quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Atacama.
Belezas naturais fazem do Atacama, extensa área desértica no Chile, um oásis impressionante.
 
Eduardo Vessoni/UOL
O pôr-do-sol na lagoa Tebenquiche é uma das atrações imperdíveis do Atacama Eduardo Vessoni/UOL
O norte do Chile é realmente um lugar de extremos. É a região mais árida do planeta, com o deserto de maior altitude localizado a 2.440 metros, onde as águas das chuvas não passam de 35 milímetros por ano e o solo impermeável lhe garante um aspecto comparado ao de Marte.
A extensa área desértica entre as águas frias do Pacífico e as monumentais cordilheiras dos Andes é o local onde o viajante que busca experiências singulares encontra refúgio sem ter que abrir mão de serviços básicos. Esse esconderijo se chama São Pedro de Atacama, pequeno povoado que serve como base para a exploração da região.
Esta cidade, que ainda guarda costumes dos povos pré-incaicos que deixaram marcas profundas em seu território, era apenas uma localidade escondida do norte do país que mal recebia visitantes estrangeiros. Hoje é um produto chileno consolidado no mercado turístico internacional ao lado de Torres del Paine e Ilha de Páscoa.

Mesmo com tanta fama, a cidade ainda preserva seu ritmo particular, que permite ao visitante um passeio, a passos lentos, por suas ruas estreitas de terra e casas de adobe com telhados de palha. O clima pacato só é quebrado por alguma festa típica do povoado, como o desfile de Santa Rosa em agosto, ou pelas músicas folclóricas tocadas nas peñas da Caracoles, a principal via de circulação.
O Atacama, que na língua cunza significa "cabeceira do país", é marcado historicamente por disputas e dominações anteriores à chegada dos espanhóis. No ano 400 d.C., a sociedade tiwanaku, proveniente do território onde hoje se encontra a Bolívia, impõe-se hierarquicamente sobre o povo atacamenho. O período seguinte (entre os anos 900 e 1450) foi marcado pelo rompimento com aquela civilização e pelos novos conflitos sociais internos. Foi nesse contexto que os incas dominaram a região do Atacama até que fossem dizimados com a chegada dos europeus, em 1535.
Há três formas de se conhecer a região: a tradicional, em que as agências oferecem o mais básico do Atacama como os Vales da Lua e da Morte, além dos gêiseres de El Tatio; o roteiro alternativo, em que as margens do deserto ganham novas dimensões em rotas pouco divulgadas com visitas a petroglifos, povoados de um só habitante e cânions em vales multicoloridos; e a terceira opção, que alia um pouco de cada um dos dois roteiros anteriores.
Seja qual for a escolha, uma imagem será inevitável: o Licancabur, imponente vulcão cônico de 5.916 metros de altura que separa o Chile e a Bolívia. Quanto mais longe se vai, mais se vê esse vulcão onipresente entre os recortes das rochas gigantes que cercam a região.
A montanha é local sagrado desde épocas anteriores à chegada dos colonizadores, quando ali se realizavam sacrifícios com animais. A prática foi proibida pelos espanhóis, mas o vulcão continua atraindo aventureiros até a lagoa que se localiza no seu cume, além de devotos que uma vez ao ano levam oferendas à Pacha Mama pelo que se conquistou naquele período.
É certo que a escalada de oito horas se dá pela Bolívia devido ao terreno ainda minado da época em que o Chile e a Argentina disputavam terras, mas para o Licancabur não existe fronteiras nem guerras. Por isso, ele segue soberano guardando a região. E ainda dizem que o oásis é pura ilusão. Não no deserto do Atacama.

http://viagem.uol.com.br/guia/chile/atacama/index.htm

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Brasil tem 12 dos 25 melhores museus da América do Sul, diz pesquisa.

Do UOL, em São Paulo
 
Renata Gama/UOL
O Instituto Ricardo Brennand ficou na primeira colocação da lista
O Instituto Ricardo Brennand ficou na primeira colocação da lista
O Brasil tem 12 dos 25 melhores museus da América do Sul, afirma uma pesquisa realizada pelo TripAdvisor, um dos principais sites de viagens da internet.
O levantamento se baseou na opinião de milhares de usuários do TripAdvisor que visitaram, e posteriormente avaliaram no site, tais centros culturais. 
No topo da lista dos melhores museus sul-americanos aparece o Instituto Ricardo Brennand, na cidade pernambucana de Recife. Em segundo lugar vem o Instituto Inhotim, em Minas Gerais. E o próximo museu a aparecer no ranking é o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, na quinta colocação. Cinco dos 25 melhores museus da América do Sul estão na capital paulista. 
Também figuram na lista os museus Oscar Niemeyer (em Curitiba), a Pinoteca do Estado de São Paulo e o Museu do Futebol (também em São Paulo). Veja a lista completa do TripAdvisor abaixo:
 
MELHORES MUSEUS DA AMÉRICA DO SUL
1º: Instituto Ricardo Brennand (Recife, Pernambuco)
2º: Instituto Inhotim (Brumadinho, Minas Gerais)
3º: Museu de Arte Latino-Americana (Buenos Aires, Argentina)
4º: Museu do Ouro (Bogotá, Colômbia)
5º: Museu da Língua Portuguesa (São Paulo, São Paulo)
6º: Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, Paraná)
7º: Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo, São Paulo)
8º: Museu Larco (Lima, Peru)
9º: Museu Botero (Bogotá, Colômbia)
10º: Museu do Futebol (São Paulo, São Paulo)
11º: Catavento Cultural e Educacional (São Paulo, São Paulo)
12º: Museu Imperial (Petrópolis, Rio de Janeiro)
13º: Museu de Arqueologia de Alta Montaña (Salta, Argentina)
14º: Museu da Memória e dos Direitos Humanos (Santiago, Chile)
15º: Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (Porto Alegre, Rio Grande do Sul)
16º: Museu Nacional de Belas Artes (Buenos Aires, Argentina)
17º: MASP (São Paulo, São Paulo)
18º: Museu Cais do Sertão (Recife, Pernambuco)
19º: Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro)
20º: Museu Chileno de Arte Pré-colombiana (Santiago, Chile)
21º: Museu de Colchagua (Santa Cruz, Chile)
22º: Museu Tumbas Reais do Senhor de Sipán (Lambayeque, Peru)
23º: La Capilla del Hombre (Quito, Equador)
24º: Museu Interativo Mirador (Santiago, Chile)
25º: Museu Nacional de Artes Decorativas (Buenos Aires, Argentina)

http://viagem.uol.com.br/noticias/2015/09/22/brasil-tem-12-dos-25-melhores-museus-da-america-do-sul-diz-pesquisa.htm

