Além de belo mar azul, Jamaica tem rios e cascatas de filme de James Bond.
Baz Dreisinger
New York Times Syndicate
Sol, areia e mar: uma receita atemporal, ao alcance de qualquer um no Caribe. Tudo bem, mas sol, areia, mar… e cidade? Se quiser aproveitar essa opção, visite então a Jamaica. Claro que essa ilha resplandecente possui áreas de resorts, onde é possível passar o tempo inteiro vadiando na praia; mas tem também Kingston, uma metrópole injustamente subestimada e malcompreendida. Sim, há favelas, há criminalidade, mas há também uma cultura cosmopolita, uma vida noturna vibrante, um cenário musical emergente e uma infinidade de deleites urbanos. Com uma nova companhia aérea (Fly Jamaica), um Marriott de 130 quartos em construção na capital, lounges descolados em ambos os aeroportos internacionais (Club Kingston e Club Mobay, decorados com as cores da bandeira nacional) e restaurantes pipocando por todo o país, a hora é ideal para explorar a ilha seguindo o mantra do Ministério do Turismo, inspirado no eterno Bob Marley: venha para a Jamaica e se sinta bem.
Sexta
13h - No ritmo de Bolt
Depois de desembarcar em Kingston, faça uma homenagem ao jamaicano mais querido - não o que canta, o que corre. O Tracks & Records de Usain Bolt é um restaurante, sports bar (com mais de 45 TVs, incluindo uma de 20 polegadas) e templo ultradescolado ao homem mais rápido da face da Terra, inclusive com produtos da marca Bolt à venda. No cardápio, uma mistura de pratos jamaicanos clássicos, como peixe assado e a sopa de ervilha vermelha viscosa, e adaptações bacanas como quesadillas de frango "jerk" e a "salada jam Asian Cobb". Um almoço sai por 1.200 dólares jamaicanos ou US$ 11,40 (com o dólar valendo 105 JMD) - praticamente todo o comércio da Jamaica aceita as duas moedas; podem até cobrar o valor em uma ou outra, mas recebem ambas. Fique de olho na série de apresentações mensais "Behind the Screen" de grandes artistas do reggae, sempre acústicas.
15h - Reggae & Rastafarianismo
Kingston é a meca do R & R, ou seja, Reggae & Rastafarianismo, dois dos maiores movimentos culturais do Caribe. Faça um curso relâmpago de imersão sobre os dois, e também da história, da flora e das artes locais nos museus que formam o Instituto da Jamaica, no centro histórico da capital, quase à beira-mar. Há a Galeria Nacional, que mescla a arte clássica jamaicana com exposições de vanguarda; o Museu de História Natural; o Museu de Música da Jamaica e o Liberty Hall, que homenageia o pioneiro Marcus Garvey na sede original de sua Universal Negro Improvement Association (ingresso a US$5 para adultos).
18h - Coquetéis ao pôr-do-sol
Surpreso com a beleza da selva de pedra de Kingston? Fique ainda mais ao apreciar o sol se pôr sobre as majestosas Montanhas Azuis bebericando um martíni no Sky Terrace, na cobertura do chiquérrimo Hotel Spanish Court. No estilo SoHo-style, com 107 quartos, foi o primeiro inaugurado na cidade, em 2009, depois de mais de três décadas - e ganhou também um spa na cobertura, uma loja de presentes eclética e, ainda ee, 2014, terá um wine bar.
20h - Jantar de chef famoso
Ele é o Jamie Oliver da Jamaica: Brian Lumley, de 27 anos, que já trabalhou para o embaixador francês e é garoto-propaganda de vários produtos locais, é o chef mais badalado da Jamaica. Seu novo restaurante, 689 by Brian Lumley, fica no centrinho da área turística, New Kingston. Sua especialidade é a massa com um toque das Índias ocidentais: pesto e lagosta, linguine de frango "jerk" e penne com frutos do mar (o jantar para dois, com vinho, sai por cerca de 7 mil JMD).
