Os brasileiros e demais visitantes do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) foram os principais responsáveis pelo aumento.
    Do Brasil ingressaram 90.814 pessoas - 22% a mais que em 2014. Os países do bloco contabilizaram 60.819 – um acréscimo de 96%. O número dos demais estrangeiros apresentou queda de 22%, com a entrada de 24.005 turistas, contra 30.937 do ano anterior. O recorde confirmou a boa procura pelo atrativo que abriga as Cataratas do Iguaçu já registrada no 1º semestre de 2015, quando passaram pela unidade mais de 755 mil pessoas.

    Do outro lado da fronteira, o Parque Nacional Iguazú também anotou crescimento: o acréscimo foi de 71% Em julho deste ano passaram pelas bilheterias da unidade vizinha 173.665 visitantes, contra 101.608 em julho de 2014. Do total, 74% são argentinos, 14% são turistas do Mercosul e 12% do restante do mundo.

    http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2015/08/parque-nacional-do-iguacu-registra-maior-visitacao-de-julho-em-35-anos.html

    segunda-feira, 3 de agosto de 2015

    Destinos do mês: agosto é época de descontos no Nordeste e festas na Europa.

    Do UOL, em São Paulo

    Agosto é mês para curtir atrações turísticas ao ar livre. No Hemisfério Norte, o calor do verão e os longos dias de sol propiciam cenários perfeitos para caminhadas na natureza e festivais de rua. No Brasil, o Nordeste entra na baixa temporada, oferecendo praias com clima agradável e bons descontos em pacotes turísticos (além de ser opção tentadora para quem não quer gastar o caríssimo dólar lá fora).

    E há também o friozinho de Gramado embalado por um ótimo festival de cinema e a Colômbia, que deve ganhar projeção por causa de uma série que mostrará a vida, com atuação de Wagner Moura, do traficante Pablo Escobar.

    Abaixo, veja alguns dos mais interessantes destinos para explorar em agosto.  

    Trekking nórdico

    Divulgação/Visit Norway

    A Noruega é um país que, durante o inverno, enfrenta baixíssimas temperaturas. Mas, no verão, trata-se seguramente de um dos mais lindos lugares para viajar no mundo. As paisagens montanhosas do local, que oferecem vistas para fiordes e pitorescos vilarejos, são perfeitas para serem desbravadas em longas caminhadas sob as temperaturas cálidas (e os longos dias) do mês de agosto. Entre os melhores passeios outdoor do território norueguês estão a área de Trolltunga (que exibe uma rocha que se projeta para fora da montanha, 700 metros acima do lago Ringedalsvatnet), a Pulpit Rock (na foto, um pratô rochoso de 600 metros quadrados que fica acima do lindo fiorde Lysef) e o cume da montanha de Kjerag, onde o maior atrativo é subir em uma rocha presa entre as paredes de uma fenda, com um precipício vertiginoso de quase 1.000 metros de profundidade bem abaixo dela.

    Na cidade de Escobar

    Getty Images

    Em 28 de agosto, estreia no Netflix a série "Narcos", que contará a história de Pablo Escobar. Para o público brasileiro, um dos grandes atrativos da produção será a presença do diretor José Padilha atrás das câmeras, dirigindo alguns capítulos, e do ator Wagner Moura interpretando o traficante colombiano. A série pode ser um bom incentivo para visitas à cidade de Medellín, antigo quartel-general do império da cocaína comandado por Escobar e que, nos anos 1980, foi uma das metrópoles mais violentas do mundo. Hoje, porém, Medellín está em processo de recuperação e virou uma das cidades turísticas da moda na América do Sul, com excelentes centros culturais (como o Museu da Antioquia, com obras de Fernando Botero), igrejas imponentes (como a Basílica Metropolitana), baladas de salsa agitadíssimas e lindas paisagens proporcionadas pelas montanhas do Vale do Aburrá. É um destino imperdível para quem está viajando pela Colômbia ou fazendo mochilão pela América do Sul.

    Nordeste mais em conta

    Divulgação/Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas
    De acordo com o ministério do Turismo brasileiro, agosto marca o início da baixa temporada no Nordeste do país. Entre os destinos apontados pela entidade que podem oferecer preços mais baixos do que em outras épocas do ano estão Maceió (AL), Porto Seguro (BA), Natal (RN) e Porto de Galinhas (PE). Caso não dê tempo de realizar uma dessas viagens ainda em agosto, vale a pena usar o mês para planejar a jornada para alguns dos meses seguintes, de preferência setembro, outubro e novembro, quando, tirando os feriados, ainda existe menor movimentação turística e um custo mais baixo para o visitante. E, com o dólar nas alturas, ficar dentro do Brasil torna-se uma opção cada vez mais tentadora para o turista verde e amarelo. A CVC informa que viajar pelo Nordeste na baixa temporada deste ano está 30% mais barato do que na mesma época de 2014. 

    Deserto e cidades históricas

    Eduardo Vessoni/UOL

    Porém, não é só o Nordeste que fica mais em conta em agosto. Neste mês, lugares como Minas Gerais e Tocantins podem se tornar ainda mais atraentes para o viajante. Segundo o ministério do Turismo brasileiro, no território mineiro, cidades históricas como Ouro Preto, Tiradentes, Mariana e Congonhas também entram em clima de baixa temporada, possibilitando descontos em pousadas, passeios e pacotes turísticos. Já o Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins (na foto), está em período de seca, o que facilita o acesso a diversos dos atrativos do local. Mas, no Jalapão, os preços dos pacotes turísticos tendem a não mudar muito em relação à alta temporada. 