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Caldas Novas.
Para quem gosta de água, Caldas Novas e Rio Quente são os destinos ideais.

Agetur
Periquitos multicoloridos fazem parte da fauna do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (Pescan) Agetur
Não importa se a procura é por tranquilidade ou aventura, se é criança ou já está na terceira idade, para se divertir em Rio Quente e Caldas Novas só há um pré-requisito: gostar de água. Ela é a maior atração da região e não é à-toa, já que nasce com a agradável temperatura de 37,5°, além de ter propriedades terapêuticas e medicinais.
O médico dr. Ciro Palmerston percebeu o potencial daquelas águas e fundou em 1964 a Pousada do Rio Quente. Hoje o complexo conhecido como Rio Quente Resorts conta com seis hotéis, que juntos somam 1119 quartos, dois parques aquáticos (o Parque das Fontes e o Hot Park), seis toboáguas, 19 piscinas, e a Praia do Cerrado (com direito a areias e ondas de até 1,20 m). É o maior e mais visitado da região, com mais de um milhão de hóspedes por ano.
A 27km dali, Caldas Novas também bebe da mesma fonte. É difícil encontrar na cidade hotéis que não tenha sua própria piscina, escorregador e toboágua abastecidos pelas cálidas nascentes.
Juntas as duas cidades formam a maior estância hidrotermal do mundo, isso graças à proximidade do curso dos lençóis freáticos com as camadas internas da terra, que aquece e pressuriza a água. São aproximadamente 6.228.000 litros por hora, ou quase 150 milhões de litros de água quente por dia.
Com tanta água, a fome é questão de tempo. Não faltam opções para encher a barriga, seja ficando em um dos bares molhados na beira da piscina, ou nos restaurantes dos hotéis ou da bem estruturada cidade de Caldas Novas.
A vida fora d’água também envolve um passeio no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, criado em 1970 para proteger os valiosos mananciais que abriga. Pertinho do centro da cidade, abriga tucanos, pica-paus, o urubu-rei, siriemas, tatus e até o lobo-guará. Do mirante, na parte mais alta, há uma bela vista da cidade e seus parques termais, pra quem já ficou com saudade da água, trilhas sinalizadas levam a duas cachoeiras, mas dessa vez geladas.

http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/caldas-novas/

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dez dicas para fazer viagens tranquilas após os 60 anos de idade.

Do UOL, em São Paul

Viaje sem pressa: você pode e deve curtir um dia de sol na piscina do hotel
Viaje sem pressa: você pode e deve curtir um dia de sol na piscina do hotel
Os idosos brasileiros estão colocando o pé na estrada. Segundo o Ministério do Turismo, pessoas com mais de 60 anos de idade fizeram pelo menos 18 milhões de viagens no ano passado, o que representa um aumento de 11% nos últimos quatro anos.
Os gostos variam. As agências de turismo têm trabalhado com todo tipo de viagem para a terceira idade, entre roteiros culturais, ecológicos e de compras. Não existem restrições, mas é importante tomar alguns cuidados para que a viagem seja aproveitada ao máximo. Confira abaixo dez dicas para viajar sem maiores preocupações.

 

1 - Fuja das datas tumultuadas

Eby Piaskowy, diretora de Marketing da Queensberry Viagens, destaca uma grande vantagem de quem viaja após a aposentadoria: não ter que encarar datas como feriados e férias escolares. "Fora da alta temporada você consegue voos mais tranquilos, as cidades estão mais vazias, há menos filas em museus ou monumentos e os preços são melhores, tanto no transporte aéreo quanto no terrestre", diz ela. Então, vale a pena aproveitar!

 

2 - Faça um bom planejamento

Evite correrias e traslados longos e cansativos com um bom estudo do roteiro. "Nessa idade, não há mais aquela loucura de querer conhecer dez atrações no mesmo dia", diz Eby Piaskowy. O ideal é ficar em cada cidade tempo suficiente para desfrutá-la com calma. Para evitar desgastantes e cansativas trocas de hotel, uma boa alternativa é escolher um local como base e, a partir de lá, fazer pequenos passeios nas redondezas. Um agente de viagem poderá ajudar nessa tarefa.

 

3 - Escolha hotéis bem localizados

Reserve hotéis confortáveis não muito distantes dos principais pontos turísticos e centros comerciais. Para fazer a escolha, busque recomendações de quem já esteve lá. Comodidades como ar-condicionado, banheiro privativo e elevadores podem ser determinantes para o bom aproveitamento da viagem.

 

4 - Respeite seu ritmo

É natural que uma viagem torne os dias mais agitados e cansativos. Mas é preciso estar atento aos limites do corpo. O que não conseguir ver em um dia, deixe para o dia seguinte. Além disso, procure manter alguma regularidade nos horários de sono e refeições.