23h - Saideira real
A especialidade de Kingston não é a saideira, mas sim o "bashment", bailes que acontecem em salões de dança e casas noturnas lotadas até o sol raiar. Agora, porém, há uma alternativa: o Regency Bar & Lounge no recém-reformado Terra Nova All-Suite Hotel, um verdadeiro oásis de requinte, com poltronas de veludo, decoração com toques dourados e um cardápio à altura: pizza de pato, carneiro ao curry e churrasco de carne de porco. A melhor parte dele? Um rum de 50 anos, o Appleton, verdadeira iguaria local (vinhos a partir de US$6; coquetéis, US$5; não cobra couvert).
Diana Zalucky / The New York Times
Um dos cenários entre Kingston e Ocho Rios: muito verde, terra vermelha e montanhas impressionantes
Sábado
8h - Na estrada
Não tire uma soneca quando estiver indo para o "interior", que é como o pessoal da capital chama qualquer região fora de seu perímetro, do contrário vai perder as paisagens espetaculares. A duas horas e meia de carro de Kingston, Ocho Rios (ou "Ochi", como eles chamam; se disser "Ocho" vão saber que você é turista) é o delírio de qualquer fã do Instagram: muito verde, terra vermelha e montanhas impressionantes. Saboreie o café da manhã ao logo do caminho, no Faith's Pen, um trecho famoso que reúne barraquinhas simples de madeira com todas as delícias jamaicanas: milho assado e fruta-pão, callaloo (a versão jamaicana da couve), ackee e peixe no sal (prato nacional, que tem o visual e a textura de ovos mexidos com pimentão e bacalhau desfiado) e garapa ou suco de manga (cerca de 700 JMD/pessoa).
11h - Jogos à beira-mar
O nome discreto contraria seu esplendor: o Jamaica Inn foi inaugurado em 1950 como uma pousada pequenina. Marilyn Monroe e Arthur Miller, em lua-de-mel, já estiveram entre os hóspedes, mas a propriedade agora é um refúgio grandioso, embora aconchegante. Deixe as malas na recepção (o check-in é feito às 15h) e pegue os martelos. Isso mesmo, martelos. À beira-mar há um charmoso gramado para croquet, perfeito para uma partida antes do almoço. Emende com um mergulho naquela que indiscutivelmente é a praia mais impecável de Ochi, com areia branca, água superazul e as ondas quebrando nos recifes ao longe.
13h - Frango "jerk"
Frango "jerk" é o maior clichê culinário da Jamaica, mas você pode saboreá-lo no local onde foi criado e comprovar seu verdadeiro sabor. Com quatro casas espalhadas pela ilha, o Scotchie's é o templo do churrasco nesse estilo: carne de porco, frango, linguiça e peixe, tudo marinado em uma mistura de pimenta-da-jamaica, cravo, canela e noz-moscada e grelhado sobre galhos de pimenta-doce, o que lhe dá um sabor defumado inigualável. As mesas de piquenique ficam sob as palapas e o único acompanhamento de que precisam é uma Red Stripe bem gelada (o almoço sai por 1.300 JMD).
15h - Abaixo de zero
Poderia até ser infantil se não fosse tão divertido: finja que é astro de "Jamaica Abaixo de Zero", que a Disney lançou em 1993, e homenageie a equipe que foi às Olimpíadas de Inverno de 1988 zunindo pela paisagem luxuriante sobre um bobsled com as cores do país. Essa é apenas uma das atrações do Parque Rainforest Adventures, em Mystic Mountain; há também uma piscina e tobogã, jardim de borboletas e beija-flores, tirolesa e o SkyExplorer, um tipo de teleférico que o leva a mais de 200 m de altura para admirar a bela vista (a US$137,50, o pacote Jamaica Tranopy inclui o bobsled, a tirolesa e o SkyExplorer).