    Carnaval à inglesa

    Getty Images

    Tem Carnaval no meio do ano? A resposta é um sonoro "sim". No final deste mês será realizada na Inglaterra uma das mais maiores e mais animadas festas de rua da Europa (e a maior festa de rua da Grã-Bretanha), um evento imperdível para quem estiver na terra da rainha. Trata-se do Carnaval de Notting Hill, que ocorre entre os dias 30 e 31 de agosto no descolado bairro londrino de Notting Hill e que contará com desfiles à fantasia, música ao vivo e milhares de foliões extremamente animados. Um dos destaques do evento são os desfiles embalados por músicas e fantasias caribenhas. Também haverá diversos espaços servindo comida da região do Caribe, além de bebidas à base de rum. Um desfile realizado por crianças anima a festa. E prepare-se: os festejos começam logo de manhã. 

    Semana do Rei

    Getty Images

    Dia 16 de agosto é a data da morte de Elvis Presley, ocorrida no ano de 1977. Por conta disso, neste mês é realizada a "Elvis Week" (A Semana do Elvis), evento que reúne milhares de fãs do cantor na cidade de Memphis, no sul dos Estados Unidos.  O principal ponto de encontro é a famosa Graceland, a suntuosa residência onde Elvis morou e onde se encontra enterrado. Em Memphis ainda serão realizados, principalmente a partir do dia 7 de agosto, diversos shows musicais em homenagem ao "Rei do Rock", além da exibição de seus filmes e concursos entre seus sósias. Nesta semana também são feitos tours pela cidade natal do cantor: Tupelo, no estado do Mississippi. E, no dia 15 de agosto, uma vigília à luz de velas é levada a cabo dentro do terreno de Graceland, no ápice das homenagens a Elvis.

    Belezas do Canadá

    Heloísa Dall'Antonia/UOL

    A exemplo da Noruega, o Canadá é daqueles países com inverno rigoroso, mas que são donos de lindas paisagens. Se você gosta de desbravar belas cidades do primeiro mundo e ainda curtir paisagens naturais sob um clima agradável, agosto pode ser uma boa época para explorar o território canadense. Neste mês, o país ainda desfruta do calor do verão e oferece cenários ideais para tours em metrópoles como Toronto, Vancouver e Montreal. Após curtir o cenário urbano moderno e descolado de tais locais, vale a pena visitar destinos como as cataratas do Niágara (perto de Toronto) e a região que cerca a cidade de Banff, que oferece cartões-postais como o Lake Louise (na foto), com mais de 2,5 km de extensão, 90 metros de profundidade e cercado por lindas montanhas. 

    Arte em Nova York 

    Getty Images

    Com o calor do verão em agosto, a cidade de Nova York abriga diversos eventos em suas ruas e parques (muitos deles gratuitos). Trata-se de um mês perfeito para saborear toda a efervescência cultural da Big Apple. Até 23 de agosto, por exemplo, o Central Park sedia o festival "Free Shakespeare in the Park", com apresentações gratuitas de peças criadas pelo inglês William Shakespeare. Já o Lincoln Center abrigará espetáculos de teatro, dança e atividades para toda a família em seu amplo vão livre.  Em agosto, a metrópole também é palco para o festival musical "Summerstage", que promove shows em 16 parques nova-iorquinos.  Estão escalados para o evento estrelas do jazz (como Dr. Lonnie Smith, que toca no parque Marcus Garvey em 22 de agosto) e famosas bandas brasileiras, como os pernambucanos da Nação Zumbi, que se apresentam em um palco do Central Park, em um show gratuito, agora no dia 2 de agosto. 

    Arte na Europa

    Getty Images

    Eventos culturais interessantíssimos também serão realizados do outro lado do Atlântico em agosto. Neste mês, diversas cidades turísticas europeias aproveitam o calor do verão no Hemisfério Norte para transformar suas ruas e parques em cinemas e locais de shows ao ar livre. Em Paris, o parque La Villette sedia, até o dia 23 de agosto, o festival "Cinéma en Plein Air", com exibições gratuitas de filmes de diretores como Godard e os irmãos Coen. A cidade espanhola de Barcelona (na foto), por sua vez, também abriga um festival de cinema ao ar livre, batizado de "Cine Libre en la Playa": até o dia 16 de agosto, o evento é realizado às quintas e aos domingos na praia de Sant Sebastià, com exibições de filmes do mundo inteiro. Voltando a Paris, a capital francesa também oferece, até 16 de agosto, sua famosa "praia" às margens do rio Sena, onde o público pode curtir as paisagens da Cidade Luz a partir de espreguiçadeiras sobre a areia.   

    Cinema no Sul

    Getty Images


    Entre os dias 7 e 15 de agosto o Rio Grande do Sul sedia um dos mais importantes eventos culturais da América Latina: trata-se do Festival de Cinema de Gramado, que neste ano chega à sua 43ª edição. Durante essa semana, a cidade estará tomada por exibições de ótimos filmes (com longas e curtas-metragens brasileiros e estrangeiros) e outros eventos relacionados ao mundo da Sétima Arte. Os hotéis da cidade estarão provavelmente todos lotados, mas, caso você esteja em uma cidade do Rio Grande do Sul próxima a Gramado, vale a pena dar um pulo lá e curtir a atmosfera (e quem sabe alguns filmes) desse importante evento cultural. 

    http://viagem.uol.com.br/noticias/2015/08/03/veja-os-melhores-destinos-para-conhecer-no-mes-de-agosto.htm