 

5 - Use roupas confortáveis

Comodidade é fundamental para garantir bem-estar na viagem. "Leve roupas e sapatos confortáveis, evite peças apertadas e dê preferência aos tênis. As mulheres devem evitar sapatos de salto", recomenda Gustavo Johanson, especialista do Ambulatório de Medicina do Viajante da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

 

6 - Previna-se de problemas circulatórios

Viagens com mais de seis horas de duração, sobretudo quando não há paradas (caso das viagens de avião, por exemplo) trazem maior risco para trombose venosa profunda, doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias. O geriatra Paulo Camiz, do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), recomenda movimentar as pernas ao longo da viagem. "Mesmo sentada, a pessoa pode ficar contraindo a panturrilha o máximo possível", explica. Outra medida relativamente simples, diz o médico, é usar meia elástica de média compressão. Pacientes com obesidade ou distúrbios de coagulação sanguínea poderão precisar de medicação anticoagulante para reduzir o risco da doença. Vale consultar um médico.

 

7 - Mantenha-se hidratado

Ande com uma garrafinha de água e vá tomando aos poucos ao longo do dia, sem esperar sentir sede. Segundo o médico Gustavo Johanson, em pessoas com mais de 60 anos de idade o mecanismo da sede não está tão ativo ou tão sensível quanto nos mais jovens. O risco é a desidratação, que pode causar queda de pressão arterial, problemas renais e até confusão mental.

 

8 - Cuidado com temperaturas extremas

"Pessoas com mais de 60 anos lidam mal com extremos de temperatura", alerta o geriatra Paulo Camiz. "Produzem menos calor e sentem menos frio também; então, só vão manifestar os sintomas quando a situação já estiver intensa", explica o médico. No frio, podem sofrer de hipotermia; no calor intenso, podem se desidratar. "Não espere ter o sintoma, antecipe-se a ele. Se sente que vai esfriar, proteja-se logo".

 

9 - Leve seus remédios

Carregue medicamentos de uso contínuo ou habitual, como remédios para hipertensão, diabetes, colesterol alto e problemas cardiológicos. Se for viajar de avião, o ideal é que os medicamentos sigam na bagagem de mão, junto com a prescrição médica. Se for alérgico - especialmente se tiver alguma alergia alimentar - é recomendável levar um antialérgico recomendado pelo médico. Aliás, antes de viajar, o ideal é fazer uma consulta médica preventiva.

 

10 - Faça um seguro de saúde

Se você vai viajar no Brasil e já tem convênio médico, só precisará checar se o seu plano tem abrangência nacional. Porém, se estiver indo para outro país, é importante adquirir um seguro saúde, pois as despesas médicas no exterior podem ser exorbitantes. 
 
http://viagem.uol.com.br/listas/dez-dicas-para-fazer-viagens-tranquilas-apos-os-60-anos-de-idade.htm

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Serra Gaúcha.
Com mesa farta e vinhos, Serra Gaúcha é para quem não tem medo da balança.

Caminhos do Sertão/Divulgação
O Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, conta também com roteiros de bicicletas pelos vinhedos da região Caminhos do Sertão/Divulgação
Independente de qual época for, um roteiro clássico pelas Serras Gaúchas provavelmente vai envolver vinhos, gastronomia farta trazida da Europa e excelente infraestrutura para receber visitantes de todas as regiões do Brasil.
Gramado e Canela têm maior infraestrutura de hotéis, pousadas, cafés e restaurantes, além de museus, parques e festivais que divertem famílias com crianças. Já Bento Gonçalves, localizada a 120km da capital, é o éden dos enófilos.
Aliás, sair passeando de vinícola em vinícola é quase que uma obrigação para quem visita essa que é considerada a maior região vinícola do Brasil, de onde saem cerca de 85% da produção nacional. E para cada estilo de enófilo, sempre vai ter uma opção de vinícola.
O passeio pelo Vale dos Vinhedos, por exemplo, oferece degustações nas vinícolas, cursos de degustação e passeios por construções centenárias, como os Caminhos de Pedra, que recupera a história da colonização do Brasil. A partir de 1875, foram demarcados 200 lotes de 48 hectares cada para as famílias de imigrantes italianos.
Por estes (e outros bons) motivos é bom se preparar para uma deliciosa (e calórica) maratona de pratos típicos e quitutes. Um dos clássicos da região é o café colonial, uma sequência sem fim de pães, polentas, geleias, mel, embutidos, queijos, morcelas, salgados como empadas, pastéis e bolinhos.
Cansou? Agora são os doces: bolo, cucas, trouxas de maçã, pudim, ambrosia, mousses...
A comilança acontece também nos vinhedos dos arredores de Bento Gonçalves com experiências inusitadas como café da manhã ou almoço servidos em edredons sob videiras, colheita noturna de uvas, durante o período da vindima; e até roteiros para amantes do cicloturismo, em que viajantes visitam vinhedos a bordo 
de bicicletas. 

http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/serra-gaucha/

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Esqueça descida de barril: cataratas do Niágara têm cassino, vinícolas e mais.

Duda Leite
Colaboração para o UOL, de Toronto (Canadá)* 


A força da natureza impressiona e atrai o homem desde sempre. E as famosas e icônicas cataratas do Niágara são um dos melhores exemplos desse fenômeno. Localizadas entre a província de Ontário, no Canadá, e o estado de Nova York, nos Estados Unidos, elas são a maior queda d’água da América do Norte. 

   
Getty Images
A vista mais bela e mais disputada das cataratas fica no lado canadense
Apesar de relativamente baixas (estão no 50º lugar entre as quedas d’água mais altas do mundo), formam um dos principais cartões postais do Canadá e viraram "cult" graças as suas referências na cultura pop.
Quem não se lembra da cena onde o Pica Pau tentava se jogar em um barril pelas cataratas do Niágara? (Nem tente reproduzir a travessura: assim como no desenho, descer a queda d’água em um barril é totalmente proibido e pode colocar sua vida em risco).  