18h - Mais R&R
"KiYara", diz o folheto, significa "local sagrado dos espíritos da terra" em taino, a língua dos indígenas que habitavam a ilha. E não é exagero: o Jamaica Inn KiYara Ocean Spa tem um clima de casa de árvore (de bambu) suspensa sobre o mar sereno. Opte pela massagem 4-Hand Bliss, durante a qual dois profissionais trabalham em conjunto para acabar com a tensão em todo o seu corpo.
20h30 - Pratos autênticos
O Miss T's Kitchen simboliza o "interior jamaicano": telhado de zinco, mesas multicoloridas, cadeiras feitas de barris de madeira e, principalmente, pratos jamaicanos autênticos - curry de cabrito, rabada, peixe à moda escoveitch (frito, com vinagre de especiarias e pimenta Scotch-Bonnet) ou "cozido marrom", além de seleções veganas (o jantar/pessoa, com bebida, não sai por menos de 1.800 JMD). Para fazer a digestão, dê um pulo a Main Street, principal região turística de Ochi, onde pubs barulhentos e espaços de música ao vivo servem rum ao som de mais um cover de "One Love".
Diana Zalucky / The New York Times
"Jamaica" vem da palavra da língua taina para "terra das fontes", e por uma boa razão: o que não falta na ilha são rios e cascatas, como Dunn's River Falls
Domingo
7h - Quedas d'água e lagoas
"Jamaica" vem da palavra da língua taina para "terra das fontes", e por uma boa razão: o que não falta na ilha são rios e cascatas. E Dunn's River Falls é a Disneylândia de todas elas: são 182 metros de quedas e lagoas, já foi locação para "007 Contra o Satânico Dr. No", palco de uma batalha entre espanhóis e ingleses e está quase sempre lotada de turistas. A exceção são as primeiras horas da manhã. Assim, o jeito é se levantar com as galinhas, saborear um café da manhã elegante na varanda de frente para o mar do Jamaica Inn, e deixar que a balsa do hotel o leve e traga das cachoeiras para desfrutar todo o seu esplendor em particular (US$110 para duas pessoas).
13h30 - Viagem no tempo
Saindo de Montego Bay para voltar para casa (a distância de Ochi aos dois aeroportos da ilha é praticamente a mesma), pare em Falmouth, mais precisamente Trelawny, que abriga um porto para cruzeiros de US$220 milhões, inaugurado em 2011 - se bem que a verdadeira atração é mais antiga: como uma das cidades georgianas mais bem preservadas do Caribe, em Falmouth há um bairro histórico que contém uma coleção considerável e quase intacta de exemplos da arquitetura colonial britânica. Faça o passeio que passa pelas igrejas, o tribunal e a agência do correio com a Falmouth Heritage Renewal, dedicada a preservar e restaurar a arquitetura e história locais; a instituição também está montando um museu sobre a escravidão na antiga casa de um emancipador britânico.
http://viagem.uol.com.br/guia/jamaica/kingston/roteiros/alem-de-belo-mar-azul-jamaica-tem-rios-e-cascatas-de-filme-de-james-bond/index.htm
A cidade é reconhecida como marco
geológico mundial por ser o ponto de ruptura entre os continentes
africano e sul-americano. Contornada por recifes e manguezais, a região é
a única em todo o país onde existem rochas graníticas de 102 milhões de
anos. São nove praias distribuídas em uma área de 445 km².
É possível conhecer a cidade em um dia em um passeio de buggy, um roteiro que inclui todas as praias, mirantes, a Vila de Nazaré (onde ficam as ruínas históricas, capelas, igrejas e falésias) e o famoso banho de argila (um lago de solo argiloso procurado por turistas que se interessam pelos benefícios estéticos que a aplicação do material traz para a pele). Depois de ter uma visão panorâmica de todas as atrações, fica mais fácil escolher para que lado seguir e traçar seu próprio roteiro.