Outra referência pop é o filme "Torrente de Paixão" ("Niagara", no título original, de 1953), dirigido por 
Henry Hathaway e estrelado por Marilyn Monroe e Joseph Cotten. No filme, Marilyn está mais sexy do que nunca, mas transforma sua lua de mel em um inferno, graças a sua volúpia sexual. Apesar dessa "propaganda negativa", as cataratas do Niágara são até hoje um destino popular para os recém-casados.
Nas artes plásticas, as cataratas foram o tema do trabalho da artista Zoe Leonard, "You See I am Here After All", exposto em 2008 no respeitado museu Dia:Beacon, em Nova York. A obra consistia em quatro mil cartões postais vintage, com fotos das famosas quedas d'água. 
 
Duda Leite/UOL
Na vinícola Inniskillin é possível relaxar depois de provar os famosos vinhos gelados
Por sua proximidade com a cidade de Toronto (a viagem dura entre 1h30 e 2h de carro, dependendo do trânsito), pode ser uma ótima opção para uma viagem de um dia. É possível sair de manhã, passear pelas cataratas, conhecer a simpática cidade de Niagara on the Lake e visitar uma das várias vinícolas da região, especializadas nos "Ice Wines": vinhos feitos com uvas congeladas.
Na Inniskillin Winery é possível fazer uma degustação da bebida típica local. Os "ice wines" são bastante doces e podem agradar alguns paladares como vinhos de sobremesa. O solo rico em calcário e o clima são perfeitos para o cultivo das uvas na região.

 
Duda Leite/UOL
Os "ice wine", famosos na região, também existem na versão espumante
Com seus galpões inspirados na estética do arquiteto de Frank Lloyd Wright, passear pela vinícola de Inniskillin é uma experiência bem agradável e instrutiva sobre o delicado processo de produção dos vinhos.
 
Para os mais aventureiros, existe a possibilidade de fazer um belíssimo e emocionante voo de helicóptero sobrevoando as cataratas. A vista do alto é deslumbrante, principalmente para quem senta na frente, onde parte do chão é transparente. O passeio, relativamente rápido (dura 12 minutos), é cheio de emoção.
 
Duda Leite/UOL
Não é foto do Google Earth: dentro do helicóptero há um chão transparente
Os voos saem diariamente a partir das 9h da manhã, desde que o clima esteja favorável. Em um dia claro, é possível enxergar até a cidade de Toronto, ao norte, e as margens do Lago Erie, na divisa com Nova York, ao sul. Os helicópteros acomodam até seis passageiros e um piloto. Mais informações: www.niagarahelicopters.com
 
Divulgação
O primeiro Maiden of the Mist, em 1846
Quer ver as cataratas por um outro ângulo? Uma boa opção é o "Maid of The Mist": um pequeno barco que, desde 1846, atravessa o véu de bruma das quedas d'água entre os meses de abril e outubro. O passeio é barulhento, todos ficam molhados, mas é bem divertido. É o mais próximo que você pode chegar do passeio de barril! Mais informações: www.maidofthemist.com

 
Duda Leite/UOL
O downtown de Niágara não é tão belo quanto as cataratas, mas é pitoresco
Recentemente a cidade de Niágara sofreu uma transformação: foi invadida por cassinos, motéis, casas de strip-tease e armadilhas para turistas em geral, o que lhe tornou a cidade um pouco parecida com Las Vegas. Mas, apesar de certa "cafonice", ainda é um destino bastante pitoresco e único. É só não tentar pular de barril, que tudo ficará bem! 

*O jornalista viajou a convite da TAM Linhas Aéreas.
http://viagem.uol.com.br/guia/canada/toronto/roteiros/esqueca-descida-de-barril-cataratas-do-niagara-tem-cassino-e-vinicolas/index.htm

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Conheça seis paradas obrigatórias para comer bem em Maceió.

Camila Fróis e Fernando Angeoletto
Colaboração para o UOL, de Maceió*
 


O dadinho de tapioca com queijo coalho na nata e bacon crocante do Restaurante Carne de Sol do Picuí não poderia abrir melhor um tour gastronômico pela capital alagoana. Em 2015, a cidade completa dois séculos de história. É a mais jovem do Nordeste, mas já ostenta tradições culinárias que merecem ser degustadas sem pressa em menus que te levam do mar ao sertão entre a entrada e a sobremesa.
Por trás do cobiçado cardápio do Picuí, por exemplo, está um acervo de seletos ingredientes regionais que ganharam a leveza da nova cozinha nordestina, sem perder a personalidade.
Nascido no semiárido nordestino, o premiado chef da casa, Wanderson Medeiros, já acumulava aos 8 anos os cargos de vendedor de picolé, depenador de frango e confeiteiro assistente da banqueteira mais famosa de Picuí, sua terra natal. Hoje, ele circula pelos principais eventos gastronômicos do Brasil e do mundo, como o Madrid Fusion, como uma espécie de embaixador do Nordeste. Na mala, não faltam a carne seca, a manteiga de garrafa, a pimenta rosa, o leite de coco, o coentro, a castanha de caju, o mel dos engenhos alagoanos, os queijos artesanais, entre outras iguarias que atestam suas inegáveis influências interioranas.
Nos pratos de Wanderson, estes ingredientes ganham uma estética apurada, em porções menores, mais elaboradas e muito aromáticas. Uma prova? Teste o queijo coalho dourado, coberto com tomate seco e manjericão e flambado à mesa com licor de laranja - só para abrir o apetite.

 
Wesley Menegari/Semptur
As tradicionais jangadas ainda são utilizadas na pesca artesnal em Maceió
Em Maceió, essa cozinha sertaneja reinventada - embora ainda marcada pelo clássico sabor da macaxeira e das carnes curadas - se encontra com o frescor dos ceviches do Wanchaco, primeiro restaurante peruano do País, e com o surrealismo do SUR, casa que mistura gastronomia e arte na cozinha contemporânea.
 
Intercâmbio gastronômico
Com o frescor da gastronomia alagoana, vem também um crescente intercâmbio cultural, já que, além da chegada de alguns cozinheiros gringos no estado, nos últimos anos, outros chefs maceioenses se formaram em universidades conceituadas da Europa, viajaram por diferentes destinos gourmet do mundo e voltaram trazendo a tiracolo influência mediterrânea, métodos franceses e muita criatividade.

Apensar das técnicas internacionais, em geral, as matérias-primas destes restaurantes são fornecidas por comunidades locais como o Pontal da Barra, um pitoresco bairro de rendeiras e pescadores, à beira da Lagoa do Mundaú. Exibindo o pôr do sol mais cênico de Maceió, o point merece uma visita com direito a degustação dos diversos frutos da lagoa, como sururus e massunins, em caldinhos regados a muito leite de coco.
Além dos rústicos botecos à beira da lagoa, o UOL Viagem reuniu seis paradas obrigatórias para quem quer desfrutar dos prazeres da mesa na capital alogoana. Confira abaixo as sugestões.

 
Divulgação/Akuaba
Polvo ao vinagrete, criação do restaurante Akuaba
Akuaba
O cartão de visita da casa é a apimentada gastronomia afro-baiana, apresentada com traços requintados no espaço gourmet Vera Moreira. Nele, o filho da dona Vera, o chef baiano Jonas Moreira, formado pela francesa Paul Bocuse, investe em tradições nordestinas e na cozinha litorânea, com destaque para as exclusivas ostras depuradas de Coruripe.
Entre os pratos "afro", o calulu é imperdível: camarões grandes cozidos com rodelas de quiabo e camarão defumado, temperado com azeite de dendê, castanha de caju, amendoim, cebola e gengibre. A combinação que faz referência ao tradicional recheio do acarajé prova que, além de extremamente saborosa, a culinária baiana pode ser um tanto quanto sofisticada.
ONDE: Av. Álvaro Calheiros, 6, Mangabeiras www.akuaba.com.br

 
Felipe Brasil/Divulgação SUR
O Romeu e Julieta do restaurante SUR
SUR
A inventividade dos chefs Felipe Lacet e Sérgio Jucá e sua "cozinha alagoana criativa" não tem limites. Os amigos, que descobriram a paixão pelas panelas na Espanha, voltaram à terra natal com muita disposição para revolucionar alguns conceitos da culinária nordestina. Hoje, a proposta principal da casa é conferir um estilo contemporâneo às receitas regionais, que às vezes ganham uma estética quase surrealista.
Entre as divertidas criações do menu degustação está a tapioquinha de bacalhau. Apresentada na forma de rolinho em fatias, é recheada com creme de bacalhau e tintas comestíveis de pimentão vermelho e amarelo, azeitonas roxas, azeite alioli e ervas. As cores intensas são inspiradas na obra do artista plástico alagoano Delson Uchoa. Outra brincadeira dos chefs artistas com quitutes populares resultou no cachorro-quente de lagosta, que também é um sucesso da casa. Acompanha mostarda dijon, queijo prima donna e macaxeira-palha.
ONDE: Rua Professora Maria Esther da Costa Barros, 306, Jatiúca www.surartegastronomica.com.br

 
Divulgação/Wanchako
Peixe curtido no limão do Wanchako
Wanchako
Dividido em vários ambientes à meia luz, o Wanchaco (tradução de Pueblo Libre) é certamente o espaço gastronômico mais original e um dos mais aconchegantes da capital alagoana. Nas paredes, as cortinas, cerâmicas e máscaras incas remetem à paixão da chef Simone Bert pela terra ancestral do marido e sócio, José Luiz.
Considerada uma veterana da alta gastronomia em Alagoas, ela abriu o primeiro restaurante peruano do País há quase duas décadas - em uma época em que no Brasil mal se sabia o que significava ceviche e a culinária dos hermanos estava longe do frenesi que vive nos últimos anos.
Hoje a casa é cobiçada não apenas pelo design arrojado e a alegria envolvente dos anfitriões, mas também pelas combinações delicadas e cheias de personalidade do menu. Além dos clássicos ceviches, temperados com muito aji, Simone investe também em variações da cozinha Nikkei, que mescla as tradições peruanas e japonesas, e se vale ainda de adaptações com ingredientes regionais.
Uma opção interessante para conferir essas influências é a lula recheada com arroz de shitaki acompanhada de filé de peixe em salsa levemente picante. O arroz de polvo também é bastante apreciado.
ONDE: R. São Francisco de Assis, 93, Jatiúca www.wanchako.com.br

 
Divulgação/Picuí
Tapioquinhas de carne seca com queijo coalho e bacon do Picuí
Picuí
Quando assumiu o comando do restaurante da família em Alagoas, o chef Wanderson Medeiros foi aos poucos apurando as técnicas que aprendeu com o bisavô, produtor de carne de sol, e a avó, quituteira. O resultado: Wanderson acabou surpreendendo os paladares mais exigentes.
Uma receita clássica que faz jus à fama sertaneja da casa é a carne de sol puxada na manteiga de garrafa, servida na abóbora com molho cremoso de queijo coalho. Para quem não abre mão dos sabores do mar, há várias opções litorâneas, como o siri perfumado (siri de coral refogado, com pimenta, leite e água de coco, servido com purê de batata-doce, aromatizado com hortelã).
Para a sobremesa, a sugestão do chef é o exclusivo sorvete de rapadura. O Picuí é único restaurante de Maceió localizado no bairro histórico do Jaraguá, que preserva um interessante casario secular.
ONDE: Avenida da Paz, 1140, Jaraguá www.picui.com.br

 
Nide Lins/Divulgação Alphazema 
O cordeiro braseado do restaurante Alphazema
Alphazema
Dedicado aos sabores do Mediterrâneo, um dos mais jovens restaurantes da capital oferece algumas variações interessantes à gastronomia regional, com saladas elaboradas, entradinhas saudáveis e os cobiçados pratos à base de cordeiro.