A temperatura média anual é de 28ºC e, na maior parte do ano, o acesso de carro é fácil, apesar de a estrada ser de terra em alguns trechos. Mas na época das chuvas, de abril a julho, o trajeto pode ficar esburacado. No caminho, o rústico casario local abriga vendas de frutas típicas do Nordeste, como jaca, caju e goiaba.
A história não oficial conta que na costa do Cabo de Santo Agostinho o navegador espanhol Vicente Yanéz Pinzón teria ancorado pela primeira vez no Brasil, em janeiro de 1500, antes da esquadra de Pedro Álvares de Cabral desembarcar na Bahia. Pinzón não tomou posse do território por causa do Tratado de Tordesilhas, que determinava que estas terras pertenciam a Portugal. Nesta época, a região era habitada por índios da etnia Caeté.
Primeiramente nomeado de "Santa Maria da Consolação" pelo explorador espanhol, a descoberta oficial foi feita pelo navegador italiano Américo Vespúcio, no dia 29 de agosto de 1501. As primeiras povoações datam de 1618 e a maioria dos núcleos se concentrou no ponto mais alto da cidade: a Vila de Nazaré, região hoje conhecida como Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti.
Na época em que reinava o cultivo e a exportação da cana-de-açúcar no Brasil, Cabo de Santo Agostinho também viveu momentos de glória, tendo sido considerado o poderio econômico do estado pernambucano. O primeiro engenho a ocupar a região foi o Madre de Deus (hoje Engenho Velho) e mais tarde o Massangana, onde viveu o abolicionista Joaquim Nabuco. Em 27 de julho de 1811, Cabo de Santo Agostinho foi elevada a Vila e em 9 de julho de 1877 foi reconhecida como cidade.
http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/cabo-de-santo-agostinho/index.htm
É possível conhecer a cidade em um dia em um passeio de buggy, um roteiro que inclui todas as praias, mirantes, a Vila de Nazaré (onde ficam as ruínas históricas, capelas, igrejas e falésias) e o famoso banho de argila (um lago de solo argiloso procurado por turistas que se interessam pelos benefícios estéticos que a aplicação do material traz para a pele). Depois de ter uma visão panorâmica de todas as atrações, fica mais fácil escolher para que lado seguir e traçar seu próprio roteiro.
A temperatura média anual é de 28ºC e, na maior parte do ano, o acesso de carro é fácil, apesar de a estrada ser de terra em alguns trechos. Mas na época das chuvas, de abril a julho, o trajeto pode ficar esburacado. No caminho, o rústico casario local abriga vendas de frutas típicas do Nordeste, como jaca, caju e goiaba.
A história não oficial conta que na costa do Cabo de Santo Agostinho o navegador espanhol Vicente Yanéz Pinzón teria ancorado pela primeira vez no Brasil, em janeiro de 1500, antes da esquadra de Pedro Álvares de Cabral desembarcar na Bahia. Pinzón não tomou posse do território por causa do Tratado de Tordesilhas, que determinava que estas terras pertenciam a Portugal. Nesta época, a região era habitada por índios da etnia Caeté.
Primeiramente nomeado de "Santa Maria da Consolação" pelo explorador espanhol, a descoberta oficial foi feita pelo navegador italiano Américo Vespúcio, no dia 29 de agosto de 1501. As primeiras povoações datam de 1618 e a maioria dos núcleos se concentrou no ponto mais alto da cidade: a Vila de Nazaré, região hoje conhecida como Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti.
Na época em que reinava o cultivo e a exportação da cana-de-açúcar no Brasil, Cabo de Santo Agostinho também viveu momentos de glória, tendo sido considerado o poderio econômico do estado pernambucano. O primeiro engenho a ocupar a região foi o Madre de Deus (hoje Engenho Velho) e mais tarde o Massangana, onde viveu o abolicionista Joaquim Nabuco. Em 27 de julho de 1811, Cabo de Santo Agostinho foi elevada a Vila e em 9 de julho de 1877 foi reconhecida como cidade.
http://viagem.uol.com.br/guia/brasil/cabo-de-santo-agostinho/index.htm