Em uma das opções, a carne passa por oito horas de cozimento no vinho e é acompanhada de cuscuz marroquino, legumes e a manteiga de ervas. O prato é uma das criações do chef Pablo Carvalho (formado pela francesa Le Cordon Bleu), que também investe em azeites aromatizados e interessantes refogados de legumes como acompanhamento para conferir mais elegância às criações. Também surpreendem os pratos com frutos do mar, como o conchiglione com recheio de siri ao molho de tomate e páprica.
As porções são bem servidas e o couvert é por conta da casa: focaccia com shot de gaspacho. A dica, porém, é conter a empolgação nas primeiras etapas, porque a sobremesa é um dos pontos fortes. A dúvida vai ser escolher entre o tiramisu, o brownie e o petit gateau com recheio supercremoso. As opções também são servidas na acolhedora cafeteria do restaurante.
ONDE: Rua José Luiz Calazans, 31, Jatiúca


João Schwartz/Divulgação Divina Gula
A costela na brasa do restaurante Divina Gula
Divina Gula 
Com um jardim aconchegante e amplo, o Divina é uma ótima pedida para escapar do burburinho cercado por muito verde e acompanhado de uma boa dose de cachaça artesanal de entrada. Inaugurado ainda na década de 80, homenageia a terra natal do casal de mineiros que comandam o restaurante, André e Cláudia Generoso.
 
O clima de fazenda está nos detalhes impecáveis dos utensílios, artesanatos e cantinhos bastante charmosos, como o da coleção de cachaças. Como não poderia deixar de ser, o menu também faz jus às origens da dupla. Um destaque é a costela de boi desfiada e confitada na manteiga de garrafa, refogada com ora-pro-nobis, servida sob uma polenta mole feita com fubá de moinho de pedra e acompanhada de queijo meia cura. As comidinhas clássicas também fazem sucesso: tutu mineiro, frango com quiabo, torresmo, feijão tropeiro, angu e jiló na chapa. 
 
ONDE:Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85, Jatiúca www.divinagula.com.br
 
http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/maceio/roteiros/seis-paradas-obrigatorias-para-comer-bem-em-maceio/index.htm

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Florianópolis, SC: o que fazer, o que visitar, o que comer.

Fora da temporada de verão, capital catarinense tem ritmo mais tranquilo.
Inverno é ideal para fazer trilhas, passeios de barco e comer frutos do mar.


Mariana Faraco Do G1 SC

Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, vista da região do Forte Santana (Foto: Mariana de Ávila/G1)
Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, vista da região do Forte Santana (Foto: Mariana de Ávila/G1)
À primeira vista, pode parecer um desperdício deixar de visitar Florianópolis no verão. Afinal, é quando o calor dá o ar da graça nas 43 praias e, em se tratando de uma ilha, dificilmente um turista desejará “escapar” desse programa.

Mas visitar a capital catarinense no inverno é conhecer uma cidade de atrativos que vão além da previsão do tempo. São museus, casarios históricos, frutos do mar para se fartar, mais de 30 trilhas e um sem-fim de paisagens para encher o álbum de fotos e a memória. Com o sol bem menos impiedoso, basta se proteger do famoso vento “suli” e descobrir a ilha em sua versão mais autêntica, sem tantos turistas por perto.
Considerando os atrativos e as características dessa época do ano, o G1 preparou um roteiro de até cinco dias na cidade, com tudo o que não se pode perder ao visitar a ilha. E, caso fique aquela sensação de “quero mais”, sempre haverá o verão. Confira as dicas:
 
DIA 1
Para aplacar logo a ânsia de ver o mar, comer um bom camarão e conhecer um pouco da cultura local, que tal unir todos esses programas em um só? Pegue a SC-401 e rume para o Norte, em direção a Santo Antônio de Lisboa, a 15 km do Centro.


Igreja de Santo Antônio de Lisboa foi erguida no século XVIII (Foto: Mariana Faraco/G1)
Igreja de Santo Antônio de Lisboa foi erguida no século XVIII (Foto: Mariana Faraco/G1)
A primeira parada é na singela igreja de Nossa Senhora das Necessidades, de frente para o mar da Baía Norte. Cheia de detalhes do período Barroco, foi construída em meados do século XVIII e é tombada pelo município e pelo estado.
O povoado é o mais antigo de Desterro, como era chamada a Ilha de Santa Catarina.
Vale passear sem pressa pelas ruas de Santo Antônio de Lisboa e apreciar as lojinhas de artesanato local – é possível encontrar rendeiras trançando as mãos com habilidade, mantendo viva uma tradição que passa de mãe para filha.

Santo Antônio de Lisboa (Foto: Márcia Callegaro/G1)
Vista do mar de Santo Antônio de Lisboa (Foto: Márcia Callegaro/G1)
O mar de baía não convida a mergulhos, mas em compensação a vista é privilegiada: ao longe é possível ver a ponte Hercílio Luz (e você vai ficar ainda mais curioso para conhecê-la  de perto). Mas a ordem é relaxar. Depois de uma caminhada pela praça e pela orla, vale parar em um dos restaurantes que ficam de frente para a baía e se deliciar com os frutos do mar fresquinhos, muitos deles pescados ali mesmo.

Largo da Alfândega, com o Mercado Público ao fundo: ideal para esperar a hora do rush passar (Foto: Santur/Divulgação)
Largo da Alfândega, com o Mercado Público ao fundo:
pausa na hora do rush (Foto: Santur/Divulgação)
Depois do almoço, percorrer a pé o Centro da capital é uma boa pedida. Vale conhecer a “velha figueira” da Praça XV, transplantada para o local em 1891 - e que dá nome ao Figueirense, um dos principais times da cidade. Fica em frente ao largo da Catedral Metropolitana. Dali, vá conhecer o Palácio Rosado, que abriga o museu Cruz e Souza. Erguido entre 1750 e 1765, o local foi residência dos governadores até 1954.
Mas não se atrase: é bom reservar um tempo para conhecer o Forte Santana, onde funciona o Museu de Armas Major Lara Ribas, aberto de terça a domingo das 9 às 17h, com entrada gratuita. Fica bem perto da Ponte Hercílio Luz, onde o pôr do sol rende belas fotos. Há anos a ponte está fechada para visitação. Atualmente, passa por uma reforma.
Fotos garantidas, rume em direção ao Largo da Alfândega: o Mercado Público de Florianópolis é um clássico para a happy hour. É o tempo de aguardar a hora do rush passar (sim, Floripa tem um trânsito intenso no fim de tarde em direção ao continente) para então cruzar a ponte Colombo Sales rumo ao bairro de Coqueiros, que desponta como nova rota gastronômica da cidade.
 
DIA 2
Reserve o dia para curtir as belezas da região da Lagoa da Conceição e das praias do Leste da ilha – as preferidas dos surfistas. As dunas da Praia da Joaquina são ideais para a prática de sandboard, ou surfe na areia. A Praia Mole também merece uma visita – é possível tirar belas fotos no mirante que fica no caminho para a Barra da Lagoa.


Dunas na Lagoa da Conceição e Joaquina são procuradas para a prática  (Foto: Valéria Martins/G1)
Dunas na Lagoa da Conceição e Joaquina são procuradas para sandboard (Foto: Valéria Martins/G1)
Antes que a fome comece a bater, contorne a Lagoa da Conceição por baixo e rume para o Canto dos Araçás, que fica ao final da Rua João Henrique Gonçalves: você estará no início da Trilha da Costa da Lagoa, acessível só pela mata ou pelo mar. O caminho demora cerca de duas horas para ser percorrido, mas o trajeto pela Mata Atlântica é bem sinalizado e cheio de atrações – há cachoeira, um antigo engenho de farinha, além de aves e até macaquinhos que habitam a região.

Pela Mata Atlântica, trilha para a isolada Costa da Lagoa tem cachoeira  (Foto: Márcia Callegaro/G1)
Pela Mata Atlântica, trilha para a isolada Costa da
Lagoa tem cachoeira (Foto: Márcia Callegaro/G1)
Ao final da trilha, você encontrará um lugar pitoresco, onde a gastronomia local é o grande destaque. Ali você poderá degustar a famosa sequência de camarão (a iguaria é servida de de diversas formas: à milanesa, à dorê, ao alho e óleo...) ou uma anchova assada na brasa.
Para voltar, é possível pegar um barquinho de volta para o “centrinho” da Lagoa. A passagem custa R$ 7,50.
Se estiver no pique, volte para a Barra da Lagoa e conheça o Projeto Tamar, dedicado à preservação das tartarugas marinhas. À noitinha, a Lagoa da Conceição dá lugar a uma vida noturna intensa – o "centrinho" da Lagoa e a Avenida das Rendeiras são repletos de bares, restaurantes e casas noturnas.
 
DIA 3
Uma maneira de conhecer melhor a história catarinense sem perder o mar de vista é contratar um passeio de escuna, que passa por ilhas e fortalezas da região. Em julho, elas continuam operando, com exceção das segundas e quartas-feiras. Há saídas do centro, ao lado da Ponte Hercílio Luz, e de Canasvieiras, no Norte, ao lado do trapiche, mais à direita da praia, onde funciona uma associação que reúne as empresas locais.


Escunas fazem passeios até a fortaleza da Ilha de Anhatomirim, erguida no século XVII (Foto: Thiago Tavares/Divulgação)
Escunas levam até fortaleza da Ilha de Anhatomirim, erguida no século XVII (Foto: Thiago Tavares/Divulgação)
Se decidir partir de Canasvieiras, é recomendável adquirir o ingresso com antecedência, na própria associação ou nos quiosques das empresas, pois só parte um barco por dia, com até 150 pessoas. O passeio custa R$ 70 e leva cinco horas, com saída às 11h e retorno às 16h. A escuna costeia a orla de Canasvieiras, Jurerê e Daniela, com visão panorâmica do Forte de São José da Ponta Grossa. O barco faz uma parada na Fortaleza de Anhatomirim, principal fortificação do antigo sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina, erguida a partir de 1739 pelos portugueses para proteger a região de ataques, principalmente de espanhóis.
Para visitar a Ilha de Anhatomirim é preciso pagar uma taxa de R$ 8 para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Os passeios costumam dar a opção de almoçar (R$ 25 por pessoa) em Governador Celso Ramos, mas também é possível levar o próprio lanche. Com sorte, é possível avisar golfinhos durante o passeio pela baía que leva o nome deles. E os mais corajosos podem cair na água na Ilha do Francês.

Abertura da temporada de verão na Posh foi na terça-feira (25)  (Foto: Felipe Carneiro/Divulgação)
Badalada, Jurerê Internacional tem festas e shows
o ano todo(Foto: Felipe Carneiro/Divulgação)
De volta ao trapiche de Canasvieiras, que tal dar uma volta pelas ruas do bairro? Com forte vocação turística, a região é um reduto de argentinos na ilha – não se assuste se encontrar placas em castelhano. A praia é repleta de restaurantes – com churrascarias que oferecem legítimos bifes de “chorizo” e “asados”.
Outra opção é seguir para a vizinha mais badalada, Jurerê Internacional, onde é possível tomar um banho de mar delicioso – mesmo no inverno, se for um dia de sol. Os clubes de praia abrem aos fins de semana e há uma uma intensa programação de shows e festas, o ano todo.
 
DIA 4
Inaugurada em 2014, a trilha ecológica do Parque Estadual do Rio Vermelho é uma boa opção para começar o dia em contato com a natureza. Ele pode ser acessado pela SC-403, que corre pela direita a Lagoa da Conceição.


Praia da Lagoinha, no Norte da de Florianópolis, tem pesca artesanal de tainha (Foto: Mariana Faraco/G1)
Praia da Lagoinha, no Norte de Florianópolis, tem pesca artesanal de tainha (Foto: Mariana Faraco/G1)
A trilha fica aberta de terça a domingo (inclusive em feriados), das 10h às 17h. O passeio é gratuito e acompanhado por um guia do parque, que leva grupos de visitantes por um caminho com grau zero de dificuldade: ele é totalmente acessível a cadeirantes e carrinhos de bebê, e tem até banquinhos para descansar durante as explicações.

Macaquinhos podem ser vistos na trilha do Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis (Foto: Mariana Faraco/G1)
Macaquinhos podem ser vistos na trilha do Parque
Estadual do Rio Vermelho (Foto: Mariana Faraco/G1)
É possível ver espécies como macacos, tartarugas, araras – muitas delas vítimas de maus tratos ou de tráfico. A trilha guiada pode ser percorrida em menos de uma hora – há um local destinado para fazer piquenique, ao final. Mas traga seu lanche!
Bem perto do parque fica a entrada para a desértica praia de Moçambique, a mais extensa da ilha, com mais de 7 km. Siga para o Norte e vá até o mirante da Praia Brava, com uma vista privilegiada para a orla, cujos condomínios são bem badalados -  o ex-tenista Gustavo Kuerten, por exemplo, costuma ser visto por lá.
Se quiser passar o resto da tarde relaxando, vá até a vizinha e pacata Lagoinha de Ponta das Canas, uma praia tranquila, de cerca de 1 km de extensão, reduto de pescadores. Com sorte, você pode chegar bem na hora em que eles estiverem “cercando” um cardume de tainhas – peixe típico do inverno em Santa Catarina.
Com rapidez, um grupo pula num barquinho de madeira, enquanto os outros ajudam a puxar a rede. Se não for dia de “arrasto”, é o caso de se sentar em um dos dois ou três restaurantes pé na areia que abrem em dias de tempo bom e deixar o tempo passar sem pressa.
Ainda no Norte, a Praia de Cachoeira do Bom Jesus concentra boas opções para comer à noite.
 
DIA 5
O último dia é destinado para o Sul da ilha, a parte mais bucólica de Florianópolis, que respira a cultura dos colonizadores açorianos. E que tal conhecer a região de bike? Há opções de passeios para outras partes da ilha, mas um dos mais conhecidos é o tour que passa pelo Sul da Ilha. Os passeios duram cerca de 5 horas e custam, em média, R$ 69, incluídos o aluguel da bicicleta, o capacete e o acompanhamento de um guia.


Praia do Morro das Pedras (com Armação) é considerada uma das mais bonitas de Florianópolis (Foto: Carolina Lopes/G1)
Praia do Morro das Pedras (com Armação) é considerada uma das mais bonitas de Florianópolis (Foto: Carolina Lopes/G1)
É importante verificar se o passeio inclui um carro de apoio, para o caso de alguém ficar cansado. Há a opção de solicitar uma bicicleta elétrica, que não exige tanto esforço físico. O reteiro pelo Sul da ilha costuma incluir uma visita às praias do Campeche e do Morro das Pedras, com visita a um mirante. O trajeto inclui também uma parada na Lagoa do Peri, onde funciona o Projeto Lontra. Nas cinco horas de passeio, dá tempo ainda de almoçar na Praia da Armação e esticar para a Praia do Matadeiro, acessível por trilha.

Fazer trilhas de bike é opção para conhecer Florianópolis (Foto: Michael Ojo/Divulgação)
Fazer trilhas de bike é opção para conhecer
Florianópolis (Foto: Michael Ojo/Divulgação)
Se bicicleta for muita aventura para você, um roteiro que inclua a Praia do Campeche e o Morro das Pedras já será um passeio de encher os olhos. Se sobrar tempo, siga ainda mais para o Sul e conheça a pacata Praia do Pântano do Sul, onde é possível degustar uma tainha pescada na hora.
Mas não vá embora de Florianópolis sem conhecer a região mais “manézinha” de Florianópolis, o Ribeirão da Ilha, também no Sul, mas voltada para o continente. Na chamada Freguesia, uma pracinha à beira-mar convida a relaxar e curtir o pôr do sol. E, se for um apreciador de ostras, saiba que está num dos principais pontos de maior cultivo da ilha – que responde por 85% da produção nacional.

Sol deve predominar em todas as regiões catarinenses neste sábado (Foto: Valéria Martins/G1)
Sol Bucólico Ribeirão da Ilha é ideal para comer ostras apreciando o pôr do sol (Foto: Valéria Martins/G1)
Há roteiros guiados que levam até as fazendas de ostras, com degustação ao final. A região, repleta de casarios açorianos, também tem bons restaurantes que servem a iguaria, entre outros frutos do mar.

DICAS DO G1
- Se você pretente chegar a Florianópolis de avião ou ônibus, considere a possibilidade de alugar um carro. As distâncias são longas, mesmo na mesma região da ilha, e fora das áreas centrais é muito raro encontrar um táxi. Em algumas regiões os horários de ônibus são espaçados, e quase sempre é preciso esperar pela baldeação em terminais regionais.

- Prepare a mala para todas as estações. Nessa época do ano não é difícil  que as temperaturas fiquem abaixo dos 10°C à noite e no amanhecer, mas há dias em que os termômetros podem chegar a 28°C à tarde.

- Apesar de ser relativamente segura em relação a outras capitais, não descuide de seus pertences pessoais e evite andar à noite em áreas mais isoladas da região central.
 
VALE EXPERIMENTAR 
- Sequência de camarão na Costa da Lagoa
- Ostras e berbigões no Ribeirão da Ilha e em Santo Antônio de Lisboa
- Doces portugueses no Ribeirão da Ilha

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/07/florianopolis-sc-o-que-fazer-o-que-visitar-o-que-comer